Powell salvou o dia: a mensagem do chefão do Fed que trouxe alívio para Wall Street após o mercado azedar
Inicialmente, os três índices aceleraram as perdas quando o comunicado com a decisão de elevar a taxa de juros nos EUA em 0,25 ponto percentual (pp) foi divulgada. Não demorou muito para as baixas se tornarem mais brandas e reverterem a tendência no final da sessão.

“Vai perder, vai ganhar, perdeu, ganhou!” — um dos memes mais famosos de Galvão Bueno representa com perfeição o comportamento de Wall Street nesta quarta-feira (01) à decisão do Federal Reserve (Fed) e às declarações de Jerome Powell, o chefão do banco central norte-americano.
Assim como nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, quando Galvão só soube quem venceu a final dos 100 metros borboleta na batida final das mãos de Michael Phelps, só ficamos sabendo a direção das bolsas em Nova York na última hora do pregão.
O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq conseguiram fechar o dia em alta — com menção honrosa para o índice de tecnologia, que renovou máxima intradiária e chegou a subir mais de 2%.
Mas para chegar nesse desempenho, a disputa entre o campo positivo e o negativo foi tão acirrada quanto a prova entre Phelps e Milorad Cavic.
Inicialmente, os três índices aceleraram as perdas quando o comunicado com a decisão de elevar a taxa de juros nos EUA em 0,25 ponto percentual (pp) foi divulgada. Não demorou muito, no entanto, para as baixas se tornarem mais brandas na sequência.
- 11 ações para buscar lucros neste ano: conheça a lista de empresas consideradas as melhores ‘apostas’ para 2023, segundo especialistas do mercado ouvidos pelo Seu Dinheiro. ACESSE AQUI
Mas bastou Powell entrar em cena e começar a falar para o “vai perder! Vai ganhar” ditar o ritmo das negociações. Primeiro ele disse que mais elevações de juros estavam a caminho, já que a inflação ainda está longe da meta de longo prazo de 2%.
Leia Também
Trump diz 'merecer' o Nobel da Paz; o que depõe a favor e contra o desejo do presidente dos EUA
Depois, o chefão do Fed disse que o banco central não tem um compromisso fechado com o plano desenhado em dezembro do ano passado e que sinalizava mais aumentos da taxa de juros em 2023.
“Podemos encerrar o ciclo de aperto monetário antes do previsto se os dados econômicos mostrarem o que queremos ver. Mas também podemos ir além se for necessário. A revisão será feita em março”, disse Powell, levando os índices em Nova York a operarem no azul.
No fim da coletiva, no entanto, o presidente do Fed esclareceu que não estava antecipando uma pausa no aperto monetário e muito menos que via um corte de juros ainda este ano.
Ainda assim, os investidores escolheram um lado: o positivo. Confira o fechamento dos três principais índices de ações de Nova York no fechamento:
- Dow Jones: +0,03%, 34.094,34 pontos
- S&P 500: +1,15%, 4.119,47 pontos
- Nasdaq: +2,00%, 11.816,32 pontos
- Leia também: Fim de um ciclo? Fed eleva taxa de juros em ritmo menor; veja o que Powell falou e a reação em Wall Street
Fed: o que vem por aí?
Nem Powell sabe. O presidente do Fed disse que não tem certeza sobre qual será a taxa de juros terminal nos EUA e que os dados entre agora e março vão balizar a próxima decisão de política monetária.
"Na reunião de março, vamos atualizar essas avaliações. Nós não as atualizamos hoje", disse Powell, acrescentando que devem ser mais elevadas do que as atuais.
Ele, no entanto, afastou temores de um aperto agressivo. “O comitê não tem a intenção ou o desejo de apertar a política monetária excessivamente”, afirmou.
O chefe do Fed explicou que aumentos contínuos dos juros serão apropriados para atingir uma postura de política monetária "suficientemente restritiva" para trazer a inflação de volta para 2% ao ano — e que as decisões continuam dependentes de dados.
Em decisão unânime e esperada, o Fed elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, colocando-a na faixa entre 4,50% a 4,75% ao ano. Confira a decisão de hoje do Fed.
O aumento de hoje representa uma desaceleração em relação ao 0,50 pp de dezembro e às quatro elevações seguidas de 0,75 pp do ano passado, no aperto monetário mais veloz já implementado pelo Fed desde a década de 1980.
Fed deve começar a cortar os juros nesta semana; o que vem depois e como isso impacta a Selic
Investidores começam a recalcular a rota do afrouxamento monetário tanto aqui como nos EUA, com chances de que o corte desta quarta-feira (17) seja o primeiro de uma série
Resposta dos EUA à condenação de Bolsonaro deve vir nos próximos dias, anuncia Marco Rubio; veja o que disse secretário de Estado norte-americano
O secretário de Estado norte-americano também voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes
TikTok vê luz no fim do túnel: acordo de venda do aplicativo nos EUA é confirmado por Trump e por negociador da China
Trump também afirmou em sua rede social que vai conversar com o presidente chinês na sexta sobre negociação que deixará os jovens “muito felizes”
Trump pede que SEC acabe com obrigatoriedade de divulgação trimestral de balanços para as empresas nos EUA
Esta não é a primeira vez que o republicano defende o fim do modelo em vigor nos EUA desde 1970, sob os argumentos de flexibilidade e redução de custos
O conselho de um neurocientista ganhador do Nobel para as novas gerações
IA em ritmo acelerado: Nobel Demis Hassabis alerta que aprender a aprender será a habilidade crucial do futuro
China aperta cerco ao setor de semicondutores dos EUA com duas investigações sobre práticas discriminatórias e de antidumping contra o país
As investigações ocorrem após os EUA adicionarem mais 23 empresas sediadas na China à sua lista de entidades consideradas contrárias à segurança norte-americana
Trump reage à condenação de Bolsonaro e Marco Rubio promete: “os EUA responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”
Tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros tiveram origem no caso contra Bolsonaro e, mais recentemente, a Casa Branca chegou a mencionar o uso da força militar para defender a liberdade de expressão no mundo
Como um projeto de fim de semana do fundador do Twitter se tornou opção em meio ao corte das redes sociais no Nepal
Sem internet e sem censura: app criado por Jack Dorsey ganha força nos protestos no Nepal ao permitir comunicação direta entre celulares via Bluetooth
11 de setembro: 24 anos do acontecimento que ‘inaugurou’ o século 21; eis o que você precisa saber sobre o atentado
Do impacto humano à transformação geopolítica, os atentados de 11 de setembro completam 24 anos
Bolsa da Argentina despenca, enquanto mercados globais sobem; índice Merval cai 50% em dólar, pior tombo desde 2008
Após um rali de mais de 100% em 2024, a bolsa argentina volta a despencar e revive o histórico de crises passadas
Novo revés para Trump: tribunal dos EUA mantém Lisa Cook como diretora do Fed em meio à disputa com o republicano
Decisão judicial impede tentativa de Trump de destituir a primeira mulher negra a integrar o conselho do Federal Reserve; entenda o confronto
EUA falam em usar poder econômico e militar para defender liberdade de expressão em meio a julgamento de Bolsonaro
Porta-voz da Casa Branca, Caroline Leavitt, afirmou que EUA aplicaram tarifas e sanções contra o Brasil para defender “liberdade de expressão”; mercado teme novas sanções
A cidade que sente na pele os efeitos do tarifaço e da política anti-imigrantes de Donald Trump
Tarifas de Donald Trump e suas políticas imigratórias impactam diretamente a indústria têxtil nos Estados Unidos, contrastando com a promessa de uma economia pujante
Uma mensagem dura para Milei: o que o resultado da eleição regional diz sobre os rumos da Argentina
Apesar de ser um pleito legislativo, a votação serve de termômetro para o que está por vir na corrida eleitoral de 2027
Mark Zuckerberg versus Mark Zuckerberg: um curioso caso judicial chega aos tribunais dos EUA
Advogado de Indiana acusa a Meta de prejuízos por bloqueios recorrentes em sua página profissional no Facebook; detalhe: ele se chama Mark Zuckerberg
Depois de duas duras derrotas em poucas semanas, primeiro-ministro do Japão renuncia para evitar mais uma
Shigeru Ishiba renunciou ao cargo às vésperas de completar um ano na posição de chefe de governo do Japão
Em meio a ‘tempestade perfeita’, uma eleição regional testa a popularidade de Javier Milei entre os argentinos
Eleitores da província de Buenos Aires vão às urnas em momento no qual Milei sofre duras derrotas políticas e atravessa escândalo de corrupção envolvendo diretamente sua própria irmã
Como uma missão ultrassecreta de espionagem dos EUA levou à morte de inocentes desarmados na Coreia do Norte
Ação frustrada de espionagem ocorreu em 2019, em meio ao comentado ‘bromance’ entre Trump e Kim, mas só foi revelado agora pelo New York Times
Ato simbólico ou um aviso ao mundo? O que está por trás do ‘Departamento de Guerra’ de Donald Trump
Donald Trump assinou na sexta-feira uma ordem executiva para mudar o nome do Pentágono para ‘Departamento de Guerra’
US Open 2025: Quanto carrasca de Bia Haddad pode faturar se vencer Sabalenka, atual número 1 do mundo, na final
Amanda Anisimova e Aryna Sabalenka se enfrentam pela décima vez, desta vez valendo o título (e a bolada) do US Open 2025