Desde que a plataforma de inteligência artificial ChatGPT se popularizou entre os usuários da internet e grandes empresas, não é raro encontrar profecias de que a IA irá “roubar empregos” ou tornar obsoleto o mundo como o conhecemos.
Os impactos reais ainda são difíceis de medir, mas já há empresas encarando com muito medo a ameaça. É o caso da empresa americana de educação digital Chegg.
A empresa não é conhecida do grande público brasileiro, mas trabalha como um assistente utilizado para a realização de lições de casa e aulas online. Após a divulgação do balanço da companhia, o CEO Dan Rosensweig endereçou o que acredita ser um grande risco para os negócios – o ChatGPT.
Segundo o executivo, os primeiros meses do ano tiveram grande impacto da inteligência artificial, reduzindo significativamente o número de novas contas abertas na Chegg. E, desde março, a influência da IA parece ter sido muito maior, o que reduz a previsão de crescimento da companhia para o ano.
O mercado financeiro não gostou do que ouviu e, assim, as ações da empresa tombam nesta terça-feira (02), em um recuo superior a 40%. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
Apesar do susto, o balanço divulgado pela companhia veio em linha com as expectativas do mercado. Os bancos de investimento, no entanto, não se deixaram convencer e passaram a reduzir suas estimativas futuras.
A empresa está correndo atrás do prejuízo e está desenvolvendo a sua própria plataforma de inteligência artificial com os desenvolvedores do ChatGPT, mas o sucesso do produto ainda é incerto.
O Morgan Stanley cortou o preço-alvo para os papéis, apontando que os temores com a inteligência artificial eclipsou os números apresentados. A Jefferies também cortou sua recomendação para as ações.
*Com informações da CNBC