E agora, Nubank (NUBR33)? Banco Central aperta regras de capital para fintechs
A lista de instituições que precisarão se adequar à nova norma do BC não foi divulgada, mas deve atingir gigantes como o Nubank
O Banco Central anunciou uma série de regras que vão demandar mais capital das fintechs, as novas empresas de tecnologia que entraram no setor financeiro. A lista de instituições que precisarão se adequar à nova norma não foi divulgada, mas deve atingir gigantes como o Nubank (NUBR33).
O aperto na regulação para as fintechs maiores era uma demanda dos grandes bancos. Isso porque essas empresas apresentaram forte crescimento e passaram a atuar em diversas áreas, mas ainda contavam com regras mais brandas.
O Nubank, por exemplo, foi inicialmente autorizado a funcionar como instituição de pagamento, a partir da regra criada pelo BC em 2013 para estimular a competição no setor financeiro. Desta forma, conseguiu operar com bem menos restrições regulatórias do que os bancos tradicionais.
Agora, o Nubank atua não só como uma empresa de cartões de crédito como também possui uma financeira e uma corretora.
Quanto maior, mais regulada
Com a mudança, as fintechs que passaram a atuar como conglomerados financeiros passarão a ter os mesmos requerimentos de capital dos bancos — de acordo com o porte e a complexidade.
Ricardo Moura, chefe do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do Banco Central, destacou que as regras mais brandas permitiram o surgimento de novas empresas no setor financeiro e o aumento da inclusão financeira do país.
Leia Também
“Algumas instituições de pagamento cresceram, passaram a oferecer novos produtos, e aquelas regras criadas no início desse processo não fazem muito sentido”, afirmou, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira.
A exigência de mais capital para operar torna a atividade de intermediação financeira mais cara. Por outro lado, aumenta a segurança do sistema como um todo.
Capitalizado com os recursos da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) realizada no ano passado, o Nubank não deve encontrar maiores dificuldades para se adequar à regra.
Ao mesmo tempo, o BC procurou manter as regras simplificadas para instituições de pagamento que não têm ligações com instituições financeiras. A ideia é manter espaço para a entrada de novos concorrentes no sistema.
O que deve mudar para o Nubank e outras fintechs
As normas do BC dividiram as instituições de pagamento em três categorias:
- Tipo 1: conglomerado liderado por instituição financeira;
- Tipo 2: conglomerado liderado por instituição de pagamento e não integrado por instituição financeira ou por outra instituição autorizada a funcionar pelo BC; e
- Tipo 3: conglomerado liderado por instituição de pagamento e integrado por instituição financeira ou outra instituição autorizada a funcionar pelo BC.
As fintechs classificadas no tipo 3 — como deve ser o caso do Nubank — passarão a ter regras de capital mínimo semelhantes às dos bancos.
Pelas normas do BC, as instituições financeiras são classificadas em cinco segmentos, de acordo com o porte. Os grandes bancos — Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander — estão no segmento S1, o mais rigoroso.
As fintechs do tipo 3 entrarão entre os segmentos S2 e S5, de acordo com o tamanho. Ou seja, elas ainda terão alguma vantagem em relação aos bancões.
As novas regras entram em vigor em janeiro de 2023 de forma gradual até a implementação completa em janeiro de 2025.
Leia também:
- Nubank (NUBR33): ações disparam após UBS afirmar que corretora do banco pode ser ameaça para a XP; saiba os motivos
- Nubank (NUBR33) e Banco do Brasil (BBAS3) caíram? Usuários reclamam de instabilidade no app
- C6, Inter e fintechs de grandes bancos avançam e acirram disputa pelo pódio dos aplicativos de contas digitais
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
