Filme ‘Som da Liberdade’ lidera bilheterias no Brasil e produtora libera ingressos gratuitos
Som da Liberdade já arrecadou mais de US$ 212 milhões em todo o mundo e vem colecionando polêmicas pela suposta ligação com teorias da conspiração

Líder de bilheteria nos cinemas brasileiros, o filme Som da Liberdade pode ampliar o público no país com uma prática inusitada. A Angel Studios, produtora do longa-metragem que vem colecionando polêmica por estar supostamente ligado a teorias da conspiração de extrema direita, decidiu liberar ingressos gratuitos.
A ideia é que quem possui condições financeiras compre os ingressos antecipados para aqueles que não conseguem arcar com o preço. Para conseguir a entrada, basta entrar no site da produtora.
Som da Liberdade estreou no Brasil na última quinta-feira (26) e arrecadou mais de R$ 5,7 milhões no fim de semana, segundo dados provisórios da bilheteria.
A produção independente também foi sucesso mundial, alcançando uma arrecadação de US$ 212 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão, nas cotações atuais), de acordo com o site Box Office Mojo. O fenômeno é uma surpresa, já que o filme teve orçamento de US$ 14 milhões.
O feito garantiu a Som da Liberdade o lugar de produção independente mais bem sucedida desde Parasita, que ganhou o Oscar de Melhor Filme em 2020.
Apesar de impressionar, os resultados expressivos têm uma justificativa. O filme vem se envolvendo em polêmicas desde a sua estreia nos Estados Unidos, em julho.
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Especulações de que a história teria como pano de fundo teorias conspiratórias do grupo extremista QAnon e de que Hollywood estaria boicotando o filme colocaram a produção na boca do povo.
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O filme ‘Som da Liberdade’ e teorias da conspiração
Dirigido por Alejandro Gómez Monteverde, a trama é inspirada na história real de Tim Ballard, conhecido por ser um caçador de pedófilos e ex-agente especial do governo dos Estados Unidos. Na trama, ele é interpretado por Jim Caviezel.
Com o slogan “As crianças de Deus não estão à venda”, o filme fez sucesso entre o público conservador americano. O apoio de personalidades da direita, como Donald Trump e Mel Gibson, levantou suspeitas de que a produção estava fazendo alusão às ideias do QAnon.
O grupo criado em 2017 promove teorias de que políticos progressistas estariam controlando redes globais de tráfico sexual infantil. Membros do movimento participaram da invasão ao Capitólio em 2021.
No passado, Tim Ballard — o agente que inspira o filme — e o ator Jim Caviezel já promoveram teorias da conspiração do QAnon. O artista também apoiou publicamente espectadores que acusaram críticos que falaram mal do longa de pedófilos. As atitudes estimularam as especulações de que o filme faz promoção dos ideais do grupo.
A produção, no entanto, foi escrita em 2015, antes mesmo do surgimento do QAnon. Ela foi filmada em 2018 e era da produtora Fox. Quando o grupo foi comprado pela Disney, o projeto foi engavetado. Foi somente com a compra dos direitos da obra pelo pequeno estúdio Angel que o longa foi retomado.
Por outro lado, o conhecimento do adiamento do projeto levou grupos da direita a afirmarem que Hollywood está boicotando a obra.
O filme no Brasil
Antes mesmo de chegar em terras brasileiras, a produção já prometia polêmica. A produtora Angel firmou uma parceria com a Brasil Paralelo, plataforma conhecida por promover teorias negacionistas por meio de documentários que revisitam a História. Assinantes do site também estão ganhando ingressos gratuitos para assistir Som da Liberdade nos cinemas.
O filme também caiu nas graças de políticos brasileiros de direita. Na última terça-feira, Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Mário Frias compareceram à pré-estreia da produção.
A senadora Damaris Alves utilizou a rede social X, antigo Twitter, para chamar a população para assistir o longa. Em vídeo, ela convocou a “comunidade cristã” a “lotar os cinemas”.
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