Correndo contra o relógio: o malabarismo dos Estados Unidos para aumentar o teto da dívida antes que o pior aconteça
Se o Congresso não conseguir aumentar o limite de endividamento do governo dos EUA até 1º de junho, o país poderá não conseguir pagar suas contas, causando grandes danos econômicos
O mercado financeiro internacional está cada vez mais preocupado com a situação do limite da dívida americana. E do que se trata na verdade este tema? Falamos aqui de uma lei que limita a quantidade total de dinheiro que o governo dos EUA pode tomar emprestado para pagar suas contas.
Isso inclui o pagamento de funcionários federais, militares, Previdência Social e Medicare, bem como juros sobre a dívida nacional e restituições de impostos. Periodicamente, o Congresso dos EUA vota para aumentar ou suspender o teto para que possa tomar mais empréstimos.
Atualmente, o limite é de cerca de US$ 31,4 trilhões. Esse limite foi violado em janeiro, mas o Tesouro tem se valido desde então de "medidas extraordinárias" para fornecer mais dinheiro ao governo enquanto o impasse não é resolvido.
Mas o que acontece se o teto da dívida não aumentar?
Bem, isso nunca aconteceu antes, então as consequências não estão totalmente claras, mas sabemos que causariam grandes danos econômicos. Afinal, o governo americano não seria mais capaz de pagar os salários dos funcionários federais e militares, e os cheques da Previdência Social, dos quais milhões de aposentados nos EUA dependem, cessariam.
Em outras palavras, um verdadeiro desastre.
Com isso, os legisladores americanos enfrentam mais um momento crítico nesta semana enquanto buscam um acordo sobre o teto da dívida do país.
Leia Também
Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje
Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?
Biden afirmou que as negociações estavam avançando e que ele e os quatro principais legisladores do Senado e da Câmara iriam se reunir novamente na Casa Branca nesta semana.
O prazo para a resolução do problema é estimado até o dia 1º de junho, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, afirmou que há alguns sinais de acordo. Seria algo histórico que não houvesse acordo, uma vez que o teto foi elevado ao longo da história independentemente do partido que estava no governo, como podemos ver abaixo.
- Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]

Em todo caso... Qual seria o pior cenário possível?
A possibilidade de que o impasse entre a Casa Branca e a liderança republicana na Câmara dos Representantes termine em um calote da dívida do Tesouro seria, à primeira vista, um forte impedimento para a compra de dólares.
Esta não é uma conversa confortável de se ter.
Notadamente, o Congresso está sofrendo muita pressão de vários grupos e todos têm que mostrar que lutaram pelo seu eleitorado. O desastre chegou mais perto em 2011, quando os republicanos entraram em confronto com Barack Obama.
O S&P 500 praticamente manteve seus ganhos no ano até o final de julho, quando o problema chegou ao auge. Com o desastre evitado, as ações começaram a cair porque a Standard & Poor's decidiu rebaixar a dívida soberana de AAA para AA+.

Historicamente, porém, como vimos acima, para os últimos três quase acidentes com o limite da dívida que vimos, apenas um deles levou a um baixo desempenho significativo. E embora a atual trajetória do mercado esteja mais próxima de 2011, o SPX realmente não caiu até que o S&P atingiu os EUA com um rebaixamento de nota.
Ainda assim, se o Congresso não conseguir aumentar o teto da dívida do governo dos EUA até 1º de junho, quando o Tesouro espera ficar sem dinheiro para pagar as contas do país, os mercados financeiros podem virar de cabeça para baixo — a Casa Branca, querendo pressionar o Congresso, claro, estima que o mercado de ações pode cair pela metade em valor (um exagero, sim, mas não deixa de chamar atenção).
Federal Reserve e a dívida dos EUA
Um entendimento sobre corte de gastos poderia abrir caminho para um acordo para aumentar o limite de endividamento dos EUA. Independentemente do que for, é bom que achem rápido uma solução.
Sem uma ação imediata do Congresso para aumentar ou suspender seu limite de endividamento, o país em breve poderá não conseguir pagar suas contas.
Isso teria sérios efeitos cascata sobre as pequenas e médias empresas. O acesso ao crédito pode tornar-se mais difícil, agravando ainda mais os desafios que indivíduos e empresas já enfrentam durante a atual crise bancária.
Seria como um golpe duplo.
Já vemos o crédito se esgotando para pequenas e médias empresas (está ficando mais difícil para elas obterem empréstimos). A atmosfera tem estado muito ruim. Como proteção internacional, gosto de ouro com algo de 2,5% a 5% da carteira.
Obviamente, tudo isso deve ser realizado levando em consideração a alocação adequada de posições, com base no perfil de risco do investidor, e a diversificação de carteira adequada, incluindo as proteções necessárias.
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje