Fundos imobiliários de papel ou de tijolo? Veja o quanto investir em cada categoria em busca de dividendos e ganho de capital
Segundo Fernando Crestana, sócio da área imobiliária do BTG Pactual, há diversas oportunidades no mercado de FIIs

A melhora nas condições macroeconômicas brasileiras contribuíram para que o mercado de fundos imobiliários retornasse aos maiores patamares desde a pandemia de covid-19.
A notícia é positiva para a indústria, mas o avanço das cotas listadas na B3 coloca uma pulga atrás da orelha dos investidores: será que acabaram os descontos entre os FIIs negociados na bolsa de valores?
Segundo Fernando Crestana, sócio da área imobiliária do BTG Pactual, a resposta é não. “Claramente temos oportunidades no mercado, seja pelo viés dos ativos reais, da análise fundamentalista ou técnica”, afirmou o especialista no BTG Talks, evento sobre investimentos promovido pelo banco.
O responsável pela cobertura de FIIs na instituição financeira reconheceu que o avanço de medidas de controle das contas públicas, como o novo arcabouço fiscal, e as expectativas de ancoragem da inflação no próximo ano trazem mais atratividade para o mercado e contribuem para a eliminação nos descontos nas cotas.
Mas Crestana ainda enxerga oportunidades para a captura de ganho de capital com FIIs, especialmente os de tijolo, que investem em ativos reais como galpões, shoppings e escritórios.
A classe foi parcialmente ignorada pelos investidores de varejo no último ciclo de alta dos juros, pois, na comparação com os fundos de papel — que aplicam em títulos de crédito imobiliário —, costuma pagar dividendos menores.
Leia Também
O especialista relembra, porém, que não é correto considerar apenas o yield, ou rendimento, dos fundos para tomar uma decisão de investimentos. É preciso calcular também as perspectivas de valorização dos ativos dos fundos ao longo dos próximos anos.
“É na disciplina mensal de reinvestir os dividendos, rebalancear a carteira, reinvestir, estudar o mercado que está a criação de valor de um portfólio”, afirma.
Especialista sugere alocação para a carteira de fundos imobiliários
Para quem também está de olho nas perspectivas de ganho de capital com fundos imobiliários, Crestana recomenda uma alocação para a carteira que considera o potencial das duas classes de FIIs.
De acordo com o especialista, de 30% a 35% do portfólio deve estar alocado no papel: “Apesar da expectativa de queda dos juros, os fundos de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são as ‘vacas leiteiras’ da indústria, com previsibilidade de dividendos e blindagem macroeconômica.”
Já para o tijolo, o chefe da área de FIIs do BTG indica reservar 35% a 40% da carteira. Dentro dessa fatia, a aposta dele é em um mix dos três principais segmentos — logística, shoppings e escritórios — para reduzir riscos e maximizar o potencial de valorização dos imóveis.
Crestana acredita ainda que os Fundos de Fundos, ou FOFs, com desconto nas cotas e boa gestão, devem estar presentes em até 15% da carteira e o investidor deve reservar cerca de 10% dos recursos em caixa para oportunidades que possam surgir no mercado.
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições
Trump anuncia tarifa de 100% sobre chips e dispara rali das big techs; Apple, AMD e TSMC sobem, mas nem todas escapam ilesas
Empresas que fabricam em solo americano escapam das novas tarifas e impulsionam otimismo em Wall Street, mas Intel não conseguiu surfar a onda