O Brasil corre risco de ter reforma tributária de “exceções”, para vice-governador de São Paulo
Para o político, o principal problema na reforma tributária é a grande quantidade de leis complementares que estão previstas
O Brasil corre o risco de aprovar uma reforma tributária "das exceções, e não das regras", segundo o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth.
Para o político, o principal problema na reforma é a grande quantidade de leis complementares que estão previstas para regulamentar o projeto.
A manifestação do vice-governador foi feita durante discurso na Construmetal, evento da construção em aço realizado na última quinta-feira (21).
Vale lembrar que a aprovação do texto da reforma tributária na Câmara dos Deputados teve forte apoio do Governo do Estado de São Paulo ao projeto.
Em várias outras tentativas de reforma do sistema tributário brasileiro, São Paulo se posicionou contrariamente.
Desta vez, sob o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), São Paulo entendeu que, por ser um Estado produtor e ao mesmo tempo o maior centro consumidor do País, a mudança da tributação na origem para o destino poderia fazer o Estado perder no começo, mas ganhar mais à frente.
Segundo Ramuth, o governo de SP apoia a reforma e está fazendo uma "contribuição construtiva" em relação ao texto.
Porém, o vice-governador ponderou que "nós podemos terminar essa reforma com o péssimo título do país com o maior IVA [imposto sobre valor acrescentado] do mundo e queremos evitar isso."
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Além da reforma tributária
A maioria dos gestores atualmente vê a política econômica atual no Brasil como um problema, de acordo com pesquisa da Genial/Quaest divulgada na semana passada.
O levantamento entrevistou 87 profissionais de fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A parcela do mercado financeiro que vê a política econômica seguindo na direção errada saltou 19 pontos porcentuais entre julho e setembro, de 53% para 72%.
Com isso, o número de gestores que esperam melhora da economia nos próximos 12 meses despencou, 53% para 36%, enquanto a proporção dos que preveem piora subiu no período, 21% para 34%.
Mais da metade do mercado (57%) acredita que o principal problema que dificulta a melhora da economia no Brasil hoje é a falta de uma política fiscal que funcione.
Com a piora do sentimento, o mercado se mostra cético com relação à meta de “déficit zero” que Haddad tenta perseguir dentro do arcabouço fiscal. Para 95% dos gestores, o governo Lula não conseguirá zerar o déficit primário no ano que vem.
De acordo com a pesquisa, 86% ainda afirmam que a meta fiscal será descumprida independentemente do pacote de aumento das receitas e tributação dos super-ricos.
Entre as medidas, a taxação de fundos exclusivos é considerada a de mais fácil avanço no Congresso: 46% dos entrevistados veem alta probabilidade de que ela seja aprovada.
Mas, mesmo que todas as medidas anunciadas pelo governo para turbinar a arrecadação em 2024 sejam aprovadas, apenas 14% dos entrevistados esperam que o pacote leve à zeragem do rombo nas contas públicas.
*Com informações de Estadão Conteúdo.
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