Uma agenda de tirar o fôlego: Inflação, salário mínimo, rombo da Americanas, produção da Petrobras e outras notícias do dia
Por aqui, o presidente Lula abre hoje as negociações com as centrais sindicais para definir a política do governo para o salário mínimo para os próximos quatro anos

Sabe aquele dia de agenda cheia da hora que se acorda à hora que se vai dormir? Quem acompanha o mercado financeiro vai ter um dia assim hoje.
Muita gente ainda nem tinha dormido quando o Banco do Japão (BoJ) decidiu pela manutenção de seus parâmetros de política monetária.
Como havia o temor de um novo aperto, o alívio foi tamanho que a bolsa de Tóquio fechou em alta de 2,5% nesta quarta-feira. Já o iene derretia ante o dólar na madrugada.
Nem bem havia amanhecido e a Agência Internacional de Energia colocou na roda uma previsão de demanda recorde por petróleo em 2023. O motivo é a reabertura da China depois de quase três anos de duras medidas restritivas por causa da pandemia.
Na Europa, as bolsas de valores reagem aos números consolidados da inflação ao consumidor na zona do euro em 2022.
Ainda neste início de manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, em Davos.
Leia Também
Os ventos de Jackson Hole: brisa de alívio ou tempestade nos mercados?
Rodolfo Amstalden: Qual é seu espaço de tempo preferido para investir?
Nos Estados Unidos, os investidores estão de olho nos dados de produção industrial, vendas no varejo e inflação ao produtor. Já os ouvidos estarão atentos às falas de diversos diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
No fim da tarde, o Fed traz as atualizações do Livro Bege sobre as condições econômicas regionais nos EUA.
E se no Brasil a agenda de indicadores é fraca, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre hoje as negociações com as centrais sindicais para definir a política do governo para o salário mínimo não apenas para 2023, mas para os próximos quatro anos.
É tanta coisa que quase ia me esquecendo dessa novela em torno da Americanas, com novos capítulos esperados para hoje.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
O que você precisa saber hoje
OLHANDO PELO RETROVISOR
Além das Americanas (AMER3): empresas de Lemann e sócios da 3G têm histórico de problemas contábeis. Rombo encontrado na varejista colocou a gestão do famoso trio de bilionários da 3G Capital sob análise mais uma vez.
CARTAS NA MESA
Americanas (AMER3) avalia ‘diversas oportunidades’ para venda de ativos. Quais empresas podem ser usadas para tapar o rombo? Uma das opções é o Hortifruti Natural da Terra, mas a joint venture com a Vibra Energia também pode entrar nas negociações.
CHUVA DE PETRÓLEO
Petrobras (PETR4) acerta o alvo e cumpre metas de produção de óleo e gás em 2022. A petroleira fechou o ano passado com uma produção de 2,684 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), acima do objetivo de 2,6 milhões de boed.
AMBIENTE COMPLICADO
Mercado de capitais encolheu em 2022, mas Anbima vê maturidade. O volume total movimentado no ano passado caiu 10,9% em relação a 2021 e totalizou R$ 544 bilhões. Deste total, só a renda variável teve contração de 57% no período.
NÚMEROS POSITIVOS
XP conseguiu crescer em 2022 mesmo com cenário difícil para investimentos, indica prévia de resultados. Contabilizando tanto os ativos de grandes empresas como do varejo, o total de recursos sob custódia da empresa chegou a R$ 946 bilhões.
DIÁRIO DOS 100 DIAS
Lula: os efeitos colaterais da invasão de Brasília e a sanção ao orçamento com veto. Encontro do presidente com comandantes das Forças Armadas está sendo costurado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e deve acontecer até a próxima sexta-feira.
Uma boa quarta-feira para você!
Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin
Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas
A Petrobras (PETR4) despencou — oportunidade ou armadilha?
A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas
Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil
Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado
Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores
Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump
Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro
O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump
Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem
Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno
O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira
No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão
Ibovespa tenta acompanhar bolsas internacionais às vésperas da entra em vigor do tarifaço de Trump contra o Brasil
Gen Z stare e o silêncio que diz (muito) mais do que parece
Fomos treinados a reconhecer atenção por gestos claros: acenos, olho no olho, perguntas bem colocadas. Essa era a gramática da interação no trabalho. Mas e se os GenZs estiverem escrevendo com outra sintaxe?