O purgatório da bolsa, o dia das criptomoedas e o socorro ao Credit Suisse; confira os destaques do dia

O Credit Suisse parece ter tido as suas preces atendidas — ao longo do fim de semana, outro banco suíço, o UBS, veio ao resgate da instituição e desembolsou mais de US$ 3 bilhões para evitar que o sistema bancário europeu entre em colapso.
A operação afasta o risco de uma quebradeira generalizada de grandes bancos — mas não de forma convincente o suficiente para que o mercado financeiro entrasse em um estado de euforia.
Nos Estados Unidos, o First Republic Bank ainda está na corda bamba, mesmo com o aporte de US$ 30 bilhões feito na semana passada com a bênção do Federal Reserve e concorrentes, o que deixa acesa a chama de uma eventual crise financeira alojada no coração do mercado financeiro.
A movimentação dos bancos centrais globais para evitar uma quebradeira generalizada, no entanto, foi suficiente para que os índices em Wall Street e na Europa fechassem o dia em alta firme.
O Ibovespa, por outro lado, vive uma realidade diferente.
Por aqui, os investidores parecem presos em uma espécie de purgatório — onde os cenários negativos tendem a prevalecer até que a luz volte a recair sobre os ativos domésticos — o que só deve acontecer após dois eventos importantes: a Super Quarta e a divulgação do texto do novo arcabouço fiscal.
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Ainda é cedo para saber se o futuro é o céu ou o inferno para a B3. No que diz respeito à Super Quarta, a expectativa é ver qual será o tom adotado pelo BC brasileiro ao endereçar as críticas feitas pelo governo federal nos últimos meses e se o Federal Reserve mudará o rumo de sua política monetária de olho em uma eventual crise bancária.
Já o novo arcabouço fiscal segue um mistério — e deve se manter assim até a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. Enquanto isso, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, tenta articular apoio no Congresso, reunindo-se com líderes do parlamento.
O bom humor internacional teve pouco efeito sobre o Ibovespa e o índice encerrou o dia em queda de 1,04%, aos 100.922 pontos — o menor nível de fechamento desde 26 de julho. O dólar à vista caiu 0,52%, a R$ 5,2430.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
VEJA TAMBÉM - Quebradeira geral? Mercado em alerta: mais de 180 bancos dos EUA podem estar em risco - estudo identifica falha que derrubou o SVB em outras instituições
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CRISE BANCÁRIA
Credit Suisse promete que vai pagar o bônus aos funcionários, apesar do resgate; banco tem lucro de quase R$ 1 bi no Brasil. O pagamento deve acontecer no próximo dia 24, e inclusive já ocorreu em alguns países onde a instituição atua.
O CÉU É O LIMITE
Rali das criptomoedas pode elevar bitcoin (BTC) para os US$ 35 mil — mas BC americano tem poder para estragar a festa; entenda. Há uma expectativa de manutenção dos juros nos EUA, o que poderia impulsionar a maior moeda digital do planeta a novos níveis de preço.
ATENÇÃO, SENHORES PASSAGEIROS
Pouso seguro após voo turbulento: UBS BB melhora recomendação de Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) — é hora de embarcar nessa? Os preços-alvo para os papéis também aumentaram: de R$ 8,80 para R$ 9,00 e de R$ 12,50 para R$ 14,00, respectivamente.
RESULTADOS 4T22
M. Dias Branco (MDIA3) vê lucro despencar 90% e ação esfarela quase 20% na bolsa após balanço. Apesar do crescimento na receita, os números da companhia foram marcados pela pressão nas margens, gerada pelas despesas maiores.
INCERTEZA ECONÔMICA
Amazon anuncia nova rodada de cortes de funcionários, e demissões vão passar de 27 mil. Segundo um memorando interno do CEO Andy Jassy, a empresa vai reduzir sua folha em 9 mil postos ao longo das próximas semanas, dentro da estratégia de corte de custos.
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Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências
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O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.
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