JP Morgan coloca em dúvida modelo de lojas físicas da Americanas (AMER3) e rebaixa ações para venda; papéis desabam na bolsa
O preço-alvo das ações para dezembro de 2023 foi de R$ 17 para R$ 12,50, um valor 20% menor do que o último fechamento dos papéis (R$ 15,16).

Não é só Brasília que terá um novo comandante a partir do dia primeiro de janeiro — na Americanas (AMER3), a data será marcada pela chegada de Sergio Rial, ex-Santander, ao comando da companhia.
A Era Rial deve ser marcada por uma virada na gestão, com um foco maior no fortalecimento da execução dos projetos da companhia, incluindo uma maior integração entre a operação física e virtual — herdada da ex-B2W.
Apesar das mudanças no alto escalão da companhia serem vistas com otimismo no longo prazo, os analistas do JP Morgan decidiram rebaixar as ações AMER3 de neutro para venda.
O preço-alvo das ações para dezembro de 2023 também mudou — indo de R$ 17 para R$ 12,50, um valor 20% menor do que o último fechamento dos papéis (R$ 15,16).
Para o banco de investimentos, a grande pedra no sapato da companhia está, atualmente, em sua complexa estrutura de capital e no alto patamar de suas despesas financeiras, já que os níveis de endividamento cresceram nos últimos três anos e há dúvidas quanto ao modelo de lojas físicas hoje executado pela companhia.
De acordo com os cálculos do JP, no ritmo atual de endividamento, o fluxo de caixa da companhia seguirá comprometido até 2026 e só será possível ver um lucro por ação positivo em 2024.
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Para contornar o problema, os analistas apontam que uma reestruturação do capital atual é necessária — principalmente no que diz respeito ao modelo físico das Lojas Americanas.
Com o balanço do terceiro trimestre marcado para ser divulgado amanhã (10), as ações AMER3 despencam nesta quarta-feira (09) na bolsa. Os papéis terminaram o dia em queda de 8,44%, a R$ 13,89.
Modelo ultrapassado?
A grande estrutura da Lojas Americanas é tradicional e muito marcante na vida dos brasileiros, mas o modelo é colocado em xeque pelos analistas do banco americano.
Isso porque as vendas seguem em declínio, no que parece ser uma tendência de longo prazo. As novas unidades abertas também apresentam uma performance abaixo do esperado — e ainda que a nova gestão encontre uma saída para o problema, será preciso tempo até que os resultados sejam vistos com clareza.
Historicamente, os pontos físicos sempre foram os principais geradores de caixa para a companhia, mas a intensa migração de consumidores para plataformas de e-commerce e uma menor produtividade dos espaços surgem como empecilhos modernos.
Alavancagem em alta
Sem a galinha dos ovos de ouro gerando os resultados esperados, a companhia vem queimando caixa e aumentando o seu endividamento.
Apesar de a emissão de debêntures ter gerado uma estrutura mais confortável de débito — com grandes pagamentos previstos apenas para 2024 —, as despesas financeiras seguem altas, pesando sobre as margens e dificultando o caminho até uma operação lucrativa, o que só deve acontecer em 2024.
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