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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

Dani Alvarenga

Repórter de fundos imobiliários e finanças pessoais no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP).

LUCRO NA CRISE

Jorge Paulo Lemann e outros dois bilionários ganharam mais de R$ 16 bilhões neste ano mesmo com crise na Americanas (AMER3). Veja os brasileiros que mais lucraram em 2023

Apesar de toda a crise na varejista, o trio de acionistas de referência da Americanas (AMER3) conseguiu ficar ainda mais rico em 2023. Confira

Camille Lima
24 de dezembro de 2023
12:09 - atualizado às 11:11
Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, bilionários acionistas da Americanas (AMER3)
Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles, acionistas da Americanas (AMER3) - Imagem: Shutterstock/Ambev/Seu Dinheiro - Montagem Brenda Silva

O ano de 2023 foi uma verdadeira montanha-russa no mercado financeiro brasileiro — especialmente para quem acompanhou de perto o noticiário corporativo local logo no início  do ano. Afinal, o mês de janeiro se iniciou com a descoberta de fraude contábil e rombo bilionário na Americanas (AMER3), uma das maiores varejistas do Brasil.

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A revelação do buraco nos balanços da gigante do varejo levou a empresa à recuperação judicial e à fuga de investidores com temores sobre a saúde financeira da companhia.

Aliás, a crise na varejista foi tamanha que a empresa acabou por ser expulsa do Novo Mercado, o patamar mais elevado de governança corporativa da B3.

E, na realidade, o desenrolar dessa história ainda está se desenvolvendo. Você acompanha todas as notícias sobre a Americanas aqui.

Mas apesar de toda a crise na varejista, o trio de acionistas de referência da Americanas (AMER3) conseguiu ficar ainda mais rico em 2023. 

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Combinados, Jorge Paulo Lemann, Carlos ‘Beto’ Sicupira e Marcel Herrmann Telles embolsaram cerca de US$ 3,35 bilhões no ano — o equivalente a R$ 16,3 bilhões, nas cotações atuais.

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Vale lembrar que os bilionários ocupam lugar de destaque na lista de homens mais ricos do Brasil.

Na realidade, Lemann é considerado a pessoa mais rica do país, com uma fortuna estimada em US$ 23,4 bilhões (R$ 114,3 bilhões), segundo a Bloomberg. No ranking mundial, o bilionário ocupa o 73º lugar na lista dos maiores ricaços.

Já Telles atualmente detém a terceira maior fortuna do Brasil. Seu patrimônio chegou a US$ 10,7 bilhões, o que, nas conversões atuais, corresponde a cerca de R$ 52,3 bilhões. No mundo, o bilionário ocupa a 193ª posição no ranking das pessoas mais ricas.

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Já Beto Sicupira detém o quinto maior patrimônio do país, com uma riqueza de aproximadamente US$ 9 bilhões, correspondente a algo próximo de R$ 44 bilhões.

Confira os bilionários que mais ganharam dinheiro no Brasil em 2023:

NomeFortunaGanho/perda de patrimônio no anoSegmento
Eduardo SaverinUS$ 19,3 bilhõesUS$ 12,5 bilhõesTecnologia
André EstevesUS$ 9,61 bilhõesUS$ 3,43 bilhõesFinanças
Jorge Paulo LemannUS$ 23,1 bilhõesUS$ 1,91 bilhãoComidas e Bebidas
Fernando Moreira SallesUS$ 7,05 bilhõesUS$ 1,71 bilhãoFinanças
Pedro Moreira SallesUS$ 7,15 bilhõesUS$ 1,67 bilhãoFinanças
Walther Moreira Salles JrUS$ 6,09 bilhõesUS$ 1,01 bilhãoFinanças
João Moreira SallesUS$ 6,09 bilhõesUS$ 1,01 bilhãoFinanças
Marcel TellesUS$ 10,6 bilhõesUS$ 781 milhõesComidas e Bebidas
Carlos SicupiraUS$ 8,89 bilhõesUS$ 661 milhõesComidas e Bebidas
Jorge Moll & familyUS$ 7,44 bilhõesUS$ 503 milhõesSaúde
Fonte: Bloomberg Billionaires Index | Dados coletados em 22 de dezembro de 2023.

O trio de bilionários da Americanas (AMER3)

É quase impossível falar do trio de bilionários composto por Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles sem tocar no tópico da AB Inbev (ABUD34). Afinal, foi a dona da Ambev (ABEV3) que rendeu a eles grande parte de suas fortunas.

Apesar do tamanho e relevância do conglomerado de bebidas, não foi a dona da Skol e Budweiser que fez os executivos ganharem ainda mais destaque no noticiário corporativo em 2023. Mas vamos do início.

A história dos investidores começa lá atrás, na década de 1970, quando compraram o banco de investimentos Garantia — e deram início à cultura empresarial pela qual carregam fama até hoje.

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Não demorou muito para os empresários deixarem as finanças tradicionais de lado para começar a investir em empresas da “economia real” — e uma delas foi justamente a Americanas (AMER3).

No começo dos anos 1980, o trio de investidores começou a adquirir cada vez mais participações na empresa, até que se tornaram controladores da varejista. Na época, Sicupira foi o escolhido para ficar à frente da gestão da companhia.

Foi no comando da Americanas que Sicupira recebeu o apelido de “rolo compressor”, em razão ao modelo rígido de gestão do executivo, que implicava em um controle rigorosíssimo dos custos e em uma forte cultura de meritocracia.

O relacionamento entre o trio de investidores e a Americanas perdura até hoje. Aliás, foi enquanto os investidores ocupavam as cadeiras do conselho de administração da companhia que ela se tornou o quinto maior império varejista do Brasil.

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Acontece que o mundo dos investimentos tem seus reveses — e, no caso da Americanas (AMER3), dizer que a situação ficou complicada seria um eufemismo.

O que aconteceu com a Americanas (AMER3) em 2023

A crise da Americanas pegou o mercado de surpresa. Afinal, até então, a varejista vinha quebrando recorde atrás de recorde nos balanços. A empresa encerrou 2021 com lucro líquido de R$ 731 milhões — o maior já registrado pela companhia até então.

Na época, a empresa havia finalizado um processo de reorganização societária da Lojas Americanas com a B2W. Assim, as antigas ações LAME3 e LAME4 deixaram de ser negociadas para dar lugar aos papéis AMER3 — correspondentes à Americanas S.A.

Com a divulgação dos dados, o então CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, afirmou que o 4º trimestre de 2021 havia marcado o início da colheita dos benefícios da unificação das bases acionárias. 

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Em comunicado na ocasião, o executivo destacou que a empresa cumpriu o compromisso de crescer as vendas acima do ritmo do mercado.

O ano de 2022 parecia tão promissor para a Americanas quanto 2021, especialmente com o fim da pandemia e a volta gradual à normalidade. Na época, a empresa foi considerada uma das principais varejistas a surfar a retomada econômica.

Foi em meados do ano passado que Miguel Gutierrez deixou o cargo de CEO após 20 anos ocupando a cadeira. Um nome já conhecido do mercado foi escolhido para assumir a posição: Sergio Rial, antigo diretor executivo do Santander (SANB11). 

Ele chegava na Americanas para fazer uma transição importante para a varejista, levando a companhia para o e-commerce.

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Acontece que a gestão de Rial na Americanas relâmpago. O executivo assumiu o cargo em janeiro de 2023 e ocupou a cadeira de CEO por apenas 10 dias — logo saíram as notícias de “inconsistências contábeis” bilionárias na varejista, que em pouco tempo revelaram se tratar de fraudes financeiras.

Após a crise financeira na companhia se tornar pública, a varejista sofreu na bolsa brasileira com a perda de confiança — tanto dos investidores como do mercado como um todo. 

Logo depois da apuração das “inconsistências contábeis”, bancos de investimento como Morgan Stanley, XP e Itaú BBA suspenderam as recomendações para as ações AMER3.

Não à toa, os papéis despencaram fortemente ao longo deste ano, não apenas caindo para a classificação de “penny stock — isto é, uma ação negociada abaixo de R$ 1,00 —, como também perdendo lugar no Ibovespa, o principal índice acionário da B3.

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Ainda que a recuperação judicial da companhia tenha sido aprovada logo no começo deste ano, só recentemente a varejista conseguiu a aprovação do plano de reestruturação em assembleia com credores.

Mas nem mesmo as expectativas sobre o andamento da RJ da varejista foram capazes de reconquistar a confiança dos investidores por enquanto. 

As ações ainda operam em baixa na bolsa brasileira. Só em um mês, os papéis AMER3 acumularam desvalorização de 25%. Se estendermos o horizonte para o ano inteiro, as ações amargaram uma queda superior a 90% em 2023.

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