🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

A Venezuela vai invadir a Guiana? Entenda a atrapalhada tentativa de Maduro de desviar a atenção de seu péssimo governo

Em plebiscito, os venezuelanos supostamente aprovaram a proposta de Maduro de anexar a rica região de Essequibo, disputada com a Guiana

5 de dezembro de 2023
6:21 - atualizado às 10:20
Presidente da Venezuela
Nicolás Maduro está preocupado com as eleições de 2024 na Venezuela. - Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil

Durante o último fim de semana, os venezuelanos participaram de um plebiscito que aprovou, supostamente com mais de 95% de votos favoráveis, a proposta do presidente Maduro de anexar a região de Essequibo, rica em petróleo.

Mais de 10,4 milhões dos 20,7 milhões de eleitores elegíveis votaram.

Essa possível anexação representaria um absurdo geopolítico na América do Sul.

A região disputada, com cerca de 160 mil quilômetros quadrados (dois terços do território do país a que pertence), aproximadamente do tamanho da Flórida, pertence à Guiana desde sua independência, apesar das reivindicações históricas da Venezuela (até mesmo de antes da independência da Guiana).

O desespero de Maduro

A iniciativa de Maduro em reviver essa questão é vista como um ato de desespero para desviar a atenção pública da crise econômica e fomentar o nacionalismo. Todos sabem que o regime venezuelano se mostrou completamente incapaz de comandar o país.

Apesar da retórica, o risco de um conflito armado parece remoto, sem indícios de uma real intenção de invasão por parte do presidente venezuelano.

Leia Também

Isso porque as consequências seriam enormes, incluindo novas rodadas de sanções abrangentes por parte dos EUA e aliados, bem como uma condenação diplomática quase universal, inclusive de parceiros regionais históricos da Venezuela.

Na verdade, o plebiscito parece ser uma manobra clássica para inflamar o nacionalismo antes das supostas eleições em 2024 (se é que vão ocorrer).

E qual a razão disso agora?

Atualmente, Essequibo abriga 125 mil dos cerca de 800 mil cidadãos da Guiana.

Em 1899, um tribunal arbitral internacional concedeu a área ao Reino Unido, que então controlava a Guiana Inglesa; contudo, a Venezuela nunca reconheceu essa decisão.

Caracas considera Essequibo como seu porque a região estava dentro de seus limites durante a época colonial espanhola, bem como nos primeiros anos que se seguiram a sua independência.

O governo da Guiana insiste em manter a fronteira determinada em Paris, em 1899, por um painel de arbitragem, ao mesmo tempo que alega que a Venezuela concordou com a decisão até mudar de ideia em 1962.

Duas décadas atrás, porém, o ex-presidente Hugo Chávez, procurando apoio internacional, havia arquivado a reivindicação territorial.

O que mudou agora foi que as recentes descobertas de petróleo offshore em Essequibo, pela ExxonMobil, levaram Maduro a tentar resgatar uma narrativa nacionalista, sugerindo que a nação foi despojada de sua riqueza.

Riqueza? Exatamente.

Essequibo é maior que a Grécia e abundante em recursos naturais, transformando o país na economia de crescimento mais acelerado do mundo na atualidade.

No mapa abaixo, da Bloomberg, a região em questão está marcada em verde, com as delimitações para a exploração nas águas do Oceano Atlântico, e o poço de petróleo destacado em amarelo.

Com a descoberta de petróleo, a Guiana ostenta as maiores reservas de barril per capita, enquanto a Venezuela detém as maiores reservas absolutas, mas sua produção tem estado bem abaixo do potencial por conta da situação econômica do país.

Diante do desastre dos anos de Maduro, o governo parece disposto a provocar uma crise internacional para evitar um vexame nas supostas eleições do ano que vem.

Leia também

Dessa forma, o plebiscito de Maduro pode ter implicações mais amplas do que parece: representa um desaforo não só para o governo brasileiro, mas também para outros presidentes sul-americanos.

No caso do Brasil, é um vexame especial, pois o território de Essequibo é praticamente inacessível, e os venezuelanos teriam que atravessar território brasileiro para chegar lá. Por isso, inclusive, mandamos tropas para a fronteira.

Com isso, a crise tem o potencial de impactar a imagem internacional da região em um aspecto altamente relevante: a relativa estabilidade geopolítica, uma das grandes vantagens em comparação com praticamente todas as outras regiões do mundo.

Este momento não poderia ser mais inoportuno.

No mês de novembro, testemunhamos o auge dos investimentos estrangeiros nas ações brasileiras, registrando o melhor desempenho do ano, com uma entrada líquida de mais de R$ 18 bilhões.

Justamente agora, quando os investidores estrangeiros começaram a retornar, estamos à beira de um potencial atrito regional que pode desencadear aversão por parte dos investidores internacionais. Seria verdadeiramente lamentável.

As ameaças de anexação já levaram o governo da Guiana a buscar ampliar sua cooperação de segurança com os EUA, inclusive considerando convidar o governo americano para estabelecer uma base militar.

Outra possibilidade é que, diante da crise fabricada artificialmente, Maduro anuncie estado de emergência para justificar o adiamento das eleições. Típico e previsível.

Anexação de Essequibo pela Venezuela é improvável

Atualmente, considero altamente improvável a criação de uma nova província venezuelana em Essequibo.

Embora o referendo tenha sido aprovado, duvido muito que a região esteja à beira da guerra, especialmente porque a China, aliada íntima da Venezuela, possui uma parte significativa da enorme descoberta de petróleo que Maduro reivindica.

De qualquer forma, a situação como um todo é embaraçosa e gera um ruído desnecessário em um momento no qual a última coisa que precisamos é de mais um problema, diante de tantos que se acumulam.

  • A entrada de dinheiro gringo na Bolsa brasileira bateu recorde em novembro, mas os investidores daqui ainda estão subalocados em ações, na opinião de Felipe Miranda, co-fundador do Grupo Empiricus. Veja os 10 papéis que todo brasileiro deveria ter na carteira agora acessando este relatório gratuito da Empiricus Research.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

FII DO MÊS

É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar

6 de novembro de 2025 - 6:03

Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje

5 de novembro de 2025 - 8:04

Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje

4 de novembro de 2025 - 7:50

O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação

4 de novembro de 2025 - 7:10

Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998

3 de novembro de 2025 - 22:11

Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.

DÉCIMO ANDAR

Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários

2 de novembro de 2025 - 8:00

Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje

31 de outubro de 2025 - 7:58

A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi

SEXTOU COM O RUY

Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado

31 de outubro de 2025 - 6:07

A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje

30 de outubro de 2025 - 7:34

A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas

29 de outubro de 2025 - 20:00

Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje

29 de outubro de 2025 - 8:10

Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje

28 de outubro de 2025 - 7:50

A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul

28 de outubro de 2025 - 7:31

Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje

27 de outubro de 2025 - 8:09

Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo

24 de outubro de 2025 - 8:03

Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje

SEXTOU COM O RUY

Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel

24 de outubro de 2025 - 6:01

Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje

23 de outubro de 2025 - 8:21

Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar