“O TikTok é a televisão da geração Z”: a rede social das ‘dancinhas’ amadureceu e está deixando Mark Zuckerberg furioso

Você pode ficar surpreso ao ler isto, visto que é provável que não seja um dos mais de 1 bilhão de pessoas ativas na rede, mas o TikTok pode estar bem perto de superar o Instagram.
Apesar de ainda estar atrás dos 2 bilhões de usuários do Instagram, a rede da ByteDance foi o aplicativo mais baixado de 2021 e possui uma verdadeira legião de pessoas que consomem o feed infinito de clipes curtos entregues instantaneamente.
Quando o assunto é o tempo gasto pelo usuário, a rede social das dancinhas já venceu a de Mark Zuckerberg tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Por aqui, um usuário médio gasta cerca de 20 horas por mês na rede chinesa, em solo norte-americano esse número chega a quase 30 horas.
Em contraposição, o tempo despendido no Instagram pelos brasileiros é de 11 horas mensais, já os norte-americanos passam 8 horas por mês na rede, de acordo com dados do relatório da consultoria AppAnnie e do pesquisador móvel Data.ai. Scott Galloway, professor da Stern School of Business da Universidade de Nova York.
Agora você pode estar pensando: “eu é que não vou entrar nessa rede, só tem dancinhas e conteúdos fúteis”. Acontece que isso mudou e o TikTok teve um amadurecimento impressionante do ponto de vista do conteúdo disponibilizado.
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Não é só conteúdo ‘nutella’, nem só dancinha
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O TikTok está deixando Mark Zuckerberg maluco?
Em 2021, o TikTok arrecadou quase US$ 4 bilhões em receita principalmente com publicidade, de acordo com a pesquisa eMarketer. "É definitivamente uma ameaça ao Google e ao Facebook", disse Pieter-Jan de Kroon, diretor executivo da empresa de publicidade online Entravision MediaDonuts.
A rede social cobra atualmente US$ 2,6 milhões por um dia de exibição de um anúncio no TopView — o primeiro vídeo que aparece no feed dos usuários —, de acordo com informações da Bloomberg.
Para você ter uma noção, um anúncio de 30 segundos no SuperBowl custa US$ 6,5 milhões, mas o TikTok tem uma vantagem: pode cobrar o valor diariamente.
“O TikTok é a TV da geração Z”, disse Jo Cronk, presidente da empresa de marketing Whalar. “Se você quer que sua marca, seu produto, seu serviço chame a atenção da Geração Z, isso não é negociável hoje.”
Enquanto isso, Mark Zuckerberg vai à loucura e tenta exterminar o rival. Para tanto, o Instagram está investindo pesado no reels, que é praticamente uma cópia do formato chinês.
Além disso, ele foi acusado de patrocinar uma campanha contra a rede asiática, pagando até por artigos de opinião que incitassem o ódio contra o TikTok.
TikTok e o soft power
A disputa entre esses gigantes se dá em um cenário em que a tensão entre Estados Unidos e China está cada vez maior e os americanos têm perdido espaço no tabuleiro internacional.
Recentemente, o colunista do Seu Dinheiro, Ivan Santa’anna, deixou claro que a partir de agora é uma questão de tempo até que o gigante asiático vença a terra do tio Sam e inicie um novo império econômico global, você pode saber mais detalhes sobre isso ao clicar aqui.
Agora você pode estar se perguntando: o que essas redes sociais têm a ver com isso? A resposta está na batalha pelo soft power, ou seja, aquele o poder de uma nação em criar narrativas culturais e ditar o que é viral e o que cai no esquecimento.
“O TikTok é uma rede de marketing de influência. Potencializar e criar imagens do zero é um importante papel entre as mídias sociais: como fonte de tendências, similar ao papel agregado ao Twitter que, ainda hoje, é fonte de notícias. Isto é, muitas coisas começam na plataforma para depois partirem para outras redes e à vida offline”, afirmam Juliana R. Corrêa, bacharel em relações internacionais, e Ergon Cugler, pesquisador de políticas públicas da USP, em um artigo para o Le Monde Diplomatique Brasil.
No artigo, eles apontam que a batalha trata-se de qual é a companhia que vai definir os moldes que são calibrados para pautar a realidade e conduzi-la de acordo com os interesses das potências de mercado.
Ou seja, a disputa entre as duas plataformas é bem mais complexa do que uma simples ‘birra’ de Mark Zuckerberg. Vamos ver quem vencerá.
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