Uma lição que o investidor aprendeu em 2023 vai continuar servindo em 2024 e além
A tendência do mercado de punir com exagero um ou dois resultados trimestrais ruins e parabenizar em excesso meia dúzia de números bons irá persistir

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia.
Faltam apenas alguns dias para encerrarmos um ano que foi excepcional para o segmento de tecnologia.
Se 2022 foi o ano da tormenta, 2023 foi uma "senhora" redenção para todos aqueles que estão dispostos a assumir riscos assimétricos apostando num futuro muito diferente do hoje.
Ao invés de uma retrospectiva factual, apenas tocando superficialmente em temas que estiveram nas páginas do Estrada do Futuro neste ano, minha ideia é fazer uma recapitulação diferente.
Quero te lembrar sobre como as narrativas são passageiras, sobre como você poderia ter se aproveitado delas em 2023 e sobre como poderá fazê-lo pelo resto dos seus dias como investidor.
O mercado exagera (para os dois lados)
O mercado irá sempre testar suas convicções e, quando os preços estiverem contra você, será preciso ter muito sangue frio e ter feito um exaustivo trabalho de casa numa tese de investimento para confrontá-lo.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: A falácia da “falácia da narrativa”
Nenhuma história me marcou tanto quanto a Nvidia. Talvez você não se lembre, mas a queridinha de 2023 foi um dos patinhos feios de 2022.
Em 30 de setembro de 2022, eu publiquei um relatório para os clientes da Empiricus intitulado "Nvidia: sonho ou pesadelo?".
Fonte: Empiricus
Na ocasião, cerca de 2 meses antes do lançamento global do ChatGPT, as ações caíam 65% das máximas de 2021.
Naquele longo relatório, eu confrontei para os nossos assinantes o excesso de pessimismo do mercado para com as ações, expliquei as futuras oportunidades no segmento de inteligência artificial e como a Nvidia seria a maior beneficiária desse novo mercado.
Era muito difícil ser contrário naquele momento, mas a nossa aposta era de que Nvidia deveria ser a maior posição da nossa carteira.
Fonte: Empiricus.
Mas a Nvidia está longe de ser um caso isolado.
Veja outros exemplos no setor de tecnologia
Em março deste ano, escrevi uma coluna destacando sobre como as ações do Booking.com — uma das melhores empresas que eu já tive a oportunidade de analisar — estavam estupidamente baratas.
Mesmo diante da óbvia propensão das novas gerações em privilegiar o consumo de experiências ao invés de bens materiais, o mercado ainda temia que talvez o Booking nunca mais retornasse aos patamares de reservas anteriores à pandemia.
Fonte: Koyfin
Nesses 9 meses, não só os números estão cerca de 20% superiores aos de 2019 (base pré-pandemia), como as ações se valorizaram 40%, numa oportunidade que era simplesmente gritante.
Mas calma, nada se compara ao que aconteceu com as ações do Meta.
Entre o final de 2022 e o início deste ano, eu me tornei até chato de tanto defender o quanto as ações do Meta estavam baratas e deveriam compor a carteira de qualquer investidor de tecnologia.
Nesta coluna, eu escrevi:
Isso não vai acontecer, mas se amanhã o Meta simplesmente desistisse do Quest e focasse seus esforços 100% na sua vertical de redes sociais, a ação poderia dobrar de valor imediatamente.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEO Meta vale apenas 10x lucros, sendo que boa parte desse lucro já inclui os prejuízos enormes da pesquisa e desenvolvimento para o Quest. (...)
Não há dúvidas de que a ação do Meta está muito barata aos patamares atuais.
Desde então, as ações do Meta sobem mais de 170%, tendo superado basicamente todos os fantasmas que afligiam o mercado naquele momento, como os impactos da mudança de política de privacidade da Apple, a concorrência do TikTok e descontrole de custos com fortes investimentos na divisão de realidade aumentada.
Em 24 meses, Zuckerberg foi taxado de visionário, estúpido e visionário novamente, por um mercado com tendências de extrapolar para sempre tanto resultados bons, quanto ruins.
APOSENTADORIA COM PREVIDÊNCIA PRIVADA OU RENDA+: QUAL O MELHOR INVESTIMENTO PARA SE APOSENTAR BEM?
Conclusão
As oportunidades que eu descrevi acima não irão mais voltar. Elas pertencem ao passado e quem não as aproveitou, não aproveitará mais.
Porém, a tendência do mercado de punir com exagero um ou dois resultados trimestrais ruins e parabenizar em excesso meia dúzia de números bons irá persistir e novas histórias como essas estarão presentes em 2024 e além.
Há algumas semanas eu escrevi sobre uma de dessas histórias nesta coluna e acredito que ainda esteja em tempo de você aproveitar essa oportunidade.
Um grande abraço, e nos vemos em 2024 para muito mais.
A dieta do Itaú para não recorrer ao Ozempic
O Itaú mostrou que não é preciso esperar que as crises cheguem para agir: empresas longevas têm em seu DNA uma capacidade de antecipação e adaptação que as diferenciam de empresas comuns
Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)
Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa
Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted
A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026
Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)
Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores
Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)
Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA
A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional
Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.
Felipe Miranda: Tarcisiômetro
O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.
A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)
Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada
Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham
Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando
Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)
Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump
Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?
Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.
BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação
As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário
O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje
Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA
Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo
Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse
A ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje
Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA
Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados
Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump
Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?
Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.
Tony Volpon: Powell Pivot 3.0
Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana
Seu cachorrinho tem plano de saúde? A nova empreitada da Petz (PETZ3), os melhores investimentos do mês e a semana dos mercados
Entrevistamos a diretora financeira da rede de pet shops para entender a estratégia por trás da entrada no segmento de plano de saúde animal; após recorde do Ibovespa na sexta-feira (29), mercados aguardam julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começa na terça (2)
O importante é aprender a levantar: uma seleção de fundos imobiliários (FIIs) para capturar a retomada do mercado
Com a perspectiva de queda de juros à frente, a Empiricus indica cinco FIIs para investir; confira