🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 2T25 COMEÇOU: ACOMPANHE A COBERTURA COMPLETA

O fim da alta nos juros ou uma pausa estratégica? Veja como o Fed pode virar a página da política monetária nos Estados Unidos

A atenção dos mercados globais está voltada para a reunião do banco central dos EUA nesta semana, na qual espera-se que o Fed mantenha os juros estáveis

13 de junho de 2023
6:15 - atualizado às 17:34
Jerome Powell, presidente do Fed, com efeito
Montagem com Jerome Powell, presidente do Fed - Imagem: Federal Reserve / Montagem Brenda Silva

A semana é decisiva para os mercados internacionais. Nos EUA, teremos a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que deverá manter a taxa de juros inalterada entre 5% e 5,25%. Os investidores há muito esperam por uma pausa do Federal Reserve (Fed) e a antecipação de uma ajudou o S&P 500 a entrar novamente em um bull market, embora o hype da IA tenha contribuído bastante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas precisamos de cautela. O termo "pausar" talvez seja enganoso neste contexto e "pular" possa ser uma opção melhor. Se o Fed realmente mantiver as taxas inalteradas, será para permitir que o banco central tenha mais tempo para avaliar os dados antes de decidir se novos aumentos são necessários, assim como fizeram os bancos centrais da Austrália e do Canadá — pausaram, avaliaram e voltaram a subir.

A inflação elevada e com resistência em ceder foi a culpada. Em outras palavras, ainda que o índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) desta terça-feira (13) possa não alterar a decisão de junho do Fed, o dado será crucial para ditar o quão alto o banco central acha que as taxas precisam ir nas próximas reuniões para domar a inflação. Podemos ver isso implicitamente na curva de juros nos EUA:

Fonte: CME

A partir de agora, para os índices de inflação, as vitórias fáceis dos últimos meses, com as comparações favoráveis com os preços altíssimos da energia do ano passado, não existem mais. Isto é, o fruto mais fácil da desinflação já foi colhido e o resto da jornada para a meta de 2% do Fed é muito mais difícil. De qualquer forma, uma pausa será importante, dado que o BC dos EUA sobe os juros há mais de um ano.

Mais importante do que a decisão em si será o comunicado de Jerome Powell, que poderá fazer um balanço das perspectivas após as recentes tensões no setor bancário. Provavelmente, o movimento desta semana será acompanhado por um forte sinal de que eles estão preparados para continuar subindo, se necessário — uma mensagem de segurança do Fomc deverá enfatizar o potencial para novos aumentos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A verdade é que também precisamos de tempo para avaliar o impacto de aumentos de juros anteriores. Por isso, será importante verificar o resumo revisado das projeções econômicas, a primeira publicação do conhecido "gráfico de pontos" — que compila a opinião dos diretores — desde a reunião de março. A maioria dos investidores espera que ele mostre um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros projetada para o final de 2023.

Leia Também

VEJA TAMBÉM — Socorro, Dinheirista! Inter saiu da Bolsa Brasileira e eu perdi 50% do meu patrimônio: e agora? Veja detalhes do caso real abaixo:

As vozes dissonantes no Fed

Contudo, também vale a pena observar como o comitê atualizará suas outras projeções econômicas, como a de desemprego e de inflação. Ao mesmo tempo, o presidente Jerome Powell provavelmente enfrentará o desafio de apaziguar vários colegas que temem que o progresso da inflação tenha parado. Afinal, como temos visto, os diferentes membros do comitê estão expressando opiniões bem alarmantes.

O presidente do Fed Regional de Dallas, Lorie Logan, disse que continua preocupado se a inflação está caindo rápido o suficiente. Já a governadora Michelle Bowman alertou no mês passado que nem os preços nem a força de trabalho mostravam sinais suficientes de arrefecimento. Por fim, James Bullard, Neel Kashkari e Loretta Mester também mantiveram a porta aberta para apoiar mais aumentos.

Autoridades do Fed votaram recentemente em uníssono, exceto por dois dissidentes isolados no ano passado. Mas, com as taxas de juros próximas do nível que as autoridades consideram alto o suficiente, diferentes opiniões estão surgindo sobre quanto mais ir adiante, aumentando a perspectiva de uma dissidência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O aperto monetário para combater a inflação foi a grande história do ano passado. Se voltarmos a ver volatilidade sobre este assunto, teremos ruído para os ativos de risco globais. Sem falar que, considerando o aperto monetário realizado até aqui, uma recessão seria mais do que esperada. Sendo esse o caso, o mercado internacional, em especial o americano, poderia flertar com algumas correções no futuro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
Insights Assimétricos

Super Quarta é só o aquecimento — a pancada real vem na Super Sexta; o que esperar da Selic — e os trunfos do Brasil contra Trump

29 de julho de 2025 - 6:07

O ambiente internacional segue por um fio: uma vírgula fora do lugar ou um dado ligeiramente acima do esperado (impedindo corte de juros) basta para que a volatilidade reassuma o controle

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O duelo

28 de julho de 2025 - 20:00

A trajetória ficou mais turbulenta. Melhor sentar na mão e se preparar para a volatilidade. O final do filme, contudo, ainda é o mesmo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Aberta a temporada de provas: o balanço dos bancos no 2T25 e o que esperar dos mercados hoje

28 de julho de 2025 - 8:13

Bolsa globais avaliam acordos com os EUA; índices futuros de Wall Street indicam que seguirão estendendo os ganhos da semana passada; por aqui, o Ibovespa tenta recuperar o fôlego

DÉCIMO ANDAR

O jogo não é ganho no primeiro tempo, mas este segmento de fundos imobiliários se destaca em meio às incertezas

27 de julho de 2025 - 8:00

Após cinco meses de alta, o IFIX registra queda em julho; mas estes FIIs se mostram atrativos agora

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A estabilidade do Banco do Brasil: como apostar nas ações BBAS3 e o que esperar dos mercados hoje

25 de julho de 2025 - 8:26

Negociações (ou não) de acordos com os EUA e temporada de balanços continuam no radar dos investidores por aqui e no exterior

SEXTOU COM O RUY

Não pule de cabeça no Banco do Brasil: a ação pode afundar, mas há uma opção de compra protegida para BBAS3

25 de julho de 2025 - 6:08

Com potencial de alta caso as coisas deem muito certo e risco de desvalorização relevante caso o cenário se deteriore de vez, comprar BBAS3 nesse momento me parece um pouco precipitado — mas existe uma boa saída

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Papo de velho: o que deu errado com a RD Saúde, e o que esperar dos mercados hoje

24 de julho de 2025 - 8:24

Acordos comerciais agitam os mercados nesta quinta-feira; após recorde, Wall Street também acompanha balanços do 2T25

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Pedido extra para você que já está na fila

23 de julho de 2025 - 15:30

O Kit Brasil já está na espera do Tarcísio Trade anyways. Ele pegou a fila para comprar pão francês, presunto, queijo, e agora a esposa ligou no celular pedindo também 200 gramas de enroladinho de salsicha

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Adrenalina em alta voltagem na Auren Energia, e o que esperar dos mercados hoje

23 de julho de 2025 - 8:40

Nos EUA, futuros operam em leve alta, de olho nas tarifas e nos balanços, após recorde na véspera; por aqui, Ibovespa repercute dados internacionais e resultados do 2T25

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quem te viu, quem te vê, Argentina: o avanço no país vizinho e o que esperar dos mercados hoje

22 de julho de 2025 - 8:35

Wall Street e Ibovespa aguardam balanços de grandes empresas e a fala de Jerome Powell, do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O sucesso argentino: o vizinho conserta a casa, enquanto o Brasil segue varrendo para debaixo do tapete

22 de julho de 2025 - 7:19

De laboratório de tragédias populistas a espelho de sucesso, Argentina demonstra que há vida política e recuperação econômica fora da armadilha populista latino-americana

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Luz na passarela: o destaque da C&A na bolsa este ano, e o que esperar dos mercados hoje

21 de julho de 2025 - 8:27

Em dia morno, Wall Street aguarda divulgação de novos balanços; por aqui, Ibovespa segue a reboque e também continua repercutindo as tensões com os EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Timing é tudo: o negócio extraordinário da Vivo e o que esperar dos mercados hoje

18 de julho de 2025 - 8:25

Wall Street atinge novas máximas históricas e pode dar continuidade aos ganhos; por aqui, mercado repercute retorno do IOF e disputa comercial com EUA

SEXTOU COM O RUY

Qual a hora certa de vender uma ação? Tudo depende do preço — e a Vivo (VIVT3) mostra como isso funciona na prática

18 de julho de 2025 - 6:05

Nos últimos dias, a Vivo realizou uma operação que nos ajuda a entender na prática o momento de comprar e, mais importante, de vender um ativo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Porquinho chinês ou inglês? A origem do nosso cofrinho e o que esperar dos mercados hoje

17 de julho de 2025 - 8:27

Nos EUA, Trump nega rumores de que pretende demitir o presidente do Fed; no Brasil, Moraes decide que aumento do IOF será mantido

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O Tarcísio Trade está morto?

16 de julho de 2025 - 20:00

Se o governador de São Paulo não for capaz de superar as provocações atuais, vindas tanto da extrema esquerda quanto da extrema direita, não será legitimado no cargo de presidente

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Donald Trump: como lidar com um encrenqueiro e sua guerra comercial

16 de julho de 2025 - 10:25

Donald Trump não pensa nas consequências ao adotar suas medidas intempestivas. O importante, para ele, é estar nas manchetes dos jornais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sem olho por olho nem tiro no pé na guerra comercial com os EUA, e o que esperar dos mercados hoje

16 de julho de 2025 - 8:17

Ibovespa fechou ontem em leve queda, e hoje deve reagir ao anúncio de uma nova investigação dos EUA contra o Brasil

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Estamos há 6 dias sem resposta: o tempo da diplomacia de Trump e o que esperar dos mercados hoje

15 de julho de 2025 - 8:58

Enquanto futuros de Wall Street operam em alta, Ibovespa tenta reverter a perda dos últimos dias à espera da audiência de conciliação sobre o IOF

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Do coice à diplomacia: Trump esmurra com 50% e manda negociar

15 de julho de 2025 - 7:23

Para além do impacto econômico direto, a nova investida protecionista de Trump impulsiona um intrincado jogo político com desdobramentos domésticos e eleitorais decisivos para o Brasil

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar