🔴 5 TÍTULOS DA RENDA FIXA ‘PREMIUM’ PARA INVESTIR AGORA –  CONHEÇA AQUI

Larissa Vitória

Larissa Vitória

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

ENTREVISTA COM O CEO

Destaque de alta na B3 no ano, Moura Dubeux (MDNE3) ignora Minha Casa Minha Vida e foca em mercado com fome bilionária de lançamentos

Dados levantados pela empresa apontaram um segmento de maior potencial para o mercado residencial quando considerada a capacidade financeira dos consumidores

Larissa Vitória
Larissa Vitória
18 de setembro de 2023
7:03 - atualizado às 14:12
Fotografia colorida de Diego Villar, CEO da Moura Dubeux, em um dos escritórios da companhia
Diego Villar está na Moura Dubeux há 12 anos e ocupa o cargo de CEO desde 2019 - Imagem: Divulgação

Os estímulos e melhorias no Minha Casa Minha Vida animaram as construtoras de baixa renda e levaram até mesmo empresas focadas em outros segmentos a voltarem a planejar lançamentos para o programa habitacional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, na contramão desse movimento, a Moura Dubeux (MDNE3), maior incorporadora do Nordeste, seguirá fora do segmento. O que não impediu as ações da companhia de praticamente dobrarem de valor neste ano na B3.

Os analistas acreditam que devem vir mais altas por aí. A XP iniciou na semana passada a cobertura dos papéis MDNE3 com recomendação de compra e prevê uma alta de mais de 50% em 2024, com preço-alvo de R$ 16,50.

E a corretora não é a única que aposta em um novo rali para os papéis. O Santander também elevou o preço-alvo para a mesma cifra, enquanto o Itaú BBA subiu a projeção para R$ 16 por papel — o potencial de upside é de 47%.

A Moura Dubeux até tem planos de concentrar os esforços de novos negócios além da alta renda — seu nicho tradicional de atuação. Mas o foco será em um público que hoje não é atendido por políticas governamentais e também conta com uma enorme demanda por imóveis: a classe média.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Não que no Nordeste não haja um grande número de famílias desejando um imóvel Minha Casa Minha Vida, mas sim porque elas não têm o recurso necessário para adquiri-lo. Já a classe média, posto condições de capacidade de absorção, é o maior segmento endereçável”, afirma Diogo Villar, CEO da Moura Dubeux, em entrevista ao Seu Dinheiro.

Leia Também

Dados levantados pela empresa em seus mercados — que incluem sete dos nove estados do Nordeste — mostram que o segmento é o de maior potencial para o mercado residencial quando considerada a capacidade financeira dos consumidores.

Qual é o ‘Mood’ da classe média?

Acostumada a lançar produtos para públicos de maior renda, a Moura Dubeux precisou adaptar seus sistemas construtivos para atender a esse mercado, que, segundo Villar, ficou desassistido nos últimos anos. E até criou uma marca própria para a nova frente: a Mood.

Uma das causas para o escanteamento do segmento foi a elevação dos custos de construção, especialmente durante a pandemia de covid-19. A alta dos preços inviabilizou projetos na maioria das grandes incorporadoras brasileiras. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O próprio poder aquisitivo da classe média também foi afetado por esse momento inflacionário: o preço do metro quadrado subiu e a renda não acompanhou. Tivemos ainda um agravante que foi a alta da taxa de juros, o que exige maior comprometimento de renda”, aponta o CEO.

Considerando esse cenário — e para oferecer um imóvel que caiba no bolso da classe — Villar afirma que foi necessário uma inversão na lógica de projetos antes de arriscar um lançamento.

Em vez de começar o desenvolvimento do produto pela solução de engenharia, a Moura Dubeux buscou estudar por meio de pesquisas quais são os atributos que o cliente reconhece como um diferencial e por quais ele pode pagar.

Um mercado de R$ 1,5 bilhão para a Moura Dubeux

Com os resultados do levantamento em mãos, a incorporadora lançou um empreendimento ainda sob a bandeira da Moura Dubeux e em uma região já consolidada para sentir o mercado. O projeto foi um sucesso de vendas e levou a um segundo teste de mercado igualmente bem-sucedido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Finalizados os testes, a companhia decidiu escalar regionalmente os empreendimentos por meio da Mood. Para Villar, a iniciativa abre uma avenida de crescimento para produtos de classe média e classe média baixa, considerando famílias que ganham de R$ 12 mil a R$ 16 mil mensais.

