A Turquia terá um segundo turno no dia 28 de maio para decidir quem será o presidente dos próximos 5 anos, já que nenhum dos candidatos obteve mais de 50% dos votos no domingo (14) .
A disputa entre o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, e o principal candidato da oposição, Kemal Kilicdaroglu, do Partido Popular Republicano (CHP), foi bastante acirrada.
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De acordo com o Supremo Conselho Eleitoral da Turquia, Erdogan recebeu 49,51% dos votos, enquanto seu principal adversário obteve 44,88%. Dos outros candidatos que concorriam no primeiro turno, Sinan Ogan ficou com 5,17%, e Muharrem Ince com 0,44%. O último retirou sua candidatura na semana passada, mas as cédulas de votação já haviam sido impressas.
Os dados ainda não são considerados oficiais, já que a divulgação do resultado só será feita na sexta-feira (19).
Mais de 64,1 milhões de pessoas se registraram para votar na eleição que poderá tirar Erdogan da presidência depois de 20 anos. Nas pesquisas de opinião, o rival Kilicdaroglu, de centro-esquerda, aparecia com uma leve vantagem em relação ao atual presidente.
No domingo, durante a apuração dos votos, a agência de notícias turca Anadolu informava que Erdogan estava na frente, mas o partido de Kilicdaroglu contestava os resultados.
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De acordo com o CHP, a Anadolu escolhia amostras estatísticas que não representavam a realidade das urnas. Quando 63,04% das urnas haviam sido apuradas, o CHP calculada que Kiricdaroglu estava com 47,42% e Erdogan com 46,8%. Mas a Anadolu afirmava que Erdogan tinha 51,40%.
O país, atualmente, passa por uma crise econômica e, recentemente, foi devastado por um terremoto que matou mais de 50 mil pessoas. O governo de Erdogan foi acusado de responder de maneira lenta ao desastre e de ter participação na tragédia devido a uma legislação negligente sobre o setor de construção do país, já que diversos edifícios colapsaram com os tremores, elevando o número de mortos e feridos.