🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Mas só se fala em política monetária? Então saiba o que esperar da Super Quarta dos bancos centrais

Os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos decidem os juros na quarta-feira; na quinta-feira será a vez da zona do euro e da Inglaterra

31 de janeiro de 2023
6:43
Roberto Campos Neto e Jerome Powell, presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos
Roberto Campos Neto e Jerome Powell, presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos - Imagem: Divulgação

As primeiras semanas do ano foram emocionantes, sem dúvida. Agora, encerramos janeiro com o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será concluída amanhã, dia 1º de fevereiro, depois do fechamento de mercado. Em escala global, a semana também ganha contornos relevantes em relação à política monetária.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Começamos com o próprio Federal Reserve, dos EUA, que apresentará amanhã sua primeira decisão de 2023 por meio do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), transformando nossa quarta-feira em uma Super Quarta (combinação de encontros dos BCs do Brasil e dos EUA).

Na sequência, na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) também divulgarão seus respectivos juros. Enquanto os americanos devem elevar a taxa em 25 pontos-base, os europeus e os britânicos devem optar por uma elevação de 50 pontos-base. Fica em aberto o tom que cada um adotará.

Um destaque interessante lá fora é que teremos na sexta-feira o relatório de emprego dos EUA (payroll), que deverá mostrar que os empregadores criaram 185 mil empregos em janeiro, em comparação com 223 mil em dezembro. Caso as expectativas sejam frustradas, o Fed terá ainda mais espaço para desacelerar o aperto monetário.

Enquanto isso, na Europa, os dados da Zona do Euro também devem mostrar uma inflação desacelerada e uma economia estagnada. O que também serve de motivo para desacelerar o processo de aperto monetário, podendo penalizar em demasia a economia se for realizado em uma dose muito elevada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas e o Brasil?

Bem, o nosso Banco Central do Brasil deverá manter os custos de empréstimos inalterados em 13,75% ao ano, também deixando a expectativa apenas para o comunicado que acompanha a decisão. Aliás, há bastante apreensão sobre o tom que o Copom adotará em relação aos próximos passos a serem tomados.

Leia Também

O motivo principal deriva da questão fiscal, que ajudou na deterioração das projeções de inflação para 2023 em diante. Em outras palavras, já sabíamos que o Bacen estava trabalhando com a ancoragem das expectativas de 2024 e que já havia sinalizado a abertura para mais juros se necessário, mas as coisas pioraram bastante.

Com a reviravolta na PEC da Transição, que transformou o superávit do ano passado em expectativa de déficit em 2023, o Brasil passa por uma das maiores expansões fiscais de sua história. Há problemas graves derivados disso, principalmente quando colocado em paralelo a um péssimo discurso revisionista sobre a independência do BC e as metas de inflação.

Dito de outra forma, não pegou bem o início de governo, mesmo com o pacote fiscal do Haddad (aumento de arrecadação para minimizar o déficit em 2023) e com a boa equipe de Simone Tebet. Vivemos elevações nos vértices da curva de juros e voltamos a flertar com o risco de desancoragem da inflação — intervir no CMN e aumentar a meta de inflação seria um erro gigantesco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Então para onde estamos indo?

Em primeiro lugar, entendo que a taxa terminal se manterá em 13,75% ao ano, com as ameaças de mais juros servindo apenas para mostrar a cautela do BC em relação ao contexto econômico. A diferença ficará com o período em que teremos mais juros, que aumenta toda vez que os riscos ficam mais evidentes.

Ou seja, se antes um início de queda da Selic já poderia ser esperado para o início do segundo semestre, ficamos agora com o quarto trimestre de 2023 e olhe lá, com chance de só começar o processo no começo do ano que vem, a depender dos próximos passos orçamentários do governo.

Isso sem falar da bomba fiscal do ICMS, uma vez que os governadores estão pedindo compensação e o custo para a União pode ser de até R$ 36,9 bilhões, dificultando ainda mais o posicionamento do orçamento público brasileiro e aprofundando o déficit esperado para 2023, o que seria horrível no contexto atual.

Em segundo lugar, as perspectivas de inflação se tornaram mais difíceis mesmo, com expectativa de retorno dos impostos removidos no ano passado e com o esgarçamento fiscal recente. Temos trabalhado com uma projeção de inflação para 2023 de pelo menos 5,50% — se confirmado, voltaríamos a estourar o teto da meta.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que esperar do comunicado do Copom

Com isso, seria natural esperarmos uma comunicação mais dura, podendo sinalizar agravamento no balanço de risco e alteração da assimetria. O BC não subirá mais os juros, muito provavelmente, mas o manterá elevado por mais tempo, prejudicando as estimativas de atividades para 2023 e 2024, que já não eram das melhores.

Em terceiro lugar, o jogo fiscal ainda está em aberto, uma vez que não conhecemos o novo arcabouço. O mercado entende a necessidade de se alterar o teto de gastos, mas o seu substituto ainda é uma incógnita. Isso fará com que o BC alerte os agentes sobre a situação das contas públicas, que já viram dias melhores.

Por fim, não entendo como provável uma intervenção do Executivo no Conselho Monetário Nacional (CMN) ou no BCB. As ameaças devem ficar mais na retórica demagógica tradicional de Lula, que consegue transitar por diferentes ambientes a depender com que esteja falando, do que qualquer outra coisa. 

Vejo um tom duro ser mantido até que um novo arcabouço crível seja colocado para discussão e efetivamente votado no Congresso, que está decidindo sua presidência e suas mesas diretoras nesta semana; aliás, na quarta-feira também. Assim, devemos conviver com juros elevados até o terceiro trimestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A partir disso, poderemos começar a reduzir os juros cada vez mais ao longo de 2024, mas de maneira gradual, sem grandes surpresas. O problema é que o custo disso será uma penalização no crescimento econômico, com o consequente aumento do desemprego, enquanto a inflação não é colocada efetivamente em seu devido lugar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje

5 de novembro de 2025 - 8:04

Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje

4 de novembro de 2025 - 7:50

O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação

4 de novembro de 2025 - 7:10

Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998

3 de novembro de 2025 - 22:11

Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.

DÉCIMO ANDAR

Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários

2 de novembro de 2025 - 8:00

Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje

31 de outubro de 2025 - 7:58

A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi

SEXTOU COM O RUY

Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado

31 de outubro de 2025 - 6:07

A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje

30 de outubro de 2025 - 7:34

A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas

29 de outubro de 2025 - 20:00

Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje

29 de outubro de 2025 - 8:10

Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje

28 de outubro de 2025 - 7:50

A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul

28 de outubro de 2025 - 7:31

Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje

27 de outubro de 2025 - 8:09

Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo

24 de outubro de 2025 - 8:03

Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje

SEXTOU COM O RUY

Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel

24 de outubro de 2025 - 6:01

Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje

23 de outubro de 2025 - 8:21

Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada

22 de outubro de 2025 - 20:00

A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje

22 de outubro de 2025 - 7:58

Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje

21 de outubro de 2025 - 8:00

Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem

21 de outubro de 2025 - 7:35

O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar