3, 2, 1… a contagem regressiva para o arcabouço fiscal chegar às mão de Lula já começou — pelo menos para Haddad
No dia anterior, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, garantiu que o marco vai agradar a todos — até o mercado — porque trata de questões importantes como estabilizar a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB)
“It's the final countdown” — quando se fala em contagem regressiva, esse clássico do Europe logo vem à mente. E a música da banda de rock dos 80 também ajuda a embalar o arcabouço fiscal. Isso porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (10) que o novo marco deve chegar às mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.
Mais cedo, ao apresentar o acordo de compensação do ICMS fechado com os governos estaduais, Haddad foi questionado sobre o tema — o ministro havia prometido apresentar a regra fiscal, que vai substituir o atual teto de gastos, antes do final de março.
"Semana que vem apresento a proposta de arcabouço fiscal ao presidente Lula. Ele dará a palavra final sobre o arcabouço”, disse Haddad.
“Construímos uma proposta no Ministério da Fazenda, apresentamos para a equipe econômica e vamos levar ao presidente”, acrescentou.
O ministro, no entanto, não quis antecipar qualquer detalhe sobre o marco. “Se eu der qualquer detalhe, muita gente ganha e muita gente perde dinheiro", afirmou.
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3, 2, 1… a contagem regressiva até as mãos de Lula
Enquanto o arcabouço fiscal entra em contagem regressiva para ir para as mãos de Lula, o mercado segue às escuras com relação ao marco — e ao que será o resultado final após passar pelo Congresso.
Ontem, no entanto, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, garantiu que o mecanismo vai agradar a todos, porque atende tanto o lado da preocupação em zerar o déficit fiscal e estabilizar a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB), quanto garantir os investimentos necessários para o País voltar a crescer.
"É um arcabouço fiscal responsável, preocupado com a responsabilidade fiscal, com o déficit primário, com a estabilização da dívida-PIB, mas atendendo a um pedido justo do presidente da República, porque assim quer a democracia brasileira, de que temos que ter recursos para os investimentos necessários para fazer o Brasil voltar a crescer", disse Tebet após a reunião ontem com Haddad.
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