Um novo adversário para o Fed, Dogecoin toma conta do Twitter e IRB de volta ao Ibovespa; confira os destaques do dia
Há mais de um ano, os céus do mercado financeiro estão tomados por dragões poderosos e uma horda de cavaleiros persistentes que buscam evitar uma tragédia em escala global.
A batalha não tem sido fácil e há inúmeras perdas colaterais do forte aperto monetário necessário para o controle dos preços e das condições ideais de mercado. E, depois de tanto tempo, os monstros que assombram a economia global começam a mostrar sinais de fraqueza. Uma vitória (parcial) dos BCs.
Todo banqueiro central seria capaz de concordar que as coisas seriam mais fáceis se a arma dos juros altos e o estrangulamento correto da atividade econômica fossem os únicos fatores determinantes para o fim da alta dos preços.
A verdade, no entanto, é que não importa para que lado a força esteja pendendo na batalha nos céus: há sempre ovos de dragão prontos para serem chocados — basta apenas a quantidade certa de calor.
E foi exatamente isso que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) fez — de surpresa — no último fim de semana. O cartel decidiu cortar a produção da commodity em mais de 1 milhão de barris por dia, garantindo assim a manutenção dos preços mais elevados, ainda que a atividade global desacelere.
Se por um lado a forte alta do petróleo garante uma vida mais tranquila para empresas produtoras e exportadoras da commodity, por outro o medo é de que uma nova onda de inflação tome conta do planeta.
Leia Também
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
É como se a Opep+ tivesse colocado a temperatura da incubadora de ovos de dragão no máximo.
Inflação mais alta é sempre sinal de problemas, mas a situação atual da economia global é ainda mais delicada. É só lembrar que 1) os efeitos do pós-covid ainda são uma realidade e; 2) não se sabe ao certo a extensão da crise bancária que assombrou os investidores nas últimas semanas.
No Ibovespa, a forte alta das petroleiras e sinais amigáveis de que Fernando Haddad, ministro da Fazenda, está realmente disposto a resolver a questão fiscal antes de qualquer outra coisa, limitaram as perdas do dia e aliviaram a curva de juros — mas, ainda assim, o índice recuou 0,37%, aos 101.506 pontos. O dólar à vista encerrou a sessão com leve ganho de 0,05%, a R$ 5,0709.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
BAIXA LIQUIDEZ
Investidores ainda apostam em bitcoin (BTC) acima dos US$ 30 mil, mas semana pode frustrar expectativas. A baixa liquidez tende a complicar os planos dos investidores, ainda que os dados on-chain mostrem uma resiliência da maior criptomoeda do mundo.
DOG'S DAY
Acredite se quiser: Dogecoin (DOGE) dispara mais de 20% após Twitter trocar ícone por imagem da criptomoeda-meme. A jogada parece ser apenas uma “cortina de fumaça” de Elon Musk que, recentemente, entrou com pedido para encerrar um processo envolvendo o DOGE.
VAI RECEBER?
Luz no fim do túnel? Por que os fundos imobiliários que são vítimas de calotes sobem na B3. Pelo menos quatro FIIs que têm exposição à Gramado Parks, empresa de turismo que pediu na justiça a suspensão de pagamentos, avançaram nesta segunda-feira (03).
CONTANDO MAIS UNS TROCADOS
Lemann e sócios aceitam colocar ainda mais dinheiro para salvar a Americanas (AMER3). Injeção de novo dinheiro aconteceria em dois aumentos adicionais de R$ 1 bilhão cada na varejista, mediante determinadas condições.
VOLTA POR CIMA?
IRB (IRBR3) surpreende e aparece na 1ª prévia do Ibovespa; veja quem pode sair. Enquanto a resseguradora dá sinais de que pode retornar ao principal índice da B3, prévia aponta que o Banco Pan e a EcoRodovias podem deixar a lista.
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje