As oscilações do mercado financeiro importam? Descubra por que o investidor deve enxergar além do sobe e desce da bolsa
Afinal, como lidar com as alterações de humor do mercado? O segredo pode estar na ignorância; entenda mais.

Humildade intelectual é uma das virtudes mais nobres de uma pessoa. Eu diria até que é a maneira mais fiel de ser honesto consigo mesmo.
Afinal, reconhecer aquilo que não se sabe em uma sociedade que precisa de respostas o tempo todo não é algo trivial.
Já disse Epicteto, um dos pais do estoicismo, há milhares de anos: “é impossível para um homem aprender o que ele acha que já sabe”.
Se na vida a humildade já é importante, no mercado financeiro ela é imprescindível.
Embora seja possível fazer conta e traçar cenários para diversas variáveis como juros, câmbio, valor justo de uma ação, a verdade é que não existe certeza de nada.
Aliás, se existe alguma certeza, é que na maioria das vezes não sabemos o suficiente.
Uma ação pode cair por inúmeros motivos: pode cair porque frustrou na entrega de resultados, porque o juro vai subir e ela tem muita dívida, porque vai precisar aumentar capital para diminuir o endividamento...
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Aliás, uma ação pode cair muito abaixo do seu preço justo, simplesmente pelo fato de ter alguém precisando vendê-la para honrar obrigações que não têm nada a ver com o momento operacional da empresa.
No Market Makers, a humildade é encarada como um trampolim que nos ajuda a aprender algo diariamente e uma disciplina que nos prepara para os diversos cenários possíveis.
Dentre os tantos aprendizados que tivemos nesses 12 meses de Market Makers FIA, eu diria que um deles – talvez o maior – foi não se deixar influenciar tanto pelos sentimentos de depressão e euforia do Senhor Mercado.
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Abaixo, eu vou tentar seguir uma ordem cronológica dessa característica bipolar do Sr. Mercado:
Em outubro, quando lançamos o fundo, o 1º turno das eleições havia acabado de acontecer e o mercado estava animado com o fato da maioria eleita no Congresso brasileiro ter viés de direita.
Em novembro, o mercado ficou pessimista quando Lula venceu as eleições e passou a acreditar que a Selic, que naquela altura do campeonato estava em 13,75%, poderia subir ao longo de 2023.
Entre janeiro e maio, a expectativa de juro alto, a fraude em Americanas e o crescente número de empresas entrando com pedidos de recuperação judicial fizeram o mercado de crédito secar, espalhando ainda mais pessimismo no eixo Faria Lima-Leblon.
Entre maio e agosto, o pessimismo deu lugar a uma tremenda euforia com o mercado precificando um juro de longo prazo em 8,5%.
No fechamento de ontem, o mercado já precificou um juro longo ao redor de 10% novamente e o Índice Small Caps – que melhor representa a economia doméstica –, que chegou a subir 18% no ano até agosto, agora sobe apenas 3% em 2023.
O mercado continua acreditando que o juro vai cair, mas não tanto quanto o imaginado.

Perceberam como o mercado é um pêndulo que oscila entre a euforia e a depressão?
Isso acontece porque o mercado é feito de pessoas e as pessoas não apenas têm sentimentos diversos, como também possuem processos de investimentos diferentes e objetivos de retorno diferentes.
E apesar de serem diferentes, as pessoas seguem comportamentos semelhantes: a dor de perder dinheiro é muito mais forte que o prazer de ganhar dinheiro, é menos dolorido perder dinheiro com todo mundo do que perder sozinho, e por aí vai.
Partimos, então, do pressuposto que poucos conseguem prever com eficácia o rumo das variáveis macroeconômicas (juros, câmbio, crescimento do PIB) e que não saberemos a próxima narrativa que irá vingar no mercado.
Desse modo, o que nós fazemos no Market Makers é dedicar todo o nosso tempo estudando empresas que acreditamos que podem ser bons investimentos.
Achamos que é muito mais prazeroso estudar uma empresa profundamente e tentar entender as coisas que ela faz de bom do que tentar adivinhar se o mercado vai subir ou cair amanhã ou depois.
Ao focar naquilo que podemos controlar, ficamos menos expostos ao que ‘sabemos que não sabemos’, ao mesmo tempo em que nos aprofundamos naquilo que temos condição de aprender, que são as empresas.
Um abraço,
Matheus Soares
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