Rodolfo Amstalden: Quanto vale a sua reputação?
Partindo de uma dotação inicial de R$ 180 bilhões, qual seria uma função utilidade que lhe faria disposto a gastar R$ 20 bilhões para preservar sua reputação?

Entre as precisas aspas atribuídas a John Pierpoint Morgan, a que mais aparece para mim na pesquisa do Google tem a ver com reputação.
"The first thing is character… before money or anything else; money cannot buy it.”
JP Morgan entendia o bom caráter como virtude suprema, essencial para qualquer pai de família ou homem de negócios.
Sob essa leitura, nem todo o dinheiro do mundo seria capaz de comprar um único grama de caráter.
Ainda assim, em situações cotidianas, é inevitável depararmos com contextos nos quais dinheiro e valores morais podem ser intercambiáveis.
- Leia também: Haddad, o patinho feio
Lembro-me da prova final de Economia Matemática II, em que o Professor Kanczuk propunha uma única e simples pergunta: quanto vale sua vida?
Leia Também
O melhor aluno da sala fazendo bonito na bolsa, e o que esperar dos mercados nesta quinta-feira (18)
Rodolfo Amstalden: A falácia da “falácia da narrativa”
Eu que, como sempre, tinha me preparado porcamente para uma prova pesada de matemática, repleta de funções pitorescas de U(x), fiquei me perguntando se havia entrado na sala errada.
Seria aquele um teste de Filosofia?
No fim das contas, era um pouco dos dois. O aluno começava filosofando e terminava fazendo um cálculo atuarial lastreado em seguro de vida.
Depois da pergunta desconcertante, tinha um enunciado para isso, e era preciso prestar atenção em cada detalhe desse enunciado, em busca de pistas preciosas para levantar as premissas e seguir com as operações matemáticas.
Ao que me consta, para minha tristeza nostálgica, Kanzczuk se aposentou da nobre labuta professoral.
Se ainda estivesse por lá, talvez atualizasse o enunciado para algo como:
Partindo de uma dotação inicial de R$ 180 bilhões, qual seria uma função utilidade que lhe faria disposto a gastar R$ 20 bilhões para preservar sua reputação?
A priori, a resolução do exercício parece mais fácil, com vários tipos de funções satisfazendo a condição.
No entanto, um bom matemático poderia provar também que existem infinitas funções que não a satisfazem, o que sugere um perigo.
- ESTÁ GOSTANDO DESTE CONTEÚDO? Tenha acesso a ideias de investimento para sair do lugar comum, multiplicar e proteger o patrimônio
De repente, um aluno incauto de MBA perde o foco, e começa a divagar nessa floresta infinita de funções. O tempo vai passando, passando, e ele não consegue encontrar a resposta.
Talvez esse aluno se distraia e caia na tentação de pensar: "bem, qual é o mínimo que eu preciso gastar com isso?".
Talvez ele entenda que sua reputação está eternizada depois de sobreviver à choppada dos bixos sem vomitar, não é preciso preservar o que não sofre ameaça; logo, nem há o que calcular.
E então o estrago estará feito, nota zero na prova do Kanczuk, e nem adianta imaginar que ele vai dar mole na REC, porque não vai, não é do feitio dele.
O que a inteligência artificial vai falar da sua marca? Saiba mais sobre ‘AI Awareness’, a estratégia do Mercado Livre e os ‘bandidos’ das bets
A obsessão por dados permanece, mas parece que, finalmente, os CMOs (chief marketing officer) entenderam que a conversão é um processo muito mais complexo do que é possível medir com links rastreáveis
A dieta do Itaú para não recorrer ao Ozempic
O Itaú mostrou que não é preciso esperar que as crises cheguem para agir: empresas longevas têm em seu DNA uma capacidade de antecipação e adaptação que as diferenciam de empresas comuns
Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)
Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa
Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted
A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026
Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)
Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores
Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)
Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA
A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional
Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.
Felipe Miranda: Tarcisiômetro
O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.
A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)
Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada
Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham
Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando
Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)
Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump
Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?
Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.
BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação
As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário
O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje
Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA
Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo
Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse
A ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje
Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA
Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados
Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump
Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?
Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.
Tony Volpon: Powell Pivot 3.0
Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana
Seu cachorrinho tem plano de saúde? A nova empreitada da Petz (PETZ3), os melhores investimentos do mês e a semana dos mercados
Entrevistamos a diretora financeira da rede de pet shops para entender a estratégia por trás da entrada no segmento de plano de saúde animal; após recorde do Ibovespa na sexta-feira (29), mercados aguardam julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começa na terça (2)