A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pré-candidata ao Senado, informou durante evento em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, que a Petrobras fechou com o grupo russo Acron a compra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), localizada na cidade.
Segundo a ministra, a informação foi recebida por telefone do próprio presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna, conforme informa o site do governo do Estado anfitrião.
De acordo com o secretário Jaime Verruck, da secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de MS, as condições da negociação devem ser divulgadas pela Petrobras em fato relevante na semana que vem.
Ele explicou, no site do governo do Estado, que o governo, a Prefeitura de Três Lagoas, a Petrobras e a Acron vão se reunir para negociar doação de terreno e concessão de incentivos fiscais.
A estatal colocou a unidade à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.
A empresa russa manifestou interesse na compra da fábrica, mas depois desistiu diante do empecilho para o fornecimento do gás natural, que viria da Bolívia. Com o avanço das negociações, a venda foi finalmente fechada, segundo a ministra.
A UFN3
A Unidade de Fertilizantes Nitrogenados foi projetada pela Petrobras visando a produção de ureia e amônia em volume suficiente para que fosse possível depender menos de importações.
A prefeitura de Três Lagoas doou um terreno para a Petrobras, que iniciou as obras ainda em 2011, através da Galvão Engenharia e de um consórcio chinês.
A obra enfrentou dificuldades até que, em 2014, a Petrobras rescindiu contratos com as empreiteiras e a obra parou. O investimento até esse momento tinha sido de R$ 3 bilhões e faltava menos de 20% para que o serviço fosse concluído.
Em 2017 a Petrobras decidiu vender a planta e depois de idas e vindas na justiça, em 2019 recebeu sinal verde do STF.
A partir daí, foi à procura de compradores. Demorou mas encontrou. Agora, resta conhecer os detalhes da negociação.
*Com informações do Estadão Conteúdo