🔴 IPCA-15 DE ABRIL DESACELERA – VEM AÍ SELIC A 10,50% OU 10,25? SAIBA ONDE INVESTIR

Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
HORA DE COMPRAR

Aqui estão cinco motivos para ter as ações da Vale (VALE3) na carteira, segundo o Goldman Sachs

Os analistas elevaram a recomendação para os papéis da mineradora de “neutro” para “compra” e selecionaram a Vale (VALE3) como a favorita no setor de metais na América Latina

Camille Lima
Camille Lima
21 de novembro de 2023
10:59 - atualizado às 11:12
vale vale3 ação varejo
Logo da Vale (VALE3) - Imagem: Adobe Stock/Montagem: Giovanna Figueredo

O terceiro trimestre não foi fácil para a Vale. Só nesse período, a mineradora viu o lucro líquido desabar mais de 36% e registrou um dos maiores cortes de dividendos entre as gigantes brasileiras. Mas apesar de tudo isso, o Goldman Sachs acredita que você deve ter ações VALE3 na carteira.

Os analistas elevaram a recomendação para os papéis da mineradora de “neutro” para “compra” e selecionaram a brasileira como a favorita no setor de metais na América Latina.

“Acreditamos que a história agora é muito atraente para ser ignorada”, escreveu o banco, em relatório.

Os analistas fixaram um preço-alvo de US$ 19,50 para os ADRs (recibos de ações) VALE, negociadas na bolsa de valores de Nova York (NYSE), para os próximos 12 meses. O valor implica em um potencial de alta de 24,6% em relação ao último fechamento, de US$ 15,65.

Na bolsa brasileira, as ações VALE3 acumulam queda de 9,7% em 2023. Entretanto, os papéis mostraram recuperação nas últimas semanas, com alta de mais de 20% em um mês, na esteira da melhora de projeções de analistas para a mineradora.

Cinco razões para ter ações da Vale (VALE3) na carteira

Na visão do Goldman Sachs, o cenário atual é único para a Vale (VALE3) e conta com uma combinação de fatores favoráveis que não existem há pelo menos nove anos. 

Na conta dos analistas, existem cinco motivos para aproveitar o momento e comprar ações da mineradora:

  1. Preço do minério de ferro;
  2. Momento operacional positivo (apesar do ritmo um pouco frustrante);
  3. Exposição relativamente baixa dos investidores, principalmente brasileiros;
  4. Preço atrativo da ação;
  5. Perspectivas melhores para a China.

Começando pelo preço do minério de ferro, o Goldman avalia que o mercado de metais está equilibrado e deve sustentar o preço de US$ 110 por tonelada para 2024 — ainda maior do que a precificação da Vale para a commodity, que beira os US$ 104 por tonelada para o próximo ano, segundo os analistas.

O banco acredita que a Vale (VALE3) deve aproveitar o impulso operacional positivo do mercado. Em termos de desempenho operacional, o Goldman Sachs ainda acredita que o ritmo dos metais básicos — cobre e níquel — decepcionaram, mas que “o pior já passou”. 

“O modelo revisado de minério de ferro do Goldman Sachs aponta agora para um mercado equilibrado devido ao crescimento limitado da oferta, às exportações de aço chinesas ainda elevadas e ao ganho limitado de participação de mercado da sucata na China para 2024”, afirma o banco.

Para os analistas, a situação para o próximo ano será diferente da vivenciada em 2023, quando o pessimismo dos investidores em relação ao crescimento da China e à produção de aço limitou o desempenho da Vale.

“Acreditamos que o mercado será lentamente convencido de uma melhor configuração de oferta/demanda e, enquanto isso, os investidores colherão os benefícios da forte geração de fluxo de caixa livre e distribuição de dinheiro.”

Outro pilar da tese de investimento do Goldman Sachs na Vale (VALE) baseia-se na exposição à mineradora. Segundo os analistas, os investidores — especialmente os brasileiros — atualmente possuem uma exposição relativamente baixa na mineradora.

Porém, a projeção do Goldman é que o mercado deve aumentar lentamente a exposição à medida que a confiança em torno do equilíbrio entre oferta e demanda de minério de ferro em 2024 evolua.  

De olho nos números da Vale (VALE3)

A visão mais otimista dos analistas para a mineradora ainda avalia o balanço recente da companhia — e projeções operacionais positivas para o futuro.

Nas projeções do banco, a Vale (VALE3) tem potencial para aumentar a produção de minério de ferro em 15% até 2026, enquanto realiza investimentos reduzidos por tonelada, uma vez que poderá aproveitar a infraestrutura já existente. 

“Uma potencial recuperação e melhoria de desempenho nos atuais ativos de metais básicos também é um potencial fator-chave de ganhos”, afirmam os analistas.

Um possível acordo final com o Ministério Público e os governos sobre o acidente da Samarco em 2015 também pode reduzir a incerteza da Vale (VALE3) e levar a uma potencial nova tarifa, de acordo com os analistas.

Por fim, o Goldman Sachs enxerga a Vale com um valuation atrativo. Isso porque o banco projeta um rendimento FCF (fluxo de caixa livre) de 12% no próximo ano.

Além disso, os analistas estimam um múltiplo EV/Ebitda, que relaciona o valor de firma sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de 4,8 vezes em 2024 — o mais barato entre as principais empresas do setor.

Os principais riscos da tese do Goldman

Apesar do otimismo com o futuro da Vale (VALE3), existem ainda cinco principais questões que podem colocar em risco a tese de investimentos do Goldman Sachs para a mineradora.

O maior risco para a Vale é o desempenho do minério de ferro no próximo ano. Caso a commodity registre preços mais fracos do que o esperado em 2024, os principais produtos da mineradora também serão afetados, segundo os analistas.

De acordo com o banco, o desempenho da commodity pode ser impactado por uma desaceleração macroeconômica mais forte do que o esperado na China e um apoio político aquém das expectativas ao mercado imobiliário asiático.

Além disso, a valorização do real em relação ao dólar poderá impactar negativamente a rentabilidade da Vale (VALE3). 

Já no mercado de metais básicos, uma melhora mais lenta do que o esperado na dinâmica de oferta e demanda também manteria os preços baixos por mais tempo e afetaria a rentabilidade da Vale. 

De olho nas operações da mineradora, se o desempenho decepcionar, a companhia também pode gerar volumes abaixo do esperado, o que pressionaria a geração de fluxo de caixa.

As questões com a Samarco ainda causam preocupações para o futuro da Vale (VALE3). Isso porque as ações judiciais poderiam potencialmente aumentar as provisões da mineradora.

Compartilhe

NÃO DESENROLOU

Proibição do TikTok: quem ganha agora que aplicativo foi proibido nos EUA? Empresa chinesa corre contra o tempo para achar solução

27 de abril de 2024 - 16:26

A Meta, dona do Facebook e do Instagram, pode ver mais anunciantes com a incerteza com seu maior concorrente, de acordo com analistas

VAREJISTA EM FOCO

Dissecando o balanço do Assaí (ASAI3): juros pesam sobre dívida da varejista, mas ‘alinhamento’ com Extra dilui custos

27 de abril de 2024 - 15:12

Nesta semana, o JP Morgan elevou a recomendação para os papéis ASAI3 de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 17,50 para dezembro de 2024

VEJA OS PRAZOS

Combo de dividendos bilionários: CPFL Energia (CPFE3) anuncia R$ 3,1 bilhões e Eletrobras (ELET3) aprova mais de R$ 1 bilhão em proventos

26 de abril de 2024 - 18:18

Em meio a diversos anúncios de proventos, as duas companhias do setor elétrico se destacaram ao aprovarem pagamentos na casa do bilhão

DESTAQUES DA BOLSA

IRB Re (IRBR3): vale a pena comprar a ação que toca máxima após forte alta dos lucros em fevereiro?

26 de abril de 2024 - 15:32

A resseguradora registrou lucro líquido de R$ 20,3 milhões em fevereiro, o que representa uma alta de 41,95% na comparação com o mesmo mês de 2023

DESTAQUES DA BOLSA

Multiplan (MULT3) salta na B3 após balanço e diz por que deve seguir estratégia oposta à da rival Allos no portfólio de shoppings

26 de abril de 2024 - 14:42

A companhia reportou ontem um lucro líquido de R$ 267 milhões no primeiro trimestre de 2024, maior valor já registrado para um primeiro trimestre

CANCELA O CASAMENTO?

Anglo American recusa proposta “oportunista e pouco atraente” de quase US$ 39 bilhões da BHP e barra megafusão

26 de abril de 2024 - 9:36

O conselho de administração da companhia recusou por unanimidade a proposta da BHP por considerar o acordo “extremamente pouco atraente”; entenda

O SINAL AMARELOU

Assembleia da Light (LIGT3) é suspensa sem votação do plano de recuperação judicial; veja quando os credores voltarão a se reunir

25 de abril de 2024 - 19:20

O documento, que explica em detalhes como a empresa planeja pagar seus credores e quais medidas serão adotadas para fortalecer o caixa, voltará a ser apreciado na próxima semana

BALANÇO DOS SHOPPINGS

Com receita em alta e despesas ‘bem-comportadas’ Multiplan (MULT3) tem lucro recorde no primeiro trimestre

25 de abril de 2024 - 18:44

A companhia, que completou 50 anos neste mês, lucrou R$ 267 milhões no período, o maior valor já registrado para um primeiro trimestre

DEU NA BUSCA

Procurando por dividendos? Dona do Google responde com os primeiros proventos da história do grupo — ações avançam mais de 13%

25 de abril de 2024 - 18:02

Vale lembrar que, em fevereiro, o conselho da Meta autorizou o pagamento dos primeiros dividendos da dona do Instagram, Whatsapp e Facebook

CONFIRA AS DATAS

Ainda sem privatização, mas com dividendos: Sabesp (SBSP3) anuncia quase R$ 1 bilhão em proventos aos acionistas

25 de abril de 2024 - 17:30

Terá direito ao pagamento, que está marcado para 24 de junho deste ano, quem estava na base de acionistas da Sabesp hoje

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar