🔴 COPOM À VISTA: RECEBA EM PRIMEIRA MÃO 3 TÍTULOS PARA INVESTIR APÓS A DECISÃO – ACESSE GRATUITAMENTE

Mais uma Super Quarta vem aí! E tudo mudou muito rápido para os bancos centrais do Brasil e dos EUA; veja o que esperar

As reuniões de política monetária no Brasil e nos EUA começam hoje, colocando dúvidas sobre os próximos passos das autoridades

21 de março de 2023
7:00 - atualizado às 7:25
Jerome Powell, presidente do Fed, com efeito
Powell sob estresse às vésperas da Super Quarta dos bancos centrais. - Imagem: Federal Reserve / Montagem Brenda Silva

Começa hoje a preparação para o que virá a ser a tão aguardada Super Quarta dos bancos centrais, que conta com a conclusão das reuniões de política monetária no Brasil e nos EUA.

Chegamos aqui de uma maneira muito diferente de como estávamos pensando que chegaríamos há algumas semanas, com uma mudança radical dos contextos local e internacional, o que provoca alterações relevantes na balança de riscos.

O mundo passa por um momento paradigmático, ainda digerindo a ressaca pós-pandemia (aquele inferno acabou, mas ainda sofremos as sequelas de todo o processo).

Passamos por um movimento de aperto monetário relevante em quase todos os países, o que tem como consequência uma provável recessão econômica nos próximos meses.

Não há como fugir, faz parte do livro-texto de economia (nem todos foram superados como algumas autoridades comentam equivocadamente).

Super Quarta sob estresse

No âmbito internacional, vivemos um estresse bancário como há muito tempo não se via.

Leia Também

Conforme comentamos na semana passada, a quebra de bancos regionais nos EUA provocou um sentimento muito financeiro nos mercados, com lembranças da crise de 2008.

Não vejo um cenário propício para caminharmos na mesma direção da Grande Crise Financeira, mas isso não significa que as coisas serão fáceis.

Pelo contrário. Teremos uma recessão nos países centrais, sem dúvida. Resta saber sua profundidade e duração.

Para isso, já devemos ter algum direcionamento do Federal Reserve sobre para onde ele quer levar a economia americana.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) começa hoje e deverá apresentar amanhã, em sua conclusão, sua decisão de elevar os juros em 25 pontos-base (mais de 80% de chance implícita à negociação de futuros). Destaque para o comunicado.

As chances de uma alta de 50 pontos agora estão efetivamente fora de questão, depois de ser uma aposta favorita apenas algumas semanas atrás.

image
Fonte: CME Group

Um aperto monetário próximo do fim

Jerome Powell, o presidente do Fed, errou ao colocar na mesa a possibilidade de voltar a acelerar o aperto monetário.

Agora, as opiniões estão divididas sobre as táticas que o banco central deve adotar diante dos eventos recentes — a coletiva de imprensa de 30 minutos será amplamente comentada no mercado amanhã.

As opiniões estão divididas sobre as táticas que o banco central deve adotar diante dos eventos recentes, com parte do mercado esperando que o Fed mantenha inalterada a taxa.

Não tenho esse como meu cenário principal. Vejo como mais provável uma elevação marginal de 25 pontos mesmo.

Contudo, é bem possível que, depois da alta desta semana, o Fed avalie finalizar o processo de aperto monetário, mesmo que a inflação continue em patamares elevados, muito por conta dos eventos recentes com os bancos nos EUA e na Europa.

  • O SEGREDO DOS MILIONÁRIOS: as pessoas mais ricas do Brasil não hesitam em comprar ações boas pagadoras de dividendos. Veja como fazer o mesmo neste treinamento exclusivo que o Seu Dinheiro está liberando para todos os leitores.

Atenção com os bancos regionais dos EUA

Devo dizer, inclusive, que estou mais preocupado com os bancos regionais americanos, que representam cerca de 40% de todo o crédito nos EUA e ainda estão bastante estressados.

Atenção especial para o First Republic Bank, cuja ação caiu mais de 90% desde o começo de fevereiro.

Talvez o esforço coletivo dos grandes bancos não seja o suficiente para salvar a instituição, provocando mais uma quebra.

Se parar por aí, mesmo que negativo, ainda não é vetor sistêmico. Mas as coisas podem piorar rápido, por isso uma antecipação do fim do aperto monetário é provável.

Em outras palavras, devemos observar uma decisão hawkish e um tom mais dovish.

Leia também

Situação não é trivial no Brasil

Olhando para o Brasil, a situação também não é das mais triviais. O governo voltou a atrapalhar o próprio país.

Já era para termos em mãos o novo arcabouço fiscal antes do Comitê de Política Monetária (Copom) começar. Não foi o caso.

Aliás, ao que tudo indica, novos problemas nasceram entre a ala política e a econômica na reunião de sexta-feira no Palácio do Planalto, quando Haddad teria apresentado a nova regra fiscal ao Lula — há pressão para mais flexibilidade na regra, sugerindo mais gasto.

Isso é péssimo.

A Argentina é logo ali

Sabemos que o quadro fiscal é o calcanhar de Aquiles do país, não parecendo haver interesse de algumas alas estridentes do governo em resolver o problema. Querem mais gastos, sem compromisso, e menos juros.

Precisa explicar que não é assim que funciona e, caso optem por trilhar esse caminho, a Argentina é logo aí, perseguindo com obstinação os erros que acabaram com o governo Dilma. 

Sem um arcabouço definido (ao menos formalmente divulgado), o BC tem menos argumentos para flexibilizar a política monetária, apertando ainda mais as condições financeiras brasileiras e piorando o cenário econômico local.

A indefinição de um substituto do teto deve pressionar a curva de juros para cima, sangrando ativos brasileiros. E vale destacar que a percepção tinha melhorado recentemente. A curva de juros hoje é pior que há seis meses, mas melhor que há 1 mês.

image
Fonte: World Government Bonds

Lula erra ao caminhar pelo mesmo caminho de Dilma, ouvindo demais algumas personalidades do PT, como Gleisi Hoffmann, completamente desligada da realidade.

Todo cuidado é pouco

Haverá mais conversas hoje sobre o tema, principalmente depois que a Fazenda foi aos presidentes das casas legislativas pedindo apoio das lideranças contra os ataques do PT, enquanto aguardamos o encontro da Junta de Execução Orçamentária hoje — sim, a Fazenda, comandada por uma petista (o mais tucano dos petistas, mas ainda assim), quer se defender do próprio PT. Esquizofrenia coletiva severa.

Sim, a falta da formalização do novo arcabouço reduz a chance de uma sinalização de queda em breve, mas ainda acredito que, como o balanço de riscos mudou muito, com crise bancária no exterior e de crédito no Brasil, em especial depois do caso Americanas, o BC deverá manter amanhã, na Super Quarta, a taxa de juros inalterada, e sinalizar para uma possível queda em maio, dando início à flexibilização.

Seria o melhor cenário? Com certeza não, mas é o que temos para hoje.

Não pode martelar o juro para baixo já agora, uma vez que um dos pilares mais importantes, o fiscal, ainda está em aberto, mas não pode ser muito duro, porque compraria briga política grande e corre o risco de piorar muito as condições de crédito do país. É uma situação muito delicada e pouco trivial. Todo cuidado agora é pouco.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Mais uma anomalia para chamar de sua

11 de junho de 2025 - 20:37

Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar oportunidade; basta apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria

11 de junho de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China

10 de junho de 2025 - 8:40

Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve

9 de junho de 2025 - 20:00

O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje

9 de junho de 2025 - 8:19

No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF

VISÃO 360

Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?

8 de junho de 2025 - 8:00

A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje

6 de junho de 2025 - 8:20

Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria

SEXTOU COM O RUY

A ação que disparou e deixa claro que mesmo empresas em mau momento podem ser ótimos investimentos

6 de junho de 2025 - 6:05

Às vezes o valuation fica tão barato que vale a pena comprar a ação mesmo que a empresa não esteja em seus melhores dias — mas é preciso critério

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA

5 de junho de 2025 - 8:26

Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica

4 de junho de 2025 - 20:00

Na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa. Para todas as outras, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra vantajoso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje

4 de junho de 2025 - 8:13

Guerra comercial de Trump, dados dos EUA e expectativa em relação ao IOF no Brasil estão na mira dos investidores nesta quarta-feira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje

3 de junho de 2025 - 8:15

Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF

Insights Assimétricos

Crônica de uma ruína anunciada: a Moody’s apenas confirmou o que já era evidente

3 de junho de 2025 - 6:05

Três reformas estruturais se impõem como inevitáveis — e cada dia de atraso só agrava o diagnóstico

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado

2 de junho de 2025 - 20:00

A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje

2 de junho de 2025 - 8:23

Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia

TRILHAS DE CARREIRA

Você já ouviu falar em boreout? Quando o trabalho é pouco demais: o outro lado do burnout

1 de junho de 2025 - 8:07

O boreout pode ser traiçoeiro justamente por não parecer um problema “grave”, mas há uma armadilha emocional em estar confortável demais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA

30 de maio de 2025 - 8:07

Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)

SEXTOU COM O RUY

A Petrobras (PETR4) está bem mais próxima de perfurar a Margem Equatorial. Mas o que isso significa?

30 de maio de 2025 - 6:01

Estimativas apontam para uma reserva de 30 bilhões de barris, o que é comparável ao campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas — não à toa a região é chamada de o “novo pré-sal”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil

29 de maio de 2025 - 8:17

Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: A parábola dos talentos financeiros é uma anomalia de volatilidade

28 de maio de 2025 - 20:00

As anomalias de volatilidade não são necessariamente comuns e nem eternas, pois o mercado é (quase) eficiente; mas existem em janelas temporais relevantes, e podem fazer você ganhar uma boa grana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar