O “x” está não só no nome da XP como também na questão que levou o Citi a cortar o preço-alvo da corretora — embora tenha mantido a recomendação de compra para as ações negociadas em Nova York sob o ticker XP.
O banco norte-americano baixou de US$ 24 para US$ 19 o preço-alvo dos papéis XP, o que representa um potencial de valorização de 48% com relação ao fechamento de sexta-feira (24).
Com a atualização, o Citi vê as ações sendo negociadas a 14 vezes o preço sobre o lucro (P/L) em 2023 contra um múltiplo atual de 9x.
As estimativas de receita líquida atualizada também foram atualizadas pelo banco, que projeta agora R$ 4,2 bilhões em 2023 e R$ 5,4 bilhões em 2024, 15% e 13%, respectivamente, abaixo da estimativa anterior.
O “x” da questão da XP
Segundo o Citi, o “x” da questão para a XP foi o resultado, considerado mais fraco, da corretora no quarto trimestre.
De acordo com o banco, a forte desaceleração da atividade no mercado de capitais impactou os resultados da XP entre outubro e dezembro do ano passado, e as perspectivas para o primeiro trimestre são ainda piores.
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Apesar das expectativas de ventos contrários de curto prazo, o Citi gosta das perspectivas de médio e longo prazo para o XP, pois ainda vê uma participação de mercado considerável a ser conquistada pelos bancos.
O Citi também entende que a XP é um negócio altamente cíclico.
“Embora vejamos pouco espaço para uma expansão significativa dos resultados durante os próximos três a seis meses, continuamos otimistas com as melhorias de médio e longo prazo”, diz o Citi em relatório.
O banco destaca que a corretora implementou uma iniciativa considerável de redução de custos, já tendo demitido 5,5% de seu pessoal — o que considera adequado neste momento.