Âncora fiscal de Lula e Haddad vai conseguir segurar a dívida? Saiba por que o economista do Itaú acha difícil
Para Mário Mesquita, nova âncora fiscal deve levar a uma melhora do gasto primário, mas seria insuficiente para deter o crescimento da dívida
Independentemente do novo arcabouço fiscal que o governo Lula deve apresentar nos próximos dias, a expectativa do economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, é de que a dívida pública deve continuar crescendo.
“Todas as propostas acabam levando a uma melhora do gasto primário, mas insuficiente para deter o crescimento da dívida”, afirmou o economista durante coletiva de imprensa.
Para Mesquita, os critérios que devem orientar a nova política fiscal do governo devem se basear em simplicidade, previsibilidade e impositividade.
Isto significa, na sua visão, que a regra deve usar índices de referência observáveis e estimáveis, ter cláusulas de escape restritas e bem definidas, além de gatilhos automáticos que permitam apertar ou afrouxar a política fiscal.
O economista e ex-diretor do Banco Central acredita que o governo deve conseguir aumentar a arrecadação neste ano com novos impostos, que, acumulando, devem crescer 1%.
Ontem (14) a equipe econômica apresentou a proposta de nova âncora fiscal ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Leia Também
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Alckmin teve uma “reação muito boa”. A apresentação da proposta ao presidente Lula deve acontecer ainda nesta semana.
Juros e meta de inflação
Mesquita aproveitou a ocasião para se posicionar sobre o recente estranhamento entre o governo e o Banco Central, que teve a meta de inflação e a taxa de juros como pivô.
Apesar de alguns participantes do mercado defenderem o aumento da meta de inflação, Mesquita se mantém contra essa iniciativa.
“Não tem garantia nenhuma de que se subindo a meta de inflação o juro real médio irá cair. E também não tem garantia nenhuma que meta de inflação menor seja impossível de ser atingida”, disse.
Ele acredita que, como a discussão amornou nos últimos dias, o governo se convenceu de que não vale a pena comprar essa briga.
Porém, Mesquita salientou que uma mudança positiva seria trocar a meta calendário por uma meta permanente. Para ele, isso retiraria incentivos tóxicos como segurar preços em determinado período para que o índice de inflação não se deteriore, algo comum em anos eleitorais.
O que o Itaú espera do Brasil em 2023
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve registrar crescimento de cerca de 1% neste ano, de acordo com as estimativas do Itaú. O setor que deve puxar essa alta é o agronegócio, que vem demonstrando força neste início de ano.
“Tem um tema de seca que vai afetar o PIB da Argentina e talvez afete um pouco a atividade agrícola no Rio Grande do Sul. Mas não estamos falando de seca mais ao norte do Brasil. Este é um cenário bom para o agro, pois os preços ficam sustentados e a produção deve ser bastante boa”, afirmou.
O empresariado como um todo, no entanto, se mostra mais cauteloso e em compasso de espera sobre as políticas econômicas do novo governo, que afetam as perspectivas de inflação e da taxa de juros.
Para o Itaú, o IPCA deve encerrar o ano em 6,1%, mas pode ficar mais perto de 6,6% caso o governo ceda a pedidos de governadores e aumente a alíquota do ICMS da gasolina.
O banco projeta que a Selic chegue ao final de 2023 em 12,5%, ou seja, uma redução de 1,25 ponto percentual em relação ao patamar atual de 13,75%. Os cortes estariam concentrados no final do ano.
Já o dólar deve estar no patamar de R$ 5,30, mas isso está mais relacionado a uma força da moeda americana do que a uma fraqueza do real, segundo a equipe do Itaú.
- Você investe em ações, renda fixa, criptomoedas ou FIIs? Então precisa saber como declarar essas aplicações no seu Imposto de Renda 2023. Clique aqui e acesse um tutorial gratuito, elaborado pelo Seu Dinheiro, com todas as orientações sobre o tema.
Cenário externo
Para este ano, o economista-chefe do Itaú espera uma desaceleração econômica no mundo todo, o que deve reduzir as pressões inflacionárias. Mas a recente turbulência no mercado financeiro e no sistema bancário dos EUA trouxe incerteza sobre quais serão os próximos passos do Federal Reserve.
“Eles tinham sinalizado que iam fazer aumento de 0,5 ponto percentual. A gente acha que não tem mais espaço para isso e que a alta deve ser de 0,25”, disse Mesquita.
De acordo com o economista, para que haja um alívio da taxa de juros global, precisa haver uma melhora consistente dos números de inflação nos EUA, o que ainda não aconteceu.
Caso a crise bancária se confirme como restrita, Mesquita diz que não espera um corte na política monetária do Fed antes de 2024.
Negociações na COP30 entre avanços e impasses: um balanço da cúpula do clima até agora
Em Belém, negociadores tentam conciliar a exigência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o impasse no financiamento climático e o risco de adiar as metas de adaptação para 2027
Brasil x Senegal: veja onde assistir ao amistoso e saiba o horário da partida
Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Senegal, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026
Essa praia brasileira vai ser uma das mais visitadas do país em 2026
Juquehy se destaca como um destino turístico em ascensão, combinando mar calmo, ondas para surfistas e uma infraestrutura em constante crescimento, atraindo turistas para 2026
Mega-Sena 2940 faz um multimilionário em Porto Alegre – quanto rende o prêmio de R$ 99 milhões na renda fixa?
Vencedor de Porto Alegre embolsou R$ 99 milhões e agora pode viver de renda
Explosão de fogos no Tatuapé: quem paga a conta? Entenda a responsabilidade de locatário, proprietário e vizinhos
Com danos a casas, comércios e patrimônio público, advogados apontam quem responde civilmente pela explosão no bairro da zona leste
RIP, penny: Por que Donald Trump acabou com a moeda de um centavo de dólar nos EUA?
Mais de 250 bilhões de moedas de um centavo continuam em circulação, mas governo decidiu extinguir a fabricação do penny
Lotofácil 3538 tem 8 ganhadores, mas apenas 2 ficam milionários; Mega-Sena adiada corre hoje valendo R$ 100 milhões
Basta acumular por um sorteio para que a Lotofácil se transforme em uma “máquina de milionários”; Mega-Sena promete o maior prêmio da noite
Do passado glorioso ao futuro incerto: a reforma milionária que promete transformar estádio de tradicional clube brasileiro
Reforma do Caindé prevê R$ 700 milhões para modernizar o estádio da Portuguesa em São Paulo, mas impasse com a Prefeitura ameaça o projeto
Onde já é possível tirar a habilitação gratuitamente? Confira quais Estados já aderiram à CNH Social
Com a CNH Social em expansão, estados avançam em editais e inscrições para oferecer a habilitação gratuita a candidatos de baixa renda
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
Governo Lula repete os passos da era Dilma, diz ex-BC Alexandre Schwartsman: “gestão atual não tem condição de fazer reformas estruturais”
Para “arrumar a casa” e reduzir a taxa de juros, Schwartsman indica que o governo precisa promover reformas estruturais que ataquem a raiz do problema fiscal
Bradesco (BBDC4) realiza leilão de imóveis onde funcionavam antigas agências
Cinco propriedades para uso imediato estão disponíveis para arremate 100% online até 1º de dezembro; lance mínimo é de R$ 420 mil
Maioria dos fundos sustentáveis rendeu mais que o CDI, bolsa bate novos recordes, e mercado está de olho em falas do presidente do Banco Central
Levantamento feito a pedido do Seu Dinheiro mostra que 77% dos Fundos IS superou o CDI no ano; entenda por que essa categoria de investimento, ainda pequena em relação ao total da indústria, está crescendo no gosto de investidores e empresas
Lotofácil 3536 faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e prêmio acumulado chega a R$ 100 milhões
Lotofácil continua brilhando sozinha. A loteria “menos difícil” da Caixa foi a única a pagar um prêmio milionário na noite de terça-feira (11).
ESG não é caridade: é possível investir em sustentabilidade sem abrir mão da rentabilidade
Fundos IS e que integram questões ESG superaram o CDI no acumulado do ano e ganham cada vez mais espaço na indústria — e entre investidores que buscam retorno financeiro
O carro mais econômico do mercado brasileiro é híbrido e faz 17,5 km/l na cidade
Estudo do Inmetro mostra que o Toyota Corolla híbrido lidera o ranking de eficiência no Brasil, com consumo de 17,5 km/l na cidade
Mesmo com recordes, bolsa brasileira ainda está barata, diz head da Itaú Corretora — saiba onde está o ouro na B3
O Ibovespa segue fazendo história e renovando máximas, mas, ainda assim, a bolsa se mantém abaixo da média histórica na relação entre o preço das ações das empresas e o lucro esperado, segundo Márcio Kimura