“Essa é a renda de quem quer um imóvel novo com os atributos de qualidade e que ele realmente reconhece como algo de valor. Esse público não se vê dentro de um produto MCMV e precisava ser atendido, então a Mood nasceu dessa premissa.”

O CEO indica que, ainda com base nas pesquisas, hoje existem 100 mil famílias no Nordeste que se enquadram na faixa de renda alvo. Retirando da conta quem já tem casa ou está com a renda comprometida e não comprará imóveis nos próximos 24 meses, a empresa estima que esse mercado comporta de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão anual em lançamentos.

A DINHEIRISTA - Ajudei minha namorada a abrir um negócio e ela me deixou! Quero a grana de volta, o que fazer?

Alavancagem e dividendos da Moura Dubeux

A nova empreitada exige investimentos, assim como as outras marcas dentro da Moura Dubeux que seguirão lançando projetos — como a operação e a Beach Class, voltada para o mercado de segunda residência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesse sentido, a empresa deve ir novamente na contramão do setor, que foi inundado por uma série de ofertas de ações nos últimos três meses

“Sempre estamos de olho no mercado e somos abordados com as possibilidades de levantar recursos, mas o que percebemos hoje é que a nossa estrutura de capital é adequada para os planos”, destaca Villar.

O CEO afirma ainda que, considerando o cenário de taxa de juros e riscos, a Moura Dubeux não pretende elevar muito os níveis de endividamento e quer manter a alavancagem entre 10% a 20% do patrimônio líquido mesmo em meio à expansão.

Se a dívida mantiver-se controlada, outro evento importante no horizonte da empresa é iniciar o pagamento de dividendos aos acionistas nos próximos dois anos. Para isso, também é preciso que a empresa zere o prejuízo que acumulava até a abertura de capital, três anos atrás.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Se todos os planos que desenhamos permanecerem encaminhados, essa virada se dará entre setembro e outubro do ano que vem. Isso abrirá espaço para o ciclo de pagamento de dividendos no início de 2025.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CORRIDA TECNOLÓGICA

Nvidia que se cuide: Ações do Alibaba disparam mais de 18% após aumento na receita de inteligência artificial

1 de setembro de 2025 - 10:19

Em meio à guerra comercial entre China e EUA, o grupo Alibaba se destaca como uma carta na manga contra a dependência dos chips da Nvidia

ENTREVISTA EXCLUSIVA

O ‘segredo’ da estratégia da Petz (PETZ3): CFO revela por que decidiu expandir os negócios para plano de saúde pet só agora

1 de setembro de 2025 - 6:12

Em entrevista ao Seu Dinheiro, a diretora financeira da Petz, Aline Penna, revelou as estratégias da companhia para manter o crescimento nos próximos anos

NOVOS HORIZONTES

Mercado Livre (MELI34) pode desbloquear novo potencial catalisador no Brasil, afirma XP — e acende sinal de alerta para um setor na B3

31 de agosto de 2025 - 17:05

Potencial aquisição de uma farmácia em São Paulo é vista pela XP como o primeiro passo para expandir a presença do gigante do e-commerce em um setor estratégico

NOVO ALVO

Mais um ataque ao Pix: hackers invadem sistemas da Sinqia e pelo menos R$ 380 milhões são levados do HSBC

30 de agosto de 2025 - 13:56

Autoridades investigam o caso enquanto a Sinqia trabalha para recuperar os valores; cerca de R$ 350 milhões já foram bloqueados

PENNY STOCK NUNCA MAIS?

Xô, montanha-russa! Infracommerce (IFCM3) quer fazer um novo grupamento de ações na bolsa. O que isso significa para o investidor?

30 de agosto de 2025 - 11:26

Após meses negociando as ações IFCM3 na casa dos centavos na bolsa brasileira, a empresa tentará outra vez aumentar as cotações dos papéis; entenda

RESULTADO SEMESTRAL

Lucro do BRB salta 461% no primeiro semestre e banco promete mais de R$ 140 milhões em JCP aos acionistas

30 de agosto de 2025 - 9:22

O Banco de Brasília registrou um lucro líquido recorrente de R$ 518 milhões no primeiro semestre de 2025; veja os destaques do resultado

COMPROU, VENDEU

Iguatemi (IGTI11) fecha contrato para vender ao RBR Malls uma fatia de sua participação no shopping Pátio Higienópolis

29 de agosto de 2025 - 19:42

A celebração de contrato vinculante prevê a venda de 7% do empreendimento, por R$ 169,9 milhões

NOVIDADES NO STREAMING

Novidades no streaming: os últimos lançamentos na Netflix, no Prime Video, na HBO Max e na Apple TV+

29 de agosto de 2025 - 19:19

Confira os principais lançamentos de filmes, séries e documentários que chegam aos serviços de streaming no Brasil nesta semana.

BONS VENTOS

Embraer (EMBR3) reforça imagem no setor de defesa com venda para o Panamá — e o BTG gosta da mensagem que o negócio passa

29 de agosto de 2025 - 18:33

Estimada em US$ 80 milhões, a transação foi formalizada durante a visita do presidente panamenho ao Brasil

PARA POR NA CARTEIRA

XP eleva preço-alvo de bancão e mantém ação como preferida no setor financeiro; saiba qual é

29 de agosto de 2025 - 15:55

A corretora reiterou a recomendação de compra e manteve o papel como top pick (preferido) do setor financeiro, destacando o potencial de valorização de 17%, mesmo após a alta de 38% acumulada neste ano

SEM “DAR UM TEMPO”

Marfrig (MRFG3) encerra contrato de venda de unidades no Uruguai para Minerva (BEEF3) após 2 anos — mas rival não aceita o “término”

29 de agosto de 2025 - 13:08

O acordo estabelecia a venda de ativos para a controlada da Minerva e faz parte de uma transação bilionária anunciada pelas companhias em maio de 2023

NOVA POLÊMICA NO RADAR

Compra do Banco Master pelo BRB sofre novo revés por envolvimento com a Reag, alvo de operação contra o crime organizado

29 de agosto de 2025 - 12:49

Pelo menos 18 dos 34 fundos declarados pelo Banco Master são administrados pela Reag e pela Trustee DTVM, ambos alvos da Polícia Federal

FICÇÃO E REALIDADE

Vale tudo na novela: o que aconteceria se Odete Roitman tentasse passar a perna em Raquel na vida real

29 de agosto de 2025 - 12:34

Especialista em direito societário analisa rasteira de Odete Roitman em Raquel Accioly que agitou a trama da novela Vale Tudo nos últimos dias

SAINDO DO RADAR?

Na mira de investigações, Trustee e Banco Genial renunciam à gestão de fundos alvos de operação contra o PCC

29 de agosto de 2025 - 11:39

Ontem, a Operação Carbono Oculto desmantelou um megaesquema de lavagem de dinheiro envolvendo centenas de fintechs, gestoras e empresas ligadas ao mercado financeiro

NA ROTA DA REESTRUTURAÇÃO

Raízen (RAIZ4) é a maior alta do Ibovespa após venda bilionária de usinas no Mato Grosso do Sul

29 de agosto de 2025 - 11:28

Segundo a companhia, os ativos contam com capacidade instalada de aproximadamente 6 milhões de toneladas por safra

O ELEFANTE NA SALA

O jogo arriscado dos Coelho Diniz no Pão de Açúcar (PCAR3): afinal, o que eles querem com a varejista?

29 de agosto de 2025 - 7:01

De acordo com um gestor com quem o Seu Dinheiro conversou, a resposta é simples: comprar um player relevante a preço de banana. Mas esta é uma aposta arriscada

REDUÇÃO DE DANOS

Minerva (BEEF3) aprova redução de capital social em R$ 577,3 milhões para absorver os prejuízos de 2024

28 de agosto de 2025 - 19:50

Com a aprovação da assembleia geral extraordinária, o capital social da companhia passa de R$ 3,6 bilhões divididos em 994.534.197 ações ordinárias

COME TO BRAZIL

OpenAI abrirá o primeiro escritório na América Latina — e o Brasil foi o escolhido; veja os planos da companhia dona do ChatGPT

28 de agosto de 2025 - 19:30

Atualmente, o Brasil está entre os três países com maior uso semanal do ChatGPT, registrando mais de 140 milhões de mensagens enviadas para o chatbot

O SOL NASCE DIFERENTE?

O segredo do Japão para atrair Warren Buffett: a estratégia do bilionário por trás da compra de mais de 10% da Mitsubishi

28 de agosto de 2025 - 18:31

Para se ter uma ideia, as participações da Berkshire nos conglomerados japoneses saltaram de valor, passando de US$ 6 bilhões inicialmente para US$ 23,5 bilhões ao final de 2024

O VALOR DA JUSTIÇA

Ultrapar (UGPA3), Raízen (RAIZ4) e Vibra (VBBR3) disparam após operação contra o PCC; entenda os motivos

28 de agosto de 2025 - 17:50

As três empresas têm atuação no setor de combustíveis, que está no centro da Operação Carbono Oculto, que atingiu até mesmo a Faria Lima hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar