Por que o dólar voltou a subir para perto de R$ 5? Veja três motivos que dão gás à moeda norte-americana
Durante o pregão, o dólar atingiu R$ 4,9870, na máxima intradiária; a cautela no exterior é um dos motivos para a alta

O breve alívio do dólar na semana passada não se sustentou, e a moeda americana voltou a se aproximar dos R$ 5 nesta terça-feira (26).
Durante o pregão, o dólar atingiu R$ 4,9936 na máxima intradiária, com alta de 0,55%. E, mais uma vez, as principais razões vêm de fora.
No final do dia, a moeda americana encerrou as negociações a R$ 4,9871, com avanço de 0,42%, no maior patamar desde 1º de junho.
As decisões dos bancos centrais, sobretudo do Federal Reserve (Fed), dão força ao dólar em relação a várias moedas, inclusive o nosso real.
Mas o cenário doméstico também dá uma pitada de contribuição para a pressão sobre o câmbio. Confira a seguir três razões para a alta do dólar:
1 - Juros nos EUA
Na semana passada, o Federal Reserve (Fed) manteve os juros norte-americanos no intervalo entre 5,25% a 5,50% ao ano, pela segunda vez consecutiva. Contudo, essa decisão já era esperada.
Leia Também
A “surpresa” veio do tom duro do presidente do Fed, Jerome Powell, ao afirmar que os juros devem permanecer restritivos por mais tempo nas terras do Tio Sam, a fim de retornar a inflação à meta de 2% neste ano.
Desde então, a incerteza sobre a duração do aperto monetário — e a expectativa de afrouxamento mais distante a cada reunião do Fed — fez com que os investidores dessem um passo atrás, novamente, nos investimentos nas bolsas de valores.
Os rendimentos dos Treasuries, por exemplo, são um termômetro das perspectivas dos investidores sobre a trajetória dos juros futuros.
Ontem (27), o rendimento dos títulos do tesouro americano de 10 anos atingiu 4,54%, atingindo o seu nível mais elevado desde 2007.
Além disso, uma luz amarela acendeu nesta semana: a possibilidade de paralisação das atividades do governo norte-americano com o “fantasma” do calote ressurgindo. O Congresso precisa chegar a um acordo e aprovar um projeto de lei de gastos até 1º de outubro.
2 - Incertezas sobre a China
A crise do setor imobiliário chinês ganhou novos desdobramentos nesta semana, e as preocupações sobre a economia do Gigante Asiático voltaram a injetar cautela nos mercados internacionais.
No início da semana, a problemática Evergrande informou que está impossibilitada de emitir novos títulos, em mais um desdobramento da crise de liquidez enfrentada pelo grupo chinês.
Anteriormente, a empresa já havia anunciado o cancelamento de um programa de reestruturação da dívida.
As preocupações com a incorporadora vêm se refletindo no desempenho do minério de ferro: ontem (25), a commodity fechou em queda superior a 2%; hoje, estendeu as perdas e encerrou as negociações em Dalian com recuo de 1,64%, com a tonelada cotada a US$ 115.
Em resumo, o mercado imobiliário na China é um dos principais impulsionadores da economia local, ou seja, uma desaceleração do setor impacta diretamente no crescimento do país — e, consequentemente na economia global, já que trata-se da segunda maior economia do mundo.
3 - Impacto do Copom e Fiscal no dólar hoje
Ainda que o cenário fiscal tenha deixado de ser o principal foco da atenção dos investidores nos últimos dias, os indicadores macroeconômicos “agitam” o mercado cambial.
Nesta terça-feira (26), o destaque do dia foi a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, o colegiado decidiu pelo corte de 0,50 pontos percentuais pela segunda vez consecutiva e que levou a Selic para o nível de 12,75% ao ano.
No documento, o colegiado manteve o posicionamento de manutenção do ritmo de cortes de mesma magnitude na taxa Selic até próximo do fim do ciclo de quedas, em meio a um "cenário que inspira cautela".
As preocupações do mercado em torno da capacidade do governo de cumprir o arcabouço fiscal também pesam sobre o dólar.
Até o momento, as principais medidas de ajuste das contas públicas propostas pelo governo se concentram nas receitas e ainda dependem da aprovação do Congresso para saírem do papel.
Por fim, o relator da Reforma Tributária no Senado, senador Eduardo Braga (MDB-AM), confirmou que não apresentará o parecer da proposta na próxima semana. Segundo o parlamentar, o parecer deve ser apresentado até o dia 20 de outubro.
Mudanças na contabilização dos precatórios propostas pelo governo também entraram no radar dos investidores.
Méliuz (CASH3) levanta R$ 180,1 milhões com oferta de ações; confira o valor do papel e entenda o que acontece agora
O anúncio de nova oferta de ações não foi uma surpresa, já que a plataforma de cashback analisava formas de levantar capital para adquirir mais bitcoin
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF