Por que o Credit Suisse derrubou as bolsas americanas e pressionou o Ibovespa hoje?
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo

Quem esperava um pregão mais tranquilo nesta quarta-feira (15), após dois dias de intensa repercussão da falência do Silicon Valley Bank (SVB), teve suas expectativas frustradas logo cedo por notícias vindas diretamente da Suíça.
As ações do Credit Suisse, uma das maiores instituições financeiras do mundo, chegaram a cair mais de 30% após seu principal acionista, o Saudi National Bank (SNB), avisar que não irá injetar mais dinheiro na operação.
A negativa saudita — que, segundo o presidente do conselho de administração do SNB, foi motivada por questões regulatórias — elevou a ameaça de quebradeira no setor bancário, causou pânico no mercado e derrubou as bolsas da Europa, que anotaram recuos de até 4,3%.
A aversão ao risco espalhou-se pelo globo, pressionando os principais índices de Wall Street — que também fecharam em queda — e alcançado a bolsa de valores brasileira.
A pressão, porém, foi aliviada perto do fim do pregão após o BC da Suíça responder a um apelo do Credit. A instituição sinalizou publicamente seu apoio ao banco e indicou que vai prestar socorro à instituição financeira se for necessário.
Em comunicado, a Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro Suíço (FINMA) e o BC dizem que o Credit Suisse “atende aos requisitos de capital e liquidez impostos às instituições sistemicamente importantes” e que o banco central intervirá se a situação mudar.
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Ainda assim, o Ibovespa fechou o dia em queda, mas bem longe das mínimas da sessão. O principal índice acionário da B3 recuou 0,25%, aos 102.675 pontos, enquanto o dólar à vista subiu 0,70%, cotado em R$ 5,2943.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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