Itaú recomenda aumento da exposição à bolsa brasileira a clientes: ‘correção abriu oportunidade de compra’
Para o banco, ações brasileiras estão baratas em relação aos pares e devem se beneficiar de queda da Selic; já bolsa americana tem boas perspectivas, mas preços já estão salgados
O Comitê de Investimentos do Itaú, que define mensalmente a estratégia de investimentos que norteia as recomendações do banco aos clientes, está otimista com a bolsa brasileira e passou a recomendar, no fim deste mês de março, um aumento da exposição às ações locais, notadamente as que compõem o Ibovespa.
Para o banco, a correção para baixo observada neste início de ano nos preços dos ativos de renda variável abriu uma boa janela de oportunidade de compra para o investidor. Assim, o Itaú elevou sua recomendação de alocação em Ibovespa para um nível acima do neutro (+1).
"Além de um cenário internacional benigno, com a expectativa do começo de um ciclo de cortes de juros pelo Fed [o banco central americano], que deve servir como um impulso para ativos de risco globais, vemos vários fatores a favor da valorização da bolsa.
Entre eles, o afrouxamento monetário local em curso, o crescimento robusto nos lucros das empresas brasileiras à frente, múltiplos significativamente descontados tanto em relação à média histórica quanto aos pares emergentes e o posicionamento muito leve dos investidores locais na classe, que deve aumentar à medida que a taxa Selic atinja níveis mais baixos."
Relatório de Decisões do comitê de investimentos do Itaú - Mar/2024
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Itaú também recomenda compra de títulos de renda fixa atrelados à inflação
As demais recomendações do banco, porém, foram mantidas. Na frente local, o Itaú manteve-se neutro em renda fixa prefixada e moedas, apostando num fortalecimento do real ante o dólar, realçado pelo setor externo mais favorável.
Já em relação à renda fixa indexada à inflação, caso dos títulos públicos Tesouro IPCA+, o banco também recomenda uma exposição acima da neutra. O Itaú vê a Selic em 9,50% ao final do ciclo de queda, com mais chances de surpresa para baixo que para cima.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Além disso, embora os últimos dados de inflação tenham decepcionado, o banco vê chances de essa pressão ser apenas temporária, dada a forte concentração de importantes reajustes de preços nos primeiros meses do ano.
Quanto ao adiamento do início dos cortes de juros pelo Federal Reserve, segundo as expectativas do mercado, o Itaú diz não ver muita diferença se houver atraso de poucos meses e espera que a economia americana entre em trajetória de pouso suave ou leve recessão e, com isso, que o dólar se enfraqueça.
- Leia também: Por que o iene japonês está perdendo valor e atingiu o menor patamar frente ao dólar em mais de 34 anos?
Investimentos no exterior
Na frente internacional, o Itaú manteve exposição acima do neutro apenas em "Títulos corporativos com grau de investimento (investment grade)" – aquela renda fixa emitida por empresas boas pagadoras e de baixo risco de crédito – e "Bolsa de mercados emergentes".
"A baixa alocação dos investidores globais e múltiplos descontados em relação a bolsas de mercados desenvolvidos apontam para uma assimetria positiva para os preços atuais, abrindo espaço para uma valorização mais expressiva, a qual deve se intensificar no decorrer de uma eventual desvalorização do dólar", diz o relatório do Comitê de Investimentos.
Bolsa americana está cara
O Itaú manteve-se neutro, por sua vez, em "Títulos corporativos sem grau de investimento (high yield)" – aqueles emitidos por empresas de maior risco –, "Tesouro americano de prazo longo", "Renda fixa de mercados emergentes", além de bolsas japonesa, europeia e americana.
O banco admite que as bolsas americanas continuam a se beneficiar das revisões de alta nos lucros esperados das empresas de tecnologia, ao mesmo tempo em que previsões de crescimento econômico robusto neste ano, nos EUA, sustentam as expectativas de lucros para a bolsa como um todo. Porém, considera a bolsa americana cara, o que "poderia limitar o escopo para ganhos no índice".
NÃO ESTÁ TUDO PERDIDO, AQUI ESTÁ O QUE PODE SALVAR O IBOVESPA | IBOV
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
