🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Mais uma Super Quarta vem aí! E tudo mudou muito rápido para os bancos centrais do Brasil e dos EUA; veja o que esperar

As reuniões de política monetária no Brasil e nos EUA começam hoje, colocando dúvidas sobre os próximos passos das autoridades

21 de março de 2023
7:00 - atualizado às 7:25
Jerome Powell, presidente do Fed, com efeito
Powell sob estresse às vésperas da Super Quarta dos bancos centrais. - Imagem: Federal Reserve / Montagem Brenda Silva

Começa hoje a preparação para o que virá a ser a tão aguardada Super Quarta dos bancos centrais, que conta com a conclusão das reuniões de política monetária no Brasil e nos EUA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Chegamos aqui de uma maneira muito diferente de como estávamos pensando que chegaríamos há algumas semanas, com uma mudança radical dos contextos local e internacional, o que provoca alterações relevantes na balança de riscos.

O mundo passa por um momento paradigmático, ainda digerindo a ressaca pós-pandemia (aquele inferno acabou, mas ainda sofremos as sequelas de todo o processo).

Passamos por um movimento de aperto monetário relevante em quase todos os países, o que tem como consequência uma provável recessão econômica nos próximos meses.

Não há como fugir, faz parte do livro-texto de economia (nem todos foram superados como algumas autoridades comentam equivocadamente).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Super Quarta sob estresse

No âmbito internacional, vivemos um estresse bancário como há muito tempo não se via.

Leia Também

Conforme comentamos na semana passada, a quebra de bancos regionais nos EUA provocou um sentimento muito financeiro nos mercados, com lembranças da crise de 2008.

Não vejo um cenário propício para caminharmos na mesma direção da Grande Crise Financeira, mas isso não significa que as coisas serão fáceis.

Pelo contrário. Teremos uma recessão nos países centrais, sem dúvida. Resta saber sua profundidade e duração.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para isso, já devemos ter algum direcionamento do Federal Reserve sobre para onde ele quer levar a economia americana.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) começa hoje e deverá apresentar amanhã, em sua conclusão, sua decisão de elevar os juros em 25 pontos-base (mais de 80% de chance implícita à negociação de futuros). Destaque para o comunicado.

As chances de uma alta de 50 pontos agora estão efetivamente fora de questão, depois de ser uma aposta favorita apenas algumas semanas atrás.

image
Fonte: CME Group

Um aperto monetário próximo do fim

Jerome Powell, o presidente do Fed, errou ao colocar na mesa a possibilidade de voltar a acelerar o aperto monetário.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora, as opiniões estão divididas sobre as táticas que o banco central deve adotar diante dos eventos recentes — a coletiva de imprensa de 30 minutos será amplamente comentada no mercado amanhã.

As opiniões estão divididas sobre as táticas que o banco central deve adotar diante dos eventos recentes, com parte do mercado esperando que o Fed mantenha inalterada a taxa.

Não tenho esse como meu cenário principal. Vejo como mais provável uma elevação marginal de 25 pontos mesmo.

Contudo, é bem possível que, depois da alta desta semana, o Fed avalie finalizar o processo de aperto monetário, mesmo que a inflação continue em patamares elevados, muito por conta dos eventos recentes com os bancos nos EUA e na Europa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • O SEGREDO DOS MILIONÁRIOS: as pessoas mais ricas do Brasil não hesitam em comprar ações boas pagadoras de dividendos. Veja como fazer o mesmo neste treinamento exclusivo que o Seu Dinheiro está liberando para todos os leitores.

Atenção com os bancos regionais dos EUA

Devo dizer, inclusive, que estou mais preocupado com os bancos regionais americanos, que representam cerca de 40% de todo o crédito nos EUA e ainda estão bastante estressados.

Atenção especial para o First Republic Bank, cuja ação caiu mais de 90% desde o começo de fevereiro.

Talvez o esforço coletivo dos grandes bancos não seja o suficiente para salvar a instituição, provocando mais uma quebra.

Se parar por aí, mesmo que negativo, ainda não é vetor sistêmico. Mas as coisas podem piorar rápido, por isso uma antecipação do fim do aperto monetário é provável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em outras palavras, devemos observar uma decisão hawkish e um tom mais dovish.

Leia também

Situação não é trivial no Brasil

Olhando para o Brasil, a situação também não é das mais triviais. O governo voltou a atrapalhar o próprio país.

Já era para termos em mãos o novo arcabouço fiscal antes do Comitê de Política Monetária (Copom) começar. Não foi o caso.

Aliás, ao que tudo indica, novos problemas nasceram entre a ala política e a econômica na reunião de sexta-feira no Palácio do Planalto, quando Haddad teria apresentado a nova regra fiscal ao Lula — há pressão para mais flexibilidade na regra, sugerindo mais gasto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso é péssimo.

A Argentina é logo ali

Sabemos que o quadro fiscal é o calcanhar de Aquiles do país, não parecendo haver interesse de algumas alas estridentes do governo em resolver o problema. Querem mais gastos, sem compromisso, e menos juros.

Precisa explicar que não é assim que funciona e, caso optem por trilhar esse caminho, a Argentina é logo aí, perseguindo com obstinação os erros que acabaram com o governo Dilma. 

Sem um arcabouço definido (ao menos formalmente divulgado), o BC tem menos argumentos para flexibilizar a política monetária, apertando ainda mais as condições financeiras brasileiras e piorando o cenário econômico local.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A indefinição de um substituto do teto deve pressionar a curva de juros para cima, sangrando ativos brasileiros. E vale destacar que a percepção tinha melhorado recentemente. A curva de juros hoje é pior que há seis meses, mas melhor que há 1 mês.

image
Fonte: World Government Bonds

Lula erra ao caminhar pelo mesmo caminho de Dilma, ouvindo demais algumas personalidades do PT, como Gleisi Hoffmann, completamente desligada da realidade.

Todo cuidado é pouco

Haverá mais conversas hoje sobre o tema, principalmente depois que a Fazenda foi aos presidentes das casas legislativas pedindo apoio das lideranças contra os ataques do PT, enquanto aguardamos o encontro da Junta de Execução Orçamentária hoje — sim, a Fazenda, comandada por uma petista (o mais tucano dos petistas, mas ainda assim), quer se defender do próprio PT. Esquizofrenia coletiva severa.

Sim, a falta da formalização do novo arcabouço reduz a chance de uma sinalização de queda em breve, mas ainda acredito que, como o balanço de riscos mudou muito, com crise bancária no exterior e de crédito no Brasil, em especial depois do caso Americanas, o BC deverá manter amanhã, na Super Quarta, a taxa de juros inalterada, e sinalizar para uma possível queda em maio, dando início à flexibilização.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Seria o melhor cenário? Com certeza não, mas é o que temos para hoje.

Não pode martelar o juro para baixo já agora, uma vez que um dos pilares mais importantes, o fiscal, ainda está em aberto, mas não pode ser muito duro, porque compraria briga política grande e corre o risco de piorar muito as condições de crédito do país. É uma situação muito delicada e pouco trivial. Todo cuidado agora é pouco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje

9 de dezembro de 2025 - 8:17

Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

SEXTOU COM O RUY

Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos

5 de dezembro de 2025 - 6:02

Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje

4 de dezembro de 2025 - 8:29

Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros

2 de dezembro de 2025 - 7:08

A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Bolhas não acabam assim

1 de dezembro de 2025 - 19:55

Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso

DÉCIMO ANDAR

As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora

30 de novembro de 2025 - 8:00

Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado

28 de novembro de 2025 - 8:25

Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros

SEXTOU COM O RUY

Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo

28 de novembro de 2025 - 6:01

A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje

27 de novembro de 2025 - 8:23

Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim

27 de novembro de 2025 - 7:49

Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?

26 de novembro de 2025 - 19:30

Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje

26 de novembro de 2025 - 8:36

Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado

25 de novembro de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar