Está na hora de frear a evolução do ChatGPT e da inteligência artificial?
Frear significa abandonar qualquer tentativa de resolver conflitos entre a inteligência artificial e a humanidade antes mesmo deles existirem
Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia.
Sem dúvida, nos últimos 15 dias, a grande história no segmento de tecnologia não envolveu nenhuma linha de código escrita. Pelo contrário, foi uma quinzena dedicada a conflitos dos mais humanos.
Falo especificamente de toda a confusão entre o conselho e os fundadores da OpenAI, a empresa que criou o ChatGPT.
Muito já foi escrito sobre o tema e, assim como a maioria das pessoas, eu também não conheço os detalhes que motivaram as decisões de cada lado.
Em todo caso, a motivação central da batalha entre o conselho da OpenAI e seus fundadores parece ser basicamente o medo sobre os efeitos que uma inteligência artificial geral (AGI) pode ocasionar sobre a sociedade.
Se esse era mesmo o problema, o desfecho que tivemos simplesmente não poderia ter sido outro.
Leia Também
Explico…
TOUROS E URSOS - MAGAZINE LUIZA (MGLU3) E CASAS BAHIA (BHIA3): O QUE REALMENTE DEU ERRADO?
Sobre os cenários apocalípticos da inteligência artificial
Não existe consenso entre os especialistas sobre a velocidade com que alcançaremos uma inteligência artificial autossuficiente.
Para assuntos como esse, a sabedoria das massas costuma ser mais útil que a sabedoria de alguns poucos cientistas (tomados geralmente por seus próprios vieses).
Para isso, o site Metaculus mantém um espaço onde qualquer pessoa pode apostar em temas curiosos. Por exemplo, o gráfico abaixo é uma evolução das estimativas de pessoas comuns sobre quando veremos inteligências artificiais capazes de programar outras inteligências artificiais.
Em 2017, estimativa-se que isso aconteceria por volta de 2056. Hoje, seis anos depois, estima-se que isso ocorrerá em 2026.
Ou seja, é como se em nove anos a humanidade tivesse alcançado um progresso tecnológico esperado para os próximos 50 anos.
Diante de uma demonstração de progresso como essa, há basicamente dois tipos de respostas possíveis: algumas pessoas ficam excitadas, mas a grande maioria delas ficam amedrontadas.
São esses medos que nutrem cenários apocalípticos. Alguns minutos pesquisando sobre o tema no Google, no Instagram ou no TikTok, e você encontrará pessoas descrevendo como uma inteligência artificial pode lançar um vírus devastador na humanidade, empoderar robôs que lutarão guerras com seres humanos indefesos e, no melhor dos casos, simplesmente tornar todos os nossos atuais empregos corporativos obsoletos e desnecessários.
É provável que se passarão muitos anos até descobrirmos o que aconteceu nas reuniões de conselho da OpenAI.
Mas os relatos mais contundentes que eu li se tratavam exatamente da batalha descrita acima: duas "facções" em conflito, uma delas excitada com tudo o que a empresa criou nos últimos anos, e outra absolutamente aterrorizada com o que eles serão capazes de criar no futuro.
O único desfecho possível para essa história era uma vitória dos otimistas. Ao menos por enquanto…
Como assim?
Verdade seja dita: é muito mais fácil confabular sobre cenários distópicos envolvendo a relação entre inteligência artificial e a humanidade do que conceber possíveis soluções para gerir esse conflito.
Se você fizer a mesma pesquisa que eu sugeri acima — de buscar ouvir o que dizem pessoas que temem o avanço da inteligência artificial —, encontrará muitas perguntas, mas nenhuma resposta.
Quer dizer, você encontrará uma resposta sim, que é a de que precisamos frear o desenvolvimento da AI antes que seja tarde demais.
Obviamente, frear significa abandonar qualquer tentativa de resolver possíveis conflitos entre AI e a humanidade. Isso, antes mesmo desses conflitos existirem.
Esteja certo que impor uma solução como essa viria a um custo social muito alto…
LEIA TAMBÉM:
- Um ChatGPT só para você e outros dois insights para se investir em tecnologia agora
- O ChatGPT e a inteligência artificial vão substituir os influenciadores digitais? Isso já está acontecendo na China
Por que não devemos frear os avanços do ChatGPT e da inteligência artificial
A não ser que desenvolver modelos de inteligência artificial se tornasse um crime e pessoas fossem punidas por isso, você pode ter certeza que sempre existirá alguém disposto a seguir com esse desenvolvimento, goste você ou não.
Além disso, mesmo que houvesse uma regulação em tal sentido, como poderíamos garantir que outros países também a seguiriam?
Sem essa garantia, não seria ainda perigoso correr o risco de que países autoritários tivessem acesso a uma tecnologia como essa, enquanto o Ocidente não?
Diante de perguntas como essa é fácil concluir que, sob a ótica de política pública, é impensável que qualquer governo nacional incentive diretamente uma diminuição na velocidade com o desenvolvimento de inteligência artificial tem acontecido.
Eles podem e devem regular e acompanhar de perto esse desenvolvimento, mas não freá-lo. Essa simplesmente não é uma boa solução.
No microcosmos de uma das startups mais importantes do mundo para AI neste momento, chegou-se à mesma conclusão: frear não é uma opção.
- Quer ver uma parte do lucro de algumas das maiores empresas do mundo ‘pingando’ na sua conta? Conheça as 5 ações internacionais que os analistas da Empiricus Research recomendam investir agora para buscar dividendos em dólar. O relatório gratuito está aqui.
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje