O Ibovespa no olho do furacão, o calote nas debêntures da Americanas (AMER3) e outros destaques do dia
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo
Quando se está no olho do furacão é difícil enxergar uma saída para escapar dos ventos de centenas de quilômetros por hora e da chuva torrencial. O Ibovespa esteve no centro do tornado formado pelo rombo contábil bilionário da Americanas (AMER3) nos últimos dias.
Por quase uma semana, as correntes de ar vindas da varejista dominaram o noticiário local e o foco do mercado. E elas seguem soprando forte com novos desdobramentos do caso surgindo a cada hora.
Mas, nesta terça-feira (17), ventos vindos do exterior finalmente conseguiram penetrar essa barreira e alcançaram os investidores brasileiros.
A primeira brisa viajou bastante até chegar à bolsa: veio diretamente da China. O PIB do país mostrou desaceleração do crescimento econômico — o ritmo é um dos mais lentos desde a década de 1970.
Apesar disso, os números do quarto trimestre, especialmente em dezembro, foram melhores do que as expectativas dos analistas e fortalecem as previsões de que o gigante asiático deve voltar aos trilhos em breve.
O otimismo renovado para as projeções chinesas também impulsionou as perspectivas para as commodities, especialmente as metálicas, um setor de peso na carteira do Ibovespa.
Leia Também
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Outra commodity que animou os negócios hoje foi o petróleo. Além dos dados da China, a retomada das negociações do contrato do tipo WTI — fechadas ontem por conta de um feriado nos Estados Unidos — também aqueceu as cotações do produto e da Petrobras (PETR4).
As ações ordinárias e preferenciais da companhia, que são um dos pilares do principal índice acionário da B3, terminaram o pregão entre as maiores altas do dia.
Além disso, uma brisa com ares nacionais, mas vinda de Davos, ajudou a bloquear os ruídos fiscais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do Fórum Econômico Mundial na cidade suíça e prometeu hoje apresentar um substituto para o teto de gastos até abril.
A equipe econômica trabalha, segundo ele, para promover uma mudança “estrutural”, o que incluiria a aprovação de uma reforma tributária acompanhada de uma nova âncora fiscal.
Com isso, o Ibovespa conseguiu desvencilhar-se da ventania que derrubava suas cotações há três sessões consecutivas e subiu 2,04%, aos 111.439 pontos. Já o dólar à vista acompanhou o enfraquecimento da moeda ante os pares globais e fechou em baixa de 0,84%, cotado em R$ 5,1055.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
'PAGO QUANDO PUDER'
Americanas (AMER3) dá calote em debêntures após decisão da Justiça que suspende cobranças por 30 dias. Na sexta-feira (13), a varejista obteve parecer favorável ao adiamento do pagamento de dívidas.
FUNDOS DE AÇÕES
Moat Capital, gestora com maior exposição às ações de Americanas, encerra posição na empresa. Fundos da gestora estavam entre os mais expostos aos papéis da varejista recentemente, tendo sido duramente atingidos pela divulgação da inconsistência contábil no balanço da empresa.
FOME DE AQUISIÇÕES
Queridinha no setor de consumo, Arezzo (ARZZ3) compra a fabricante de calçados Vicenza por R$ 103,8 milhões. O negócio total foi avaliado em R$ 173 milhões e o valor restante será pago pela empresa em ações.
FRACO DESEMPENHO
Goldman Sachs rebaixa Qualicorp de neutro para venda e corta preço-alvo pela metade; ações QUAL3 caem mais de 5%. Se, antes, o impasse envolvendo a empresa se dava pela participação da Rede D’Or, agora, segundo o banco, o cenário macroeconômico é um dos fatores que pesam sobre os resultados da companhia.
MARCA HISTÓRICA
Bolsa brasileira atinge os 5 milhões de CPFs e bate meta antiga da B3 (B3SA3). Esse patamar originalmente projetado para 2014 só foi alcançado em dezembro de 2022.
CUIDADO AO LEVAR DINHEIRO PARA ARGENTINA
Fique esperto na hora de levar seu dinheiro para lá. Em um vídeo exclusivo para nosso canal do YouTube, a repórter Julia Wiltgen revela qual é a forma mais vantajosa de fazer isso. Clique aqui e descubra.
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje
O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje
Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos
Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’
Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios
Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje
Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira
Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam
Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas
Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje
Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados
Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?
Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços