Facebook e outras big techs preferem pagar multa a cumprir as decisões da Justiça e revelar dados a usuários; entenda
Segundo levantamento do escritório de advocacia Peck Advogados feito para o Broadcast, as empresas se recusam a apresentar dados gerados nas plataformas aos usuários das contas

Há quem diga que a internet é uma espécie de “terra sem lei”. Acontece que já existem regras para os meios digitais. Porém, as gigantes de tecnologia vêm conseguindo “escapar” das sentenças da Justiça brasileira.
As big techs como Google, Twitter e Facebook preferem pagar multas do que cumprir as determinações judiciais, segundo levantamento do escritório de advocacia Peck Advogados feito para o Broadcast, do Estadão.
De acordo com o estudo, as empresas se recusam a apresentar dados gerados nas plataformas aos próprios usuários das contas.
A pesquisa analisou processos no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) já em etapa de recursos, julgados entre junho de 2022 e julho deste ano.
Dos 25 processos mapeados, cerca de 60% das ações tiveram o recurso das big techs negado. Os juízes determinaram que as empresas cumprissem a obrigação e enviassem aos clientes os dados solicitados.
- Leia também: Microsoft está um passo mais próxima de fechar a compra da Activision Blizzard, dona do Call of Duty
Por que Facebook e big techs descumprem as decisões da Justiça?
Segundo o levantamento, as big techs dizem não ter os dados disponíveis ou afirmam que não são submetidas à legislação brasileira.
Leia Também
"As empresas alegam uma limitação legal e técnica para fornecer os dados, mas nestes casos, são informações muito pontuais, como o IP do computador que acessou a conta da rede social, qual o período da conexão. Existe uma resistência desproporcional das empresas de fornecerem as informações", afirma o advogado Henrique Rocha, sócio do Peck Advogados.
Vale ressaltar que os usuários precisam desses dados para entrar com um pedido de indenização, caso queiram pedir a remoção de algum conteúdo ofensivo ou se quiserem que uma conta falsa seja deletada da plataforma, por exemplo.
De acordo com o advogado, a lei do Marco Civil da Internet obriga os provedores de aplicativo como o Google e a Meta, dona do Facebook e Instagram, a manter dados de usuários por seis meses.
"Se acontece algo ilícito na internet, alguém te ofende ou hackeia sua conta, essas primeiras são as primeiras a serem acionadas porque devem, por lei, manter o registro dessas operações", disse Rocha ao Broadcast.
Multas baixas
Na visão da Peck Advogados, outro fator que não incentiva as big techs a cumprirem as sentenças é o baixo valor das multas aplicadas às empresas.
Isso porque as multas variam de R$ 500 a R$ 158 mil por dia, de acordo com o levantamento.
Além disso, em muitos casos, o pagamento da multa faz com que empresas como o Google e o Facebook não tenham que cumprir as ordens judiciais.
Para Henrique Rocha, a falta de padronização das multas gera “muita imprevisibilidade e insegurança jurídica”.
- A DINHEIRISTA – Crise nas Casas Bahia: Estou perdendo rios de dinheiro com ações VIIA3 (que viraram BHIA3). E agora?
O que dizem as big techs
Questionado pelo Broadcast, o Google disse que "recebe milhares de ordens judiciais e colabora com as autoridades brasileiras, não havendo nenhuma resistência ao cumprimento de decisões que observem os limites estabelecidos pelo Marco Civil da Internet".
A empresa ainda afirma que "as obrigações fixadas ultrapassam hipóteses legais previstas pela legislação brasileira, o que motivou a interposição dos recursos."
Já o Twitter e o Facebook, da Meta, não se pronunciaram, segundo o Broadcast.
*Com informações de Broadcast
Itaú BBA eleva projeção para o Ibovespa até o fim de 2025; saiba até onde o índice pode chegar
Banco destaca cenário favorável para ações brasileiras com ciclo de afrouxamento monetário e menor custo de capital
Falta de OPA na Braskem não é o que preocupa o BTG: o principal catalisador da petroquímica está em outro lugar — e não tem nada a ver com Tanure
Embora as questões de governança e mudança de controle não possam ser ignoradas, o verdadeiro motor (ou detrator) é outro; veja o que dizem os analistas
Enquanto Banco do Brasil (BBAS3) sofre o peso do agronegócio, Bradesco (BBDC4) quer aumentar carteira agrícola em até 15% na safra 2025/26
O Bradesco traçou uma meta ousada: aumentar sua carteira agrícola entre 10% e 15% para a safra 2025/2026; veja os detalhes da estratégia
XP cobra na Justiça a Grizzly Research por danos milionários após acusações de esquema de pirâmide
A corretora acusa a Grizzly Research de difamação e afirma que o relatório causou danos de mais de US$ 100 milhões, tanto em perdas financeiras quanto em danos à sua reputação
Fundador da Hypera (HYPE3) estabelece acordo para formar bloco controlador — e blindar a empresa contra a EMS; entenda
Mesmo com a rejeição da oferta pela Hypera em outubro do ano passado, a EMS segue demonstrando interesse pela aquisição da rival
IPO da pressão: Shein faz pedido de abertura de capital em Hong Kong para “colocar na parede” os reguladores do Reino Unido
A gigante do fast fashion busca acelerar sua estreia internacional e contornar impasse com reguladores britânicos sobre riscos ligados à cadeia de suprimentos na China.
Oi (OIBR3) abre brecha para recuperação judicial nos EUA, depois de pedir para encerrar Chapter 15
A empresa avaliou que, dado o avanço do processo de Recuperação Judicial no Brasil, o Chapter 15 não seria mais necessário. Mas isso não significa que os problemas acabaram
IPO de ouro: Aura Minerals (AURA33) quer brilhar em Wall Street com oferta de ações milionária. O que isso significa para os acionistas?
A partir dessa listagem, as ações ordinárias da Aura Minerals passarão a ser negociadas na Nasdaq, sob o ticker AUGO. Entenda a estratégia da mineradora
Tesla (TSLA34) paga o preço pela língua de Elon Musk e perde mais de US$ 60 bilhões em valor de mercado
O tombo acontece após bilionário afirmar no último sábado (5) que criaria um novo partido sob sua tutela: o America Party
Carrefour (CAFR31): saiba quem é o argentino que assumirá o comando da rede no Brasil
Stéphane Maquaire, atual CEO, deixa o cargo após seis anos à frente das operações e do processo de incorporação da empresa pela matriz francesa
Assaí (ASAI3): segundo trimestre deve ser mais fraco, mas estes são os 5 motivos para ainda acreditar na ação
Em relatório, o Itaú BBA revisou para baixo as estimativas para o Assaí. O banco projeta um segundo trimestre mais fraco, mas ainda acredita nas ações — e um dos motivos é a potencial aprovação da venda de medicamentos nos supermercados
Embraer (EMBR3): CEO confirma negociações sigilosas com até dez países interessados no cargueiro militar KC-390; veja o que se sabe até o momento
A Lituânia foi o comprador mais recente, juntando-se a Portugal, Hungria, Áustria e Coreia do Sul na lista de clientes do modelo
Ações do Banco do Brasil (BBAS3) somam R$ 5 bi em posições vendidas e XP projeta menos lucros e dividendos a partir de agora
Analistas da XP sinalizam problemas persistentes na qualidade de crédito do setor agrícola do banco estatal e mantém cautela para os próximos trimestres
Ataque hacker: como a Polícia conseguiu prender o suspeito de facilitar o ‘roubo do século’ na C&M?
Para descobrir os responsáveis, as autoridades recorreram a imagens registradas pelas câmeras internas da C&M; entenda o que aconteceu
Gafisa (GFSA3) lança follow-on de até R$ 107 milhões para engordar caixa — com direito a “presente” aos acionistas que participarem da oferta
Considerando apenas a distribuição do lote inicial, a companhia pode captar pelo menos R$ 26,9 milhões com a oferta. Veja os detalhes da operação
Eletrobras (ELET3): UBS aumenta preço-alvo e vê dividendos altos no longo prazo
Privatização resolveu disputas políticas e otimizou o balanço da Eletrobras, segundo o banco, tornando os papéis um investimento de risco-retorno mais atrativo
Musk bate o pé e Tesla paga a conta: ação cai forte com intenção do bilionário de criar novo partido político nos EUA
No sábado, o bilionário anunciou que pretende criar o Partido América com foco nas eleições de meio de mandato nos EUA
Nelson Tanure pede aval do Cade para abocanhar o controle da Braskem (BRKM5) — e não quer saber de tag along ou OPA
Tanure formalizou pedido ao Cade para obter a autorização necessária e seguir com a transação junto à NSP Investimentos, holding que detém a participação da Novonor na petroquímica
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
Em evento do BNDES, Fred Trajano afirmou que o Magalu tinha projeções de faturar R$ 70 bilhões em 2025
Consignado privado: Banco do Brasil (BBAS3) supera a marca de R$ 4,5 bi em contratações na modalidade de crédito para o trabalhador
O programa tem como público-alvo os trabalhadores com carteira assinada da iniciativa privada, com juros mais baixos