Banco do Brasil (BBAS3) vai financiar Argentina? Falas de Lula e Haddad sobre bancos públicos pesam e Ibovespa recua
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo

Dois gigantes da bolsa de valores entraram em uma disputa para decidir quem iria influenciar o rumo do Ibovespa nesta segunda-feira (23).
De um lado, a Petrobras (PETR4) — que, sozinha, tem uma participação de mais de 11% na carteira teórica do índice — e outras ações ligadas a commodities foram impulsionadas pelas cotações no exterior, operaram em alta e puxaram a pontuação para cima.
Do outro, os bancos — mais um conjunto de peso para o Ibovespa — amargaram perdas e seguraram os ganhos do índice.
Nos últimos dias, o setor foi penalizado pela descoberta do rombo contábil bilionário na Americanas (AMER3) e o subsequente pedido de recuperação judicial. Hoje o grupo também foi pressionado por falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em viagem à Argentina para cumprir a agenda política internacional, Lula reacendeu um velho temor do mercado: o de que recursos do BNDES sejam utilizados para projetos dos países vizinhos.
Em conversa com empresários de Buenos Aires, o presidente afirmou que o banco voltará a financiar obras de engenharia de empresas brasileiras no exterior.
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Já o ministro da Fazenda falou sobre outra instituição financeira pública, o Banco do Brasil (BBAS3). Haddad disse que o BB financiará exportações argentinas.
Apesar de ter garantido que o banco “não tomará risco em crédito de exportação”, as declarações levaram os papéis BBAS3 a inverter o sinal e fechar em queda.
No final do dia, pesou mais a má performance dos bancos do que os ganhos das commodities, e o Ibovespa — que havia passado a maior parte do pregão no azul — fechou em baixa de 0,27%, aos 111.737 pontos. Já o dólar à vista registrou um leve recuo de 0,15%, cotado em R$ 5,20.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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