Campos Neto segue roteiro e Copom corta a Selic em 0,50 ponto percentual pela 3ª vez seguida, para 12,25% ao ano; previsão ainda é de novos cortes na “mesma magnitude”
Como na reunião passada, a decisão foi unânime e veio dentro do esperado pelo mercado
Os últimos dados sobre a inflação brasileira, que voltou a ficar abaixo do esperado no mês passado, poderiam até dar esperanças ao mercado de que o Banco Central acelerasse a queda da taxa básica de juros, a Selic.
Mas há uma nova guerra no meio do caminho de Roberto Campos Neto, presidente do BC. E o conflito no Oriente Médio levou a uma deterioração do cenário macroeconômico internacional.
Assim, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por manter o ritmo de “pouso” dos juros e anunciou um novo corte de 0,50 ponto percentual. Com isso, a Selic passa de 12,75% para 12,25% ao ano.
Como na reunião passada, a decisão foi unânime e veio dentro do esperado pelo mercado, que abandonou as apostas de uma queda de maior magnitude em meio às incertezas externas. Trata-se da terceira queda de 0,50 pp seguida.
- LEIA TAMBÉM: Os escolhidos de Lula: quem são Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira, indicados à diretoria do Banco Central
Vale destacar que o conflito entre Israel e Hamas, iniciado após um ataque do grupo extremista em 7 de outubro, levou a uma disparada dos preços do petróleo. A alta ocorre pois a guerra é travada em territórios próximos a alguns dos principais produtores da commodity no mundo, como a Arábia Saudita.
Ativos utilizados como proteção da carteira também subiram no mercado internacional. Os contratos futuros do ouro chegaram a romper os US$ 2 mil por onça-troy.
Leia Também
Como é o foguete que o Brasil vai lançar em dezembro (se não atrasar de novo)
Liquidação do Banco Master não traz risco sistêmico, avalia Comitê de Estabilidade Financeira do BC
Outro “porto seguro” dos investidores, os Treasurys — como são chamados os títulos do Tesouro dos Estados Unidos — viram seus juros superarem o patamar dos 5% pela primeira vez em 16 anos.
Copom passa a ver cenário externo com maior cautela
Essa situação do cenário externo foi enfatizada no comunicado da decisão do Copom, com maior preocupação do que no comunicado anterior, embora não tenha sido suficiente para mudar o ritmo de queda da Selic.
O comitê afirmou que o ambiente externo não é apenas incerto, mas "mostra-se adverso", em função da elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos, da resiliência dos núcleos de inflação em níveis ainda elevados em diversos países e de novas tensões geopolíticas.
A palavra cautela apareceu mais vezes ao se referir ao exterior, com o BC avaliando que a conjuntura "é mais incerta do que o usual e exige cautela na condução da política monetária", além de exigir cautela por parte de países emergentes.
Melhor que Petrobras (PETR4): ação pode subir até 70% com alta do petróleo na guerra Israel-Hamas
Inflação vem abaixo da expectativa, mas ainda fica fora da meta e pesa para Selic
Com a alta do petróleo mostrando potencial para impactar a inflação global e a disparada dos retornos dos Treasurys indicando que os juros devem se manter elevados nos EUA, a inflação brasileira mais fraca foi ofuscada e também não foi suficiente para mudar o ritmo de corte da Selic.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em setembro e veio levemente abaixo das expectativas — que eram de avanço de 0,32%.
Ainda assim, o IPCA acumula alta de 3,50% neste ano, percentual superior ao centro da meta da inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%.
Diante desses números, o Copom não mudou a leitura em relação ao cenário doméstico, afirmando que o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres antecipado pelo comitê.
"A inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, mas segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta de inflação, enquanto as medidas mais recentes de inflação subjacente ainda se situam acima da meta para a inflação", disse ainda em comunicado.
Por fim, em relação ao cenário fiscal do Brasil, outro fator que pode influenciar a Selic, o Copom também manteve a mesma avaliação, destacando a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação.
- LEIA TAMBÉM: Haddad faz rescaldo da declaração de Lula sobre meta zero; Padilha também apaga as chamas com recado ao mercado
A proposta do FGC para impedir um novo caso ‘Banco Master’ sem precisar aumentar o colchão do fundo
Com maior resgate da história do FGC, o caso Banco Master acelera discussões sobre mudanças nas regras do fundo e transparência na venda de CDBs
Pagamentos do Bolsa Família e Gás do Povo chegam a beneficiários com NIS final 8 nesta quarta (26)
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Quanto vai ser o salário mínimo de 2026 e o que ainda falta para ele entrar em vigor
O novo piso salarial nacional para 2026 já foi proposto, mas ainda aguarda aprovação; saiba o que ainda falta
Mega-Sena paga prêmio de quase R$ 15 milhões na ‘capital nacional do arroz’; bola dividida deixa Lotofácil em segundo plano
Enquanto a Mega-Sena saiu para uma aposta simples, a Lotofácil premiou um total de 11 apostadores; as demais loterias da Caixa acumularam ontem (25).
2026 sem alívio: projeções do Itaú indicam juros altos, inflação resistente e dólar quase parado
Cenário deve repetir 2025, apesar de R$ 200 bilhões em impulsos fiscais que turbinam o PIB, mas mantêm pressão nos preços
Um problema para o sistema elétrico? Por que a Aneel quer cortar o excedente de energia renovável
Agência aprova plano emergencial para evitar instabilidade elétrica em a excesso de energia solar e eólica
Uma vaca de R$ 54 milhões? Entenda o que faz Donna valer mais que um avião a jato
Entenda como Donna FIV CIAV alcançou R$ 54 milhões e por que matrizes Nelore se tornaram os ativos mais disputados da pecuária de elite
Foi vítima de golpe no Pix? Nova regra do Banco Central aumenta suas chances de reembolso; entenda como funciona
Nova regra do Banco Central reforça o MED, acelera o processo de contestação e aumenta a recuperação de valores após fraudes
BRB no centro da crise do Master: B3 exige explicações sobre possíveis operações irregulares, e banco responde
Em março, o banco estatal de Brasília havia anunciado a compra do Master, mas a operação foi vetada pelo Banco Central
Nova lei do setor elétrico é sancionada, com 10 vetos do governo: veja o que muda agora
Governo vetou mudança na forma de averiguar o preço de referência do petróleo, pois a redefinição da base de cálculo “contraria o interesse público”
Um conto de Black Friday: como uma data que antes era restrita aos Estados Unidos transformou o varejo brasileiro
Data que nasceu no varejo norte-americano ganhou força no Brasil e moldou uma nova lógica de promoções, competição e transparência de preços.
Lotofácil tem 24 ganhadores, mas só 3 vão receber o dinheiro todo; Timemania pode pagar (bem) mais que a Mega-Sena hoje
Seis bilhetes cravaram as dezenas válidas pela Lotofácil 3545, sendo três apostas simples e três bolões; todas as demais loterias sorteadas ontem acumularam
13º salário atrasou? Saiba o que fazer se o empregador não realizar o pagamento da primeira parcela até sexta-feira (28)
O prazo limite da primeira parcela do 13° é até a próxima sexta-feira (28), veja o que fazer caso o empregador atrase o pagamento
Seu Dinheiro figura no Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025
Site contou com três jornalistas na primeira seleção que escolhe os 50 mais admirados do país
“O Banco Central não se emociona”, diz Galípolo; juro vai se manter restritivo até que inflação chegue à meta de 3%
Em evento da Febraban, o presidente do BC destacou o papel técnico da autarquia para controlar a inflação, sem influência da “questão midiática”
Defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, pede habeas corpus para o banqueiro ao STJ
Ele recebeu voz de prisão de um policial federal à paisana no momento em que passava no raio-x do Aeroporto de Guarulhos para sair do Brasil na segunda-feira passada (17)
STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro; entenda o que acontece agora
A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar e apenas acompanhou o relator, sem apresentar voto escrito. Além dela, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram para confirmar prisão preventiva
Taxa Selic vai voltar para um dígito, segundo economistas, mas só em 2028 — já a inflação deve continuar acima da meta por bastante tempo
Boletim Focus desta segunda diminuiu a projeção de juros para 2026 e 2028, projetando pela primeira a Selic em 9,75% em 2028
Agenda da semana tem IPCA-15, inflação nos Estados Unidos e feriado de Ação de Graças em Wall Street
Semana traz agenda intensa de indicadores que incluem a prévia da inflação local e o PCE, índice de inflação favorito do Federal Reserve
Balanço do G20: Lula defende governança soberana em minerais críticos e IA e promete data para assinatura de acordo Mercosul-UE
Presidente discursou no evento sobre minerais como terras raras e inteligência artificial; a jornalistas, prometeu assinatura de acordo comercial para 20 de dezembro
