🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Outra Super Quarta dos Bancos Centrais vem aí — e o cenário de juros tende a ficar cada vez mais propício para os ativos de risco

Ciclo de redução de juros já começou no Brasil; EUA estão na fase de ajuste fino e podem começar a cortar taxas dentro de um ano

19 de setembro de 2023
6:23 - atualizado às 9:58
Os presidentes do Fed, Jerome Powell, e do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto.
Decisões de juros no radar. Imagem: Federal Reserve e Banco Central do Brasil

Aqui estamos diante de mais uma das tão conhecidas "Super Quartas".

O termo encapsula a tendência intrínseca dos brasileiros de focar nos investimentos.

Um dia que inclui reuniões de política monetária tanto no Brasil quanto nos EUA? Bem, por que não chamar esse evento de "Super Quarta"?

Independentemente do nome, é inegável a relevância desta quarta-feira (20).

Na verdade, a semana toda está repleta de encontros de autoridades monetárias.

Começamos com EUA e Brasil na quarta-feira, seguimos para o Reino Unido na quinta-feira e encerramos a semana com o Japão na sexta-feira. Essa sequência de reuniões sucede a realizada pela Zona do Euro na semana passada.

Leia Também

Fonte: Bloomberg.

Apesar da proximidade das datas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil está em uma posição distinta em comparação com outros lugares.

Aqui, espera-se mais uma redução de 50 pontos-base na Selic, levando a taxa a 12,75% ao ano. A incerteza recai sobre o comunicado que acompanhará a decisão.

Por enquanto, o cenário predominante é manter a linguagem atual, antecipando mais cortes de 50 pontos até o final de 2023, resultando em uma taxa básica de juros de 11,75% ao ano.

Copom pode acelerar cortes nos juros

Contudo, dependendo dos dados nos próximos meses até dezembro, pode haver uma aceleração no ritmo de queda.

Por exemplo, se tivermos mais dados de inflação semelhantes a agosto, quando os números ficaram no limite inferior das estimativas e apresentaram qualidade favorável, um corte de 75 pontos em dezembro pode ser uma possibilidade. Isso colocaria a Selic em 11,50% no final de 2023, o que seria bastante interessante.

Os céticos quanto à mudança na linguagem do BC para acelerar a queda dos juros baseiam sua posição no fato de que as expectativas de inflação estão acima das metas, a economia continua a mostrar um crescimento resiliente e o mercado de trabalho permanece apertado. Nesse sentido, é necessário exercer prudência.

Também é importante lembrar de três aspectos:

  • i) a situação fiscal deteriorou-se nas últimas semanas, com o mercado questionando a execução do Orçamento de 2024;
  • ii) a pressão dos alimentos e combustíveis no IPCA; e
  • iii) o dólar mantém-se em um patamar mais próximo de R$ 4,90 do que R$ 4,70.

Sobre o segundo ponto, a escalada nos preços do petróleo introduziu o risco de novos reajustes da gasolina e do diesel.

Essa nova dinâmica na balança de riscos diminui as chances de uma queda de 75 pontos-base em dezembro.

Portanto, mantenho minha visão de mais cortes de 50 pontos até o final do ano como cenário predominante.

Cortes mais acentuados nos juros são mais prováveis em 2024

Uma aceleração até dezembro não é impossível, mas é menos provável. Em 2024, essa possibilidade aumenta.

Até o fim do ano que vem, devemos nos encaminhar para uma Selic de um dígito, podendo encerrar o ano entre 8,5% e 9,5%, dependendo dos dados da economia brasileira nos próximos 12 meses.

Fed deve manter atual nível dos juros

Enquanto isso, nos EUA, a situação é um pouco distinta.

Espera-se que o banco central mantenha as taxas estáveis na quarta-feira, entre 5,25% e 5,50%, mas o foco dos mercados estará no chamado gráfico de pontos do Fed, que ilustra as projeções das autoridades sobre as taxas.

Na última vez, em junho, o documento mostrou mais dois aumentos de taxas em 2023, sendo que já tivemos um deles em julho.

Uma questão crucial é se o Federal Reserve (Fed) irá aumentar as taxas novamente antes do fim do ano – o mercado não acredita que isso ocorrerá – e quando começará a reduzi-las.

Embora o gráfico de projeções seja informativo até certo ponto, o Fed está condicionado aos dados, e, portanto, a trajetória futura das taxas pode mudar rapidamente.

Eu considero bastante provável que haja mais um aumento residual de 25 pontos-base até o final do ano antes de encerrar o ciclo de aperto monetário, ao contrário do que ocorreu na reunião do Banco Central Europeu (BCE) na semana passada, quando provavelmente testemunhamos o final do ciclo de aperto monetário na região, chegando a 4% ao ano.

Inflação é o foco

Os dados de inflação, especialmente, estarão no cerne das considerações das autoridades – o índice de preços ao consumidor subiu para um ritmo anual de 3,7% em agosto, em comparação com os 3,2% de julho.

No entanto, não se resume apenas aos dados principais. Outros fatores estão alimentando a inflação que o Fed vai monitorar enquanto busca atingir sua meta de 2%.

O custo da energia é uma consideração, assim como os aumentos salariais. A última parte da batalha contra a inflação para o Fed será sempre a mais desafiadora, e está se tornando mais difícil a cada dia.

Com a inflação significativamente acima da meta de 2% e uma atividade econômica robusta, o Fed pode preferir manter a porta aberta para mais aumentos, em vez de declarar imediatamente o fim do ciclo de aperto monetário, correndo o risco de surpresas.

Leia também

Fundamentalmente, o comportamento das taxas de juros é o que determina o ciclo de mercado. Essa taxa de juros está apenas começando a cair no Brasil agora.

Nos Estados Unidos, por outro lado, mesmo que haja debate circunstancial sobre um possível aumento adicional ou não na taxa básica de juros até o final do ano, estamos claramente na fase de ajuste fino. Em um ano, é provável que o Fed já tenha iniciado seu ciclo de redução da taxa básica.

Com mais de 30 anos de experiência profissional, em períodos sem recessão ou crises severas, os ciclos de redução de juros estão associados a uma valorização acentuada dos ativos de risco.

Portanto, vejo com otimismo o investimento em ativos de risco no Brasil neste momento.

É claro que isso deve ser feito com a devida adequação das posições, de acordo com o perfil de risco, e uma diversificação apropriada da carteira, acompanhada das proteções correspondentes.

  • Saiba escolher os ativos de risco adequados à sua carteira: em parceria com o SD Select, a Empiricus Investimentos liberou mais de 100 relatórios com recomendações de investimentos em ações, BDRs, fundos imobiliários e mais. Acesse gratuitamente aqui.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap

7 de julho de 2025 - 20:00

Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa

7 de julho de 2025 - 8:14

Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados

4 de julho de 2025 - 8:26

O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano

SEXTOU COM O RUY

A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo

4 de julho de 2025 - 7:08

Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Ditados, superstições e preceitos da Rua

3 de julho de 2025 - 19:55

Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas

3 de julho de 2025 - 8:28

Wall Street fecha mais cedo hoje e nem abre amanhã, o que tende a drenar a liquidez nos mercados financeiros internacionais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um estranho encontro com a verdade subterrânea

2 de julho de 2025 - 20:00

Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mantendo a tradição: Ibovespa tenta recuperar os 140 mil pontos em dia de produção industrial e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA

2 de julho de 2025 - 8:29

Investidores também monitoram decisão do governo de recorrer ao STF para manter aumento do IOF

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os fantasmas de Nelson Rodrigues: Ibovespa começa o semestre tentando sustentar posto de melhor investimento do ano

1 de julho de 2025 - 8:13

Melhor investimento do primeiro semestre, Ibovespa reage a trégua na guerra comercial, trade eleitoral e treta do IOF

Insights Assimétricos

Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado

1 de julho de 2025 - 6:03

Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano

30 de junho de 2025 - 19:50

O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si

30 de junho de 2025 - 8:03

Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco

TRILHAS DE CARREIRA

Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada

29 de junho de 2025 - 7:59

De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE

27 de junho de 2025 - 8:09

Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF

SEXTOU COM O RUY

Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações

27 de junho de 2025 - 6:01

A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA

26 de junho de 2025 - 8:20

Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança

25 de junho de 2025 - 19:58

Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA

25 de junho de 2025 - 8:11

Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell

24 de junho de 2025 - 7:58

Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar

24 de junho de 2025 - 6:15

Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar