🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

DESACELEROU!

Fim de um ciclo? Fed eleva taxa de juros em ritmo menor; veja o que Powell falou e a reação em Wall Street

O oitavo aperto monetário seguido foi de 0,25 ponto percentual, o que colocou o juros na faixa entre 4,50% e 4,75% ao ano — no menor aumento da série que começou em março de 2022

Carolina Gama
1 de fevereiro de 2023
16:07 - atualizado às 17:53
Imagem mostra Jerome Powell como grande estrela do mercado financeiro
Imagem: Shutterstock, com intervenções de Andrei Morais

O Federal Reserve (Fed) elevou nesta quarta-feira (01) os juros em 0,25 ponto percentual, colocando-os na faixa entre 4,50% e 4,75% ao ano. A notícia, no entanto, não é o grau do aperto monetário, que já havia sido telegrafado pelo próprio Fed, mas sim até quando o banco central norte-americano seguir subindo a taxa básica. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pelo que tudo indica, o ciclo dos grandes aumentos dos juros chegou ao fim, já que a inflação tem dado sinais de trégua. A próxima tarefa é avaliar quando parar de aumentar a taxa completamente.

Muitos especialistas acreditam que agora que os custos dos empréstimos estão restringindo o crescimento econômico, os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) podem dar uma pausa e avaliar os efeitos da política até agora — um luxo que não tiveram quando a inflação estava superava os 9% e atingia o maior nível em 40 anos nos EUA.

Mas parece que a pausa não virá agora. "O Comitê antecipa que os aumentos em curso na faixa da meta serão apropriados para atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo", diz o comunicado com a decisão.

Fed: por trás da decisão de hoje

O aumento de 0,25 pp de hoje marca o menor grau de aperto monetário realizado pelo Fed desde março de 2022 e uma desaceleração notável em relação à alta massiva de 0,75 pp e 0,50 pp aprovada em reuniões seis consecutivas no ano passado. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A decisão de hoje é também um retorno à tradição: até o ano passado, o banco central norte-americano não havia elevado a taxa básica em mais de 0,25 pp em nenhuma de suas reuniões desde 2000.

Leia Também

Os membros do Fomc já haviam indicado que querem aumentar os juros de forma muito mais lenta e deliberada a partir de agora, estudando como a economia dos EUA está respondendo ao aperto monetário que foi colocado em marcha antes de aprovar outros — e potencialmente ir longe demais.

À medida que os temores de recessão ganham corpo, os investidores estão procurando uma razão para esperar que essa estratégia possa significar que o Fed está prestes a encerrar a agressiva campanha de aumento de juros que mais elevou a taxa básica  desde a década de 1980. 

Mas como o comunicado indicou que o processo de aperto deve continuar, a reação imediata em Wall Street não foi das melhores. O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq aceleram as perdas assim que a decisão foi anunciada pelo Fed.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O mesmo recado de antes

No comunicado com a decisão, o Fed repetiu o mesmo de sempre: continuará elevando a taxa de juros para trazer a inflação de volta para a meta de 2% no longo prazo e está pronto para ajustar a política monetária se for necessário.

"Ao avaliar a orientação apropriada da política monetária, o Comitê continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. O Comitê estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surgissem riscos que pudessem impedir o alcance de suas metas", diz o comunicado.

O banco central norte-americano também reforçou que as próximas decisões serão tomadas de acordo com os indicadores econômicos, incluindo pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais.

Inflação: uma mudança sutil no comunicado do Fed

O Fed tem dois mandatos: pleno emprego e estabilidade de preços, o que implica em uma taxa de inflação em 2%. Com o mercado de trabalho aquecido, o banco central norte-americano passou a se concentrar em trazer o inflação para o mais próximo da meta possível.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O trabalho, no entanto, é árduo e fez o Fed jogar a economia dos EUA à beira da recessão diante de apertos monetários muito agressivos — foram quatro elevações de 0,75 pp seguidas no ano passado.

O empenho parece estar dando resultado. Em dezembro, o núcleo do índice de preços para gastos pessoas (PCE, a medida preferida do Fed para a inflação) — que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia — subiu 4,4% em em base anual, abaixo da leitura de 4,7% em novembro e a taxa de crescimento anual mais lenta desde outubro de 2021.

Talvez por isso o comunicado do Fed de hoje não cite mais que os desequilíbrios entre oferta e demanda estão pressionando os preços nos EUA.

Sobre a inflação, o banco central norte-americano foi sucinto dessa vez: "A inflação desacelerou um pouco, mas continua elevada. A guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas e está contribuindo para aumentar a incerteza global. O Comitê está altamente atento aos riscos de inflação", diz o comunicado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que Powell acha disso tudo? 

Antes da decisão e da coletiva de hoje, especialistas afirmavam que o presidente do Fed, Jerome Powell, ainda não daria a notícia que os investidores queriam: o ciclo de aperto monetário chegou ao fim. 

E foi exatamente isso que aconteceu. O chefão do banco central norte-americano deixou a porta aberta para mais alguns aumentos de juros — embora não tenha se comprometido com nenhum caminho específico para a política monetária daqui para frente.

O recado de Powell foi claro: o Fed manterá o curso de aperto monetário até que o trabalho de trazer a inflação para a meta seja concluído — ainda que ele tenha reconhecido que, embora a inflação esteja acima dos 2%, as expectativas de inflação estão bem ancoradas. 

“Não há espaço para complacência com a inflação. Por isso, precisamos nos manter restritivos por um tempo”, disse Powell na coletiva. “O efeito completo do aperto monetário ainda vai ser sentido”, acrescentou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A opinião dos especialistas

Para Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos, o tom do comunicado veio mais hawkish — isto é, favorável ao aperto monetário — com Fed destacando a responsabilidade e compromisso de trazer a inflação para a meta de 2%, com novas elevação a caminho.

"Outro destaque é que eles disseram estar preparados para fazer mais ajustes conforme acharem necessário para levar a inflação para a meta. Tendo em vista esse tom mais duro, não vejo que tão cedo o Fed iniciará uma redução de juros", disse.

Para os analistas do ING, a expressão “aumentos contínuos” usada no comunicado implica que o Fed têm pelo menos mais dois aumentos em mente, com Powell falando sobre a possibilidade de “mais alguns” aumentos nos juros antes que a política seja suficientemente restritiva.

"Temos nossas dúvidas de que isso será alcançado e continuamos a esperar apenas um aumento de taxa de 0,25 pp em março, com uma pausa depois disso", afirmam.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Goldman Sachs foi ainda mais cirúrgico. "O comunicado diz agora que a 'extensão' e não o 'ritmo' dos aumentos futuros dependerá 'do aperto cumulativo da política monetária, dos desfasamentos com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e da evolução económica e financeira', indicando que o Fed espera aumentar os juros em 0,25 pp daqui para frente".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PARALISAÇÃO

Essa cidade votou em peso em Donald Trump em 2024 — e agora é uma das que mais sofrem com o ‘shutdown’

13 de outubro de 2025 - 10:59

Shutdown expõe contradições em cidade que depende de empregos federais — e que ajudou a eleger Trump em 2024

ACORDO DE PAZ

A guerra em Gaza acabou, diz Trump. Entenda o que está por trás da negociação que pôs fim ao conflito de dois anos

13 de outubro de 2025 - 9:46

Após dois anos de conflito, Trump sela cessar-fogo entre Israel e Hamas e tenta consolidar legado diplomático no Oriente Médio

OLÉ

Argentina sai na frente do Brasil e anuncia projeto de data centers com a OpenAI, dona do ChatGPT

12 de outubro de 2025 - 17:46

Projeto da OpenAI em parceria com a argentina Sur Energy prevê investimentos de até US$ 25 bilhões na região da Patagônia

VAI COMEÇAR TUDO DE NOVO?

China reage à ameaça de tarifa de 100% de Trump: “Não queremos uma guerra tarifária, mas não temos medo de uma”

12 de outubro de 2025 - 12:13

A troca de acusações ameaça atrapalhar um possível encontro entre Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping e acabar com a trégua de uma guerra comercial 

VIAGEM À ITÁLIA

Lula tem encontro marcado com o papa Leão 14 nesta segunda-feira (13)

12 de outubro de 2025 - 10:45

Esta será a quarta vez que Lula se encontra com um papa desde o início de sua trajetória política

AMEAÇOU E CUMPRIU

Trump anuncia nova tarifa de 100% sobre importações da China, por postura ‘hostil’ e ‘sem precedentes do país asiático

10 de outubro de 2025 - 18:34

Ameaças de tarifas e críticas à China feitas por Trump na tarde desta sexta já haviam azedado os mercados em Wall Street

NA MESA COM OS EUA

Ministro brasileiro conversa com Marco Rubio e diz que delegação vai aos EUA negociar tarifaço

9 de outubro de 2025 - 16:34

Presidente Lula afirma que a conversa entre os dois inicia uma nova fase da relação comercial do Brasil com o país norte-americano

NA MADRUGADA DE NATAL

Como era o avião da Embraer (EMBR3) que Putin admite ter abatido no Cazaquistão

9 de outubro de 2025 - 16:30

Entenda o modelo de avião da Embraer (EMBR3) abatido pela Rússia no Cazaquistão, que deixou 38 mortos e gerou repercussão internacional

PAZ (IM)PERMANENTE?

Enfim, o cessar-fogo: Hamas declara fim da guerra com Israel sob garantias internacionais

9 de outubro de 2025 - 16:28

Em um discurso nesta quinta-feira (9), o chefe do Hamas afirmou que o grupo chegou a um acordo que visa a encerrar a guerra

NO AGUARDO

EUA: Fed diz que riscos para emprego justificam corte de juros, mas cautela com inflação continua a afetar opinião dos diretores

8 de outubro de 2025 - 19:00

Taxa de desemprego nos EUA atingiu o maior patamar em quase quatro anos, enquanto a inflação se afasta da meta de 2%

NA TRAVE

Quem são os brasileiros que chegaram mais perto do Prêmio Nobel até hoje

5 de outubro de 2025 - 10:15

Brasil segue sem um Nobel oficial, mas já teve um filho de estrangeiros nascido no Rio, um físico injustiçado e a primeira vencedora do “Nobel da Agricultura”

PAUSA NO EMBATE

Suprema Corte dos EUA mantém Lisa Cook no Fed até julgamento no início do ano que vem

2 de outubro de 2025 - 12:30

Audiência só ocorrerá em janeiro de 2026; até lá, a diretora indicada por Biden permanece no cargo em meio à disputa com Donald Trump

ERA DOS 100 MILHÕES

Taylor Swift faz história com mais de 100 milhões de álbuns vendidos — e “The Life of a Showgirl” promete ampliar recorde

2 de outubro de 2025 - 9:28

Primeira mulher a ultrapassar 100 milhões de álbuns certificados nos EUA, Taylor Swift lança nesta sexta “The Life of a Showgirl”, já recordista em pré-saves

PARARAM AS MÁQUINAS

Shutdown nos EUA: governo é paralisado pela 1ª vez desde 2019 e divulgação de dados é adiada; o que acontece agora?

1 de outubro de 2025 - 14:03

Divulgação dos dados do payroll, previstas para a sexta, foi adiada para o fim do shutdown, quando o Congresso deverá entrar em acordo sobre o Orçamento

TESTANDO A SORTE

Apostador sortudo encontra bilhete esquecido e ganha quase R$ 100 milhões na loteria (e teria perdido tudo se fosse no Brasil)

1 de outubro de 2025 - 13:48

Ele havia esquecido o bilhete premiado de loteria no fundo de um casaco e só o encontrou seis meses depois, por causa de uma onda de frio

OBRA DE LUXO

Banheiro de US$ 1 milhão em Los Angeles provoca polêmica nos EUA

29 de setembro de 2025 - 10:51

Moradores acusam a prefeitura de gastar demais em uma obra simples, enquanto a cidade corta orçamento de bombeiros e ainda depende de banheiros químicos em parques

NO TOPO DO MUNDO

O caminho ao Canadá: vistos, cidadania, desafios e estratégias para brasileiros

29 de setembro de 2025 - 8:16

Especialistas detalham o caminho, os custos e as estratégias para brasileiros que planejam imigrar para o Canadá em meio a novas regras e um cenário mais competitivo

LÁ VAMOS NÓS DE NOVO...

“Você está demitido”: Trump volta a colocar Powell sob a sua mira

28 de setembro de 2025 - 15:41

Recentemente, uma decisão da Suprema Corte indicou que o presidente dos EUA não tem autoridade para destituir autoridades do Fed à vontade

FALTA MENOS DE UM ANO...

Copa do Mundo 2026: anfitriões fogem do costume e anunciam três mascotes — mas não é a primeira vez que isso acontece

28 de setembro de 2025 - 11:22

Copa do Mundo 2026 surpreende com três mascotes oficiais, representando Canadá, Estados Unidos e México. Mas, embora seja raro, essa não é a primeira vez que o torneio tem mais de um personagem símbolo

UM PASSO PARA TRÁS

Argentina recua no desmonte do ‘cepo cambial’ e volta a impor restrição à compra de dólar

26 de setembro de 2025 - 19:45

O controle argentino é um conjunto de controles às negociações do dólar que historicamente manteve a moeda americana em nível artificial

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar