Gregos e troianos eram inimigos na Guerra de Troia e foi daí que nasceu a famosa expressão “agradar a gregos e troianos” — uma missão difícil quando se trata de lados que não concordam. E é exatamente isso que garante a ministra do Planejamento, Simone Tebet, sobre o arcabouço fiscal.
Depois de participar de reunião nesta quinta-feira (9) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tebet disse que a nova regra — que substituirá o atual teto de gastos — vai agradar a todos, inclusive o mercado.
Embora não tenha dado detalhes, ela adiantou que a moldura, as regras e os números sobre o novo arcabouço serão anunciados por Haddad, após ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Ela garantiu, no entanto, que o mecanismo vai agradar a todos, porque atende tanto o lado da preocupação em zerar o déficit fiscal e estabilizar a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB), quanto garantir os investimentos necessários para o País voltar a crescer.
"É um arcabouço fiscal responsável, preocupado com a responsabilidade fiscal, com o déficit primário, com a estabilização da dívida-PIB, mas atendendo a um pedido justo do presidente da República, porque assim quer a democracia brasileira, de que temos que ter recursos para os investimentos necessários para fazer o Brasil voltar a crescer", disse Tebet após a reunião.
A ministra afirmou que o novo arcabouço deve ser anunciado ainda este mês e que agora é preciso alinhar a agenda.