Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)

Se Donald Trump está tentando provar que o fundo do poço tem porão, ele está no caminho certo.
Depois de derrubar os mercados mundo afora com suas tarifas recíprocas, o presidente norte-americano agora age em uma nova frente para provar que a tese do fim do excepcionalismo americano chegou: o Federal Reserve (Fed).
Nos últimos dias, Trump tem aumentado a pressão sobre Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, na direção de um corte de juros forçado.
"Powell está sempre 'atrasado demais', exceto no período de eleições, quando baixou juros para ajudar o sonolento Joe Biden, e depois Kamala [Harris]. E no que deu isso?", questionou Trump nesta segunda-feira (21) em sua rede social.
Trump defendeu que os preços e custos "da maior parte das coisas" nos EUA estão em uma "boa trajetória de queda", como ele "previu que aconteceria", incluindo nos setores de energia e alimentos.
"Mas pode ocorrer uma desaceleração da economia, a menos que o sr. Atrasado Demais, um grande perdedor, reduza as taxas de juros, agora", afirmou.
Leia Também
Em fevereiro, o índice de preços para gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) — a medida preferida do Fed para a inflação — subiu 2,5% em base anual.
Embora esteja próxima da meta de 2% ao ano do BC norte-americano, é o que surge no horizonte que impede o corte de juros neste momento.
Repetidas vezes Powell tem chamado atenção para a incerteza provocada pela guerra comercial de Trump — que, segundo as palavras do chefe do Fed, “ninguém sabe lidar com algo nesse nível”.
O Fed tem um mandato duplo, determinado pelo Congresso, que prevê a estabilidade de preços — que significa inflação em 2% — e pleno emprego, cujo percentual não foi definido pelo banco central norte-americano.
A alegação de Powell é que, com a economia crescendo a 2,4% — ainda que em desaceleração —, e diante do inesperado das tarifas, o melhor é esperar para ver.
O grande problema de aguardar, é perceber adiante que mais do que o corte de juros, o que está em jogo agora é o desmantelamento da independência do Fed.
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
Felipe Miranda: A bifurcação de 2026
Há uma clara bifurcação em 2026, independentemente de quem for eleito. Se fizermos o ajuste fiscal, então será o cenário bom. E se não fizermos o ajuste nos gastos, o Brasil quebra
Bitcoin (BTC) à beira de novo recorde: criptomoeda flerta com US$ 107 mil em meio à reação ao rebaixamento do rating dos EUA
Semana começa agitada para o mercado de criptomoedas, com alta volatilidade. Mas, por enquanto, o saldo é positivo para o bitcoin, e especialistas já enxergam novas máximas
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro
Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”
Se nem os EUA ‘se salvaram’, quem resta? Os países que ainda são ‘triple A’ — e por que essa lista só tem diminuído desde 2008
Após mais de uma década sob pressão, os Estados Unidos perdem o topo da classificação de risco da Moody’s e se juntam a outros rebaixados ilustres
JP Morgan aumenta a aposta em ações de mercados emergentes com trégua tarifária entre EUA e China; veja quais países foram escolhidos pelo banco
Embora a melhora na relação entre EUA e China não signifique o fim da briga, o pior já ficou para trás, segundo o JP Morgan
Morgan Stanley vê rebaixamento do rating dos EUA como oportunidade para investir na bolsa americana; confira as ações recomendadas
Recomendação acontece após as bolsas de Nova York recuperarem o fôlego após trégua nas tarifas entre EUA e China, reduzindo de 145% para 30%
Dupla listagem da JBS (JBSS3): consultoria recomenda que acionistas votem contra a mudança; votação à distância termina hoje (19)
Em carta aos acionistas, frigorífico critica recomendação da ISS e defende reestruturação da companhia
Do divórcio a um possível recasamento: O empurrãozinho de Trump para novo acordo entre União Europeia e Reino Unido
Cinco anos depois da formalização do Brexit, UE e Reino Unido celebram amplo acordo sobre comércio e defesa
Mobly (MBLY3) vai “sumir” da B3: ação trocará de nome e ticker na bolsa brasileira ainda neste mês
Com a decisão da Justiça de revogar a suspensão de determinadas decisões tomadas em AGE, companhia ganha sinal verde para seguir com sua reestruturação
É igual, mas é diferente: Ibovespa começa semana perto de máxima histórica, mas rating dos EUA e gripe aviária dificultam busca por novos recordes
Investidores também repercutem dados da produção industrial da China e de atividade econômica no Brasil
Agenda econômica: IBC-Br e CMN no Brasil, ata do BCE na Europa; veja o que movimenta a semana
Semana não traz novos balanços, mas segue movimentada com decisão de juros na China e indicadores econômicos relevantes ao redor do mundo
BDR ou compra direta de ações no exterior: qual a melhor forma de investir em empresas listadas em bolsas gringas?
Recibos de ações estrangeiras facilitam o acesso da pessoa física a esses ativos, mas podem não ser o melhor caminho a seguir, no fim das contas; entenda por quê
Bitcoin (BTC) engata alta, puxa junto outras criptomoedas e se aproxima de máxima histórica neste domingo
O bitcoin encontra-se apenas 3% abaixo de sua máxima histórica de US$ 108.786, preço atingido em 20 de janeiro, logo após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos
‘Vocês vão ter que me engolir!’ O dia em que Donald Trump foi criticar o Walmart e invocou Zagallo (sem saber)
Trump e Zagallo têm pouca coisa em comum, mas uma declaração do presidente norte-americano colocou os dois na mesma página por um instante
Governo Trump dá chilique após rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s
Moody’s foi a última das três principais agências de classificação de risco de crédito a tirar dos EUA o rating ‘triplo A’
Em meio a novos recordes do Ibovespa, ação da Marfrig (MRFG3) registra maior alta da semana; Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque negativo
Ação da Marfrig (MRFG3) precisou apenas do pregão de sexta-feira para se destacar como a maior alta do Ibovespa na semana; papel do Banco do Brasil (BBAS3) acabou punido em reação a balanço
EUA perdem o triplo A: por que a Moody´s tirou a nota de crédito mais alta da maior economia do mundo
Antes da Moody’s, a agência S&P Global Ratings rebaixou a nota soberana dos EUA em agosto de 2011, enquanto a Fitch fez esse movimento em agosto de 2023
Porto (in)seguro? Ouro fecha a semana com pior desempenho em seis meses; entenda o que está por trás da desvalorização
O contrato do ouro para junho recuou 1,22%, encerrando cotado a US$ 3.187,2 por onça-troy, uma queda de 3,70% na semana
Bitcoin (BTC) chega ao final da semana acima de US$ 103 mil e JP Morgan vê espaço para mais
Otimismo permeia o mercado de ativos digitais, mas nem todas as criptomoedas acompanham o ritmo do bitcoin na semana