Você ainda confia no seu banco? Saiba o que alguns dos maiores gestores do planeta esperam da crise financeira
Depois de ler notícias alarmantes sobre bancos, quem garante que não estamos diante de uma crise similar à de 2008 (ou até pior)?

Alguma vez você já parou pra pensar em como a confiança é a base de praticamente tudo que existe?
Você precisa confiar na estrutura do seu prédio para saber que está seguro ali dentro.
Precisa confiar nas pessoas que tem por perto para que ninguém te passe a perna.
Também precisa confiar nos professores do seu filho, para que lhe garantam que estão transmitindo uma educação de qualidade.
Se, em qualquer dos casos, a confiança não existir, não há relação que persista. Pode reparar.
O que acontece quando se perde a confiança
A verdade é que, se há uma quebra de confiança, o experimento pode ser traumático.
Leia Também
Quem não conhece aquela velha história da pessoa que ficou presa no elevador e agora tem medo de utilizá-lo?
Ou de alguém que teve um relacionamento que terminou por traição e agora fica sempre com um pé atrás?
Ou do cara que começou a investir em ações, perdeu dinheiro e nunca mais quis voltar pro mercado?
Assim como um prédio precisa de uma fundação robusta para suportar toda uma estrutura, nós, seres humanos, precisamos de provas suficientes para criarmos (e mantermos) a confiança.
Bancos sob "tiro, porrada e bomba"
O mercado financeiro funciona da mesma forma. Quando os investidores acreditam na economia de um país, nas políticas governamentais e nas empresas em que investem, tendem a investir mais e a manter seus investimentos por mais tempo, o que pode ajudar a impulsionar o crescimento econômico e o desenvolvimento do mercado de capitais.
Caso contrário, como diria a letra de uma grande música contemporânea brasileira, é “tiro, porrada e bomba”. O investidor tende a resgatar massivamente o que tem investido, o que, nos piores casos, pode culminar em uma grande recessão.
Em meros três meses, 2023 resolveu testar essa confiança, principalmente quando nos referimos ao sistema bancário.
Como o Alê comentou na última coluna, temos atravessado uma verdadeira tempestade e, com certeza, não é das mais fáceis.
No mês passado, tivemos dois casos de falência em instituições financeiras brasileiras: BRK e Portocred. Os bancos estavam passando por uma fase difícil há bastante tempo, atolados em dívidas, e tentavam cobri-las com títulos de renda fixa que pagavam uma rentabilidade de brilhar os olhos.
Lógico que o risco era altíssimo, o que deveria ter sido colocado na balança por quem resolveu se arriscar ao comprar esses papeis.
O desfecho dessa história foi triste para aqueles que estavam fora do teto de garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), limitado a R$ 250 mil por CPF.
Lá fora, dizer que as coisas andam melhor seria eufemismo.
SVB e Signature Bank nos EUA...
A semana passada foi abalada pelas notícias da falência do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, ambos bancos dos Estados Unidos.
Para quem perdeu o ocorrido, o que aconteceu nos EUA foi basicamente uma questão de liquidez.
De forma simplificada, o SVB tinha um ativo de longo prazo (tesouro americano de 10 anos) e um passivo de curto (depósitos de startups). Com a alta de juros nos EUA, os títulos que o banco possuía passaram a valer menos e, com os consecutivos pedidos de resgates dos clientes, a falência foi inevitável.
No final de semana depois do ocorrido, formaram-se filas em frente aos bancos regionais do país, de pessoas com medo do que poderia acontecer com o seu dinheiro, fenômeno já conhecido como “bankrun” (corrida bancária) - expondo a questão da desconfiança.
Para mitigar rapidamente a situação e evitar um grande alarde da população norte-americana, o Fed (banco central americano) e o FDIC (do inglês, Corporação Federal Asseguradora de Depósitos, similar ao nosso FGC) trabalharam juntos para garantir que os depósitos fossem honrados, mesmo aqueles acima dos US$ 250 mil.
O resultado?
Mesmo depois de todos os esforços, as bolsas globais foram afetadas negativamente, principalmente no setor bancário. Nem os “bancões” se viram livres dos impactos negativos do ocorrido, com o Bank of America (BofA) derretendo 5,81%, o Citi caindo 4,47% e o Wells Fargo outros 4,79%.
Veja só: foi justamente o receio de que a falência afetasse o sistema todo que fez com que os acionistas minimizassem ao máximo a sua exposição ao setor.
E paramos por aqui?
Bom se fosse.
...E Credit Suisse na Europa
Como se não bastasse, o Credit Suisse também foi alvo das manchetes nas últimas semanas, depois de vir a público afirmando que encontrou “fraquezas” em seus relatórios financeiros.
O banco explicou que não conseguiu conter a saída de clientes da sua base, o que resultou em perdas de mais de US$ 120 bilhões.
Além disso, o Saudi National Bank, principal investidor do banco suíço, informou que não poderia fornecer mais assistência financeira à instituição, mesmo depois de ter se comprometido a investir cerca de US$ 1,5 bilhão no CS.
Mais uma vez, bolsas globais foram afetadas pelo movimento, o que, novamente, atingiu diretamente a confiança do investidor perante todo um sistema.
O governo suíço logo atuou para resolver a situação, intermediando a compra do Credit Suisse pelo UBS Group por US$ 3,2 bilhões no domingo (19), incluindo uma assistência de liquidez de US$ 108 bilhões por parte do Banco Nacional Suíço - SNB.
Mas, depois de ler notícias alarmantes sobre o sistema bancário, quem garante que não estamos diante de uma crise similar à de 2008 (ou até pior)?
Nós, da equipe Os Melhores Fundos de Investimento da Empiricus, tivemos a oportunidade de conversar com algumas das maiores gestoras especialistas em renda fixa do mundo, entre elas a Pimco, Franklin, Oaktree e Vanguard, para saber o que os gestores têm enxergado sobre o caso e o que pensam para o futuro do setor e do mercado como um todo.
De forma resumida, as gestoras acreditam que estamos em frente a um caso mais isolado e restrito a bancos regionais, que devem sofrer mais com os pedidos de resgate no curto prazo.
O sistema como um todo, segundo os mesmos, possui uma estrutura bem mais robusta do que existia até 2008, o que entrega uma confiança mais sólida ao setor.
O maior barulho foi contido com as atitudes dos bancos centrais americano e suíço, o que, para eles, foi eficiente em neutralizar um caos desnecessário.
Bancos maiores têm recebido o fluxo de dinheiro de instituições menores, suportando bem quaisquer movimentos negativos de curto prazo.
Sendo assim, há uma segurança das grandes gestoras de que não devemos nos desesperar, somente monitorar (ainda mais de perto) onde estamos colocando o nosso dinheiro.
Mas, claro, é tudo um grande exercício de confiança.
E você, o que acha? Já passamos pelo pior? Ou será que essas foram somente as primeiras peças do dominó a caírem?
Agora, você confia no seu banco?
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Foco em educação: Potencia Ventures faz aporte de R$ 1,5 milhão na UpMat
Potencia Ventures investe R$ 1,5 milhão na startup UpMat Educacional, que promove olimpíadas de conhecimento no país.
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Nubank (ROXO34) recebe autorização para iniciar operações bancárias no México
O banco digital iniciou sua estratégia de expansão no mercado mexicano em 2019 e já conta com mais de 10 milhões de clientes por lá
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Como declarar fundos de investimento no imposto de renda 2025
O saldo e os rendimentos de fundos devem ser informados na declaração de IR. Saiba como declará-los
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos