“Risco Americanas” pressiona, mas Ibovespa sobe 1% na semana; veja quais setores salvaram o índice
Veja tudo o que movimentou o mercado nos últimos dias, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo

A semana foi boa na bolsa de valores brasileira? Essa pergunta é ampla e relativa — portanto, a resposta depende de para quem você irá direcioná-la.
Se perguntar para um acionista da Americanas (AMER3), por exemplo, ele lhe dirá que os últimos dias foram terríveis e representaram a continuação de um pesadelo que se iniciou na semana anterior, com a descoberta de um rombo contábil bilionário nos balanços da varejista.
A companhia derreteu mais de 77% na última segunda-feira (16) para cá. As perdas foram intensificadas desde ontem, quando a empresa oficializou o pedido de recuperação judicial e declarou R$ 43 bilhões em dívidas.
Essa foi, de longe, a maior queda do Ibovespa no período. Mas a companhia não ocupará mais esse posto tão cedo: o socorro à Justiça custará sua exclusão dele e de todos os outros índices da B3 dos quais faz parte.
Por falar nele, o Ibovespa não deixou de ser afetado pelo “Risco Americanas”. O índice também foi pressionado pela renovação dos temores fiscais e políticos após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tecer novas críticas à autonomia do Banco Central.
Além das falas do petista, o Ibovespa também repercutiu as substituições no órgão. O atual diretor de Política Monetária, Bruno Serra, já avisou que não ficará no cargo, e o mandato do presidente do BC, Roberto Campos Neto, termina em 2024.
Leia Também
Ainda assim, o principal índice da B3 encerrou a semana em alta de 1,01%, aos 112.040 pontos. O desempenho indica que, se você perguntar como foi a semana para investidores de outros setores, poderá receber uma resposta positiva.
Para isso, é preciso escolher o segmento certo. Quem investe em empresas ligadas às commodities metálicas e ao petróleo — principalmente a Petrobras (PETR4) e a 3R Petroleum (RRRP3) —, por exemplo, vai dizer que correu tudo bem.
Até mesmo dentro do varejo é possível encontrar quem diga que a semana foi ótima. Basta direcionar a questão a quem tem o Magazine Luiza (MGLU3) ou a C&A (CEAB3) na carteira.
O Magalu subiu forte e foi um dos destaques positivos da semana na esteira da derrocada da Americanas. Quem perdeu dinheiro com o escândalo da companhia, mas ainda quer manter uma posição no setor, enxergou nas ações MGLU3 uma alternativa para a carteira.
Já a C&A disparou com rumores de que a Lojas Renner (LREN3) estaria interessada em comprá-la. A Renner negou qualquer tipo de negociação para a aquisição da rival; ainda assim, os papéis CEAB3 subiram 26% desde segunda-feira.
Os últimos dias também não foram nada mal para o dólar. A moeda norte-americana enfrentou volatilidade durante a semana e chegou a tocar os R$ 5,10, mas recuperou as perdas e terminou o período com alta de 1,98%, cotada em R$ 5,2077.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
CLIENTES EM FOCO
Comprei na Americanas e a empresa entrou em recuperação judicial, o que fazer agora? Veja 5 perguntas e respostas. O Seu Dinheiro conversou com três especialistas para sanar todas as questões dos clientes.
AMERICANAS AINDA VAI SOFRER MUITO
E agora, Lemann? O ‘purgatório’ da varejista acabou de começar, descubra o que ainda está por vir no episódio desta semana do Touros e Ursos, disponível em vídeo no nosso canal do YouTube. Os repórteres também comentam as recentes declarações do presidente Lula sobre o Banco Central e as perspectivas para IPOs em 2023. Clique aqui e acesse.
QUEBRADEIRA GERAL
Grupo controlador da corretora de criptomoedas Genesis entra com pedido de recuperação judicial e deve mais de US$ 3,5 bilhões — mas tokens não ligam. Os principais ativos digitais do mundo seguem em movimento de alta, apesar de mais um princípio de falência no mercado.
NÃO É PRA COMPRAR
Citi rebaixa Rede D´Or para neutro e corta preço-alvo; saiba por que as ações RDOR3 estão em observação. A recomendação anterior era de compra. O preço-alvo foi cortado de R$ 39 para R$ 33 para 12 meses — o que representa um potencial de valorização de 17% com relação ao fechamento desta sexta-feira (20).
CULPA DO MARCUS
Titã de Wall Street está na mira do Fed: por que o Goldman Sachs virou alvo de investigação nos EUA? As ações do banco de investimento com sede em Nova York recuam cerca de 3% lá fora, colocando os ganhos do ano em menos de 1%.
Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada
De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?
Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE
Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF
Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações
A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos
Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA
Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária
Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança
Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA
Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã
Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell
Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa
Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar
Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?
Felipe Miranda: Precisamos (re)conversar sobre Méliuz (CASH3)
Depois de ter queimado a largada quase literalmente, Méliuz pode vir a ser uma opção, sobretudo àqueles interessados em uma alternativa para se expor a criptomoedas
Nem todo mundo em pânico: Ibovespa busca recuperação em meio a reação morna dos investidores a ataque dos EUA ao Irã
Por ordem de Trump, EUA bombardearam instalações nucleares do Irã na passagem do sábado para o domingo
É tempo de festa junina para os FIIs
Alguns elementos clássicos das festas juninas se encaixam perfeitamente na dinâmica dos FIIs, com paralelos divertidos (e úteis) entre as brincadeiras e a realidade do mercado
Tambores da guerra: Ibovespa volta do feriado repercutindo alta dos juros e temores de que Trump ordene ataques ao Irã
Enquanto Trump avalia a possibilidade de envolver diretamente os EUA na guerra, investidores reagem à alta da taxa de juros a 15% ao ano no Brasil
Conflito entre Israel e Irã abre oportunidade para mais dividendos da Petrobras (PETR4) — e ainda dá tempo de pegar carona nos ganhos
É claro que a alta do petróleo é positiva para a Petrobras, afinal isso implica em aumento das receitas. Mas há um outro detalhe ainda mais importante nesse movimento recente.
Não foi por falta de aviso: Copom encontra um sótão para subir os juros, mas repercussão no Ibovespa fica para amanhã
Investidores terão um dia inteiro para digerir as decisões de juros da Super Quarta devido a feriados que mantêm as bolsas fechadas no Brasil e nos Estados Unidos
Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar
Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?
Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego
Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra
Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF
Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7
Acima do teto tem um sótão? Copom chega para mais uma Super Quarta mirando fim do ciclo de alta dos juros
Maioria dos participantes do mercado financeiro espera uma alta residual da taxa de juros pelo Copom na quarta-feira, mas início de cortes pode vir antes do que se imagina
Felipe Miranda: O fim do Dollar Smile?
Agora o ouro, e não mais o dólar ou os Treasuries, representa o ativo livre de risco no imaginário das pessoas
17 X 0 na bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje, com disputa entre Israel e Irã no radar
Desdobramentos do conflito que começou na sexta-feira (13) segue ditando o humor dos mercados, em semana de Super Quarta