Os salvadores do Credit Suisse e dos bancos americanos, o surto de gripe suína, e o ataque ao TikTok; confira os destaques do dia

Nem todo herói usa capa. Às vezes eles usam ternos bem cortados e gravatas e ocupam os mais importantes cargos dentro dos maiores bancos do mundo — e correm para evitar que o sistema bancário global entre em uma grave crise em um momento em que ainda se sente os impactos da pandemia do coronavírus.
Nesta quinta-feira (16), o risco de uma quebradeira em efeito dominó de bancos foi afastado pela união das principais instituições financeiras do mundo, em uma tentativa de apaziguar a situação.
Um total de 11 bancos norte-americanos vão assinar um cheque de US$ 30 bilhões para evitar que o First Republic Bank quebre e a sequência de falências continue.
O Tesouro Americano, o Federal Reserve e o Fundo Garantidor de Crédito dos Estados Unidos (FDIC, na sigla em inglês) soltaram uma nota conjunta afirmando que o apoio dos bancos mostra a resiliência do setor.
O socorro feito ao First Republic Bank e o reforço da mensagem de que o sistema bancário tem as armas necessárias para enfrentar a crise levaram as bolsas em Nova York a fecharem o dia próximas das máximas.
Isso sem falar no Credit Suisse, que conseguiu aliviar a tensão na Europa após pegar um empréstimo de US$ 54 bilhões do Swiss National Bank.
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O Ibovespa também aproveitou para ter um dia de recuperação, em alta de 0,74%, a 103.434 pontos, com o dólar à vista em queda de 1,03%, a R$ 5,2398.
Apesar da melhora no ambiente de negócios, os juros futuros voltaram a apresentar tendência de alta — tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Isso porque a confiança do Fed no sistema bancário americano pode evitar que a autoridade monetária interrompa o ciclo de alta, revertendo o movimento precificado nos últimos dias.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
MÃO AMIGA
Credit Suisse ressurge com “PIX” bilionário do Banco Central suíço e busca comprador — que pode ser do Brasil. Linha de crédito fez as ações dispararem hoje; rumores dão conta de que o J. Safra Sarasin, controlado pela família do grupo brasileiro, estaria entre os interessados.
ELA CORREU PARA ELE ANDAR
Fed: Powell vai ter coragem de seguir o BCE de Lagarde e elevar os juros? Saiba o que dizem as apostas agora. O banco central da zona do euro elevou as taxas em 0,50 ponto percentual mesmo depois do pânico gerado pelos recentes problemas no sistema bancário global.
BRIGA DE GIGANTES
Guerra das stablecoins: como a última crise bancária fez o Tether (USDT) ultrapassar o USD Coin (USDC) em valor de mercado? As criptomoedas com lastro ganharam destaque em meio à falência do Silicon Valley Bank (SVB).
DESTAQUE DO DIA
Gripe suína volta a assustar a China e empresas brasileiras de proteína sobem forte na bolsa. As ações da JBS (JBSS3) e da Marfrig (MRFG3) figuraram entre as principais altas do Ibovespa em meio aos relatos vindos da Ásia.
A ÚLTIMA DANÇA?
TikTok sob ataque: Biden ameaça banir rede social se a proprietária chinesa não vender participação. Por ter como controladora a ByteDance, as autoridades dos EUA temem que a presença do aplicativo no país aumente as chances de espionagem ou manipulação pela China.
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Na pujança da indústria de inteligência artificial e de seu entorno, raramente encontraremos na História uma excepcionalidade tão grande
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A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas
Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil
Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
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