A privatização da Sabesp (SBSP3) não é mais uma questão de "se", mas de "quando". A estatal paulista de saneamento deve passar às mãos da iniciativa privada em 2024, de acordo com o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
A assinatura do contrato com a IFC, agência do Banco Mundial, para estruturar o processo deve ocorrer até o fim deste mês, afirmou o governador.
A privatização da Sabesp deve ocorrer com uma capitalização da empresa, a exemplo do que ocorreu com a Eletrobras (ELET3), no ano passado.
A expectativa de venda mexe com as ações da Sabesp desde o primeiro turno das eleições, quando Tarcísio despontou como favorito a assumir o governo de São Paulo. No pregão de hoje da B3, os papéis da estatal (SBSP3) subiam 2,36% por volta das 16h05.
Sabesp: os estudos para a privatização
Ao participar de almoço com empresários promovido pelo Lide, o governador salientou que serão avaliados no estudo a ser contratado todos os pontos de atenção. É o caso, por exemplo, de como serão prestados os serviços em áreas não rentáveis.
"Acredito que é uma operação que pode transcorrer no ano que vem", afirmou Tarcísio, ao ser questionado sobre o prazo da privatização da companhia de saneamento.
O governador ponderou que é preciso fazer a operação com cuidado, já que se trata de um projeto grande porte.
Por outro lado, citou a experiência com privatização, mencionando a transferência ao capital privado da Eletrobras, ao demonstrar confiança na venda da Sabesp.
Leilão do Rodoanel
O governador de São Paulo disse também que está confiante que o leilão do trecho Norte do Rodoanel, que será feito na terça-feira, 14, será bem-sucedido. "Estou confiante de que o leilão do Rodoanel de amanhã será bem-sucedido", comentou.
O trecho Norte do Rodoanel vai consumir investimentos de R$ 4 bilhões e, segundo Tarcísio, em 2026 ele estará totalmente pronto.
Fazendo um paralelo com o seu tempo de ministro da Infraestrutura, Tarcísio brincou que já estava com saudades de bater o martelo num leilão de concessões e privatização.
Obras
O governador de São Paulo voltou a afirmar que não vai paralisar nenhum projeto ou obra que vieram de governadores anteriores.
"Não vamos paralisar nada que veio do governo anterior. Foi assim que fiz quando estive à frente do Ministério da Infraestrutura e assim vou fazer no Governo do Estado de São Paulo. Obras não são de um governo ou de outro, são do Estado, comentou Tarcísio.
De acordo com ele, as pessoas não entendem e não aceitam obras paradas porque "obras paradas não geram taxas de retorno financeiro ou social". "Vamos tocar", disse.
E para o governador, fazer São Paulo crescer com desenvolvimento social é possível porque o Estado de São Paulo tem espaço para reduzir despesas e ganhar fôlego para investimentos. "Acreditamos na aliança de investimento público e privado", reforçou.
*Com informações do Estadão Conteúdo