Dado de emprego arrasa-quarteirão nos EUA faz bolsas subirem, mas pode não ser uma notícia tão boa assim. Como ficam os juros agora?
A economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil; a taxa de desemprego caiu 4,2% para 4,2% e os salários subiram

O mercado de trabalho norte-americano está sendo acompanhado com lupa pelo Federal Reserve (Fed) e pelos investidores — com a inflação praticamente na meta de 2% ao ano, a saúde do emprego tem agora as chaves para abrir as portas de novos cortes de juros nos EUA.
A notícia divulgada na manhã desta sexta-feira (04) indicando que a economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil, junto com a queda da taxa de desemprego de 4,2% para 4,1%, fez Wall Street disparar.
O Dow Jones ganhou mais de 300 pontos logo na abertura dos negócios para as máximas do dia. O entendimento do mercado é de que dados tão sólidos de emprego mostram que os EUA seguem resilientes em um momento no qual muito investidor espera pelo pouso suave, ou soft landing, da maior economia do mundo.
Já por aqui, a reação ao payroll não foi tão animada. O Ibovespa opera em queda de 0,09%, aos 131.554,54 pontos, com as ações da Petrobras (PETR4) em viés de baixa, assim como os papéis da Vale (VALE3), que ainda segue sem a referência do minério de ferro em Dalian, por conta de feriado chinês.
No mercado de câmbio, o dólar à vista chegou à máxima do dia, superando R$ 5,52, assim que o payroll foi divulgado. A moeda norte-americana, no entanto, perdeu um pouco da força e operava na casa dos R$ 5,45.
Reação da bolsa é a resposta para os juros?
Embora o payroll de setembro tenha sinalizado uma economia forte, o relatório também reduziu as chances de o Fed cortar os juros novamente em 50 pontos-base (bp) em novembro — uma aposta que seguia viva na mesa de alguns traders.
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As ações em Nova York perderam parte dos ganhos depois da publicação dos dados de emprego, enquanto os yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro saltaram, com os de 10 anos se aproximando de 4%.
Thomas Feltmate, diretor e economista sênior da TD Economics, o payroll de setembro, no geral, veio forte não apenas pelos ganhos de emprego bem acima das expectativas, mas porque as revisões mostraram um ritmo mais forte de contratações nos meses anteriores.
Ele lembra que o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou que o banco central norte-americano não tem pressa em cortar os juros e que o cenário base é de dois cortes adicionais de 25 bps até o final do ano.
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“Sabemos que o Fed não cortou 50 bps no mês passado porque a economia estava caminhando para a recessão. Eles cortaram para recalibrar o nível das taxas de juros mais perto do desempenho da economia. No entanto, o Fed ainda não acertou o pouso da inflação, e agora os preços das commodities estão subindo - potencialmente impedindo uma melhora maior”, afirmou Feltmate.
O relatório de hoje, segundo ele, pode não impedir outro corte em novembro, mas certamente dá cautela ao momento e ao nível da taxa neutra.
Para André Valério, economista-chefe do Inter, o payroll de setembro não apresenta nenhum dado que faça aumentar o receio de uma desaceleração aguda do mercado de trabalho norte-americano, mas aumenta, na margem, o risco de uma reaceleração inflacionária, com os salários em tendência de alta.
“Até a próxima reunião do Fomc teremos a divulgação do payroll de outubro, que, dado o resultado de hoje, será fundamental para definir o próximo passo da política monetária. No momento, o corte de 25 bp passa a ganhar força, mas caso o próximo payroll apresente uma leitura forte como a de hoje demandaria uma pausa para o Fed poder avaliar melhor o contexto atual da economia norte-americana, sem incorrer em grande risco de reaceleração inflacionária”, afirmou.
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