Problemas na decolagem: Eve, dos carros voadores da Embraer (EMBR3), precisará refazer o balanço do 2º trimestre
Questões contábeis envolvendo os bônus de subscrição geraram inconsistências no balanço da Eve; a Embraer (EMBR3) também será impactada

Um balanço trimestral é uma espécie de fotografia do momento operacional e financeiro de uma empresa; analisar uma série de resultados, assim, é como acompanhar um álbum — foto após foto, você vê o desenvolvimento das companhias. Pois a Eve, controlada da Embraer (EMBR3) que fabrica 'carros voadores', precisará de um novo retrato.
Há pouco, a empresa brasileira informou que a Eve irá "refazer e republicar" as demonstrações financeiras do segundo trimestre de 2022. E isso porque foi encontrada uma inconsistência contábil no balanço — o problema está na maneira como alguns bônus de subscrição (warrants, em inglês) foram lançados.
E qual o tamanho do problema? A Eve estima que, revisado o balanço, haverá um aumento de US$ 87 milhões na linha de despesas não-caixa; falamos, portanto, de um efeito que incide na linha do resultado financeiro da companhia. Em paralelo, também será feito um aumento no capital social da controlada da Embraer de mesma magnitude.
A notícia foi mal recebida pelo mercado: na NYSE, as ações da Eve (EVEX) fecharam o pregão desta quinta-feira (29) em forte queda de 9,80%, a US$ 9,94 — os erros foram relatados à SEC, a CVM americana, ainda durante a manhã.
Vale lembrar que a companhia estreou em Wall Street em maio deste ano; o balanço problemático, assim, é o primeiro a ser divulgado desde que a Eve abriu o seu capital, fruto de uma fusão com a SPAC Zanite. Uma decolagem nada tranquila para a empresa de carros voadores na bolsa americana.
Embraer (EMBR3) e Eve: há uma contaminação?
No comunicado, a Embraer (EMBR3) diz que os problemas contábeis nos bônus de subscrição não devem afetar outras linhas do balanço da Eve, e que os trimestres anteriores não tiveram inconsistências; a liquidez e o cumprimento de obrigações contratuais também devem permanecer intactos.
Leia Também
Dito isso, há uma questão a ser considerada: a Embraer ainda é dona de cerca de 90% do capital da Eve. Sendo assim, quais ajustes a empresa brasileira precisará fazer nos seus resultados do segundo trimestre? Bem, nem a própria companhia sabe ao certo.
"A Embraer está avaliando, junto com seu auditor independente, os efeitos que as alterações que a Eve Holding fará nas DFs da Eve Holding do 2º Trimestre de 2022 deveriam ter sobre as Informações Trimestrais – ITR da Embraer relativas ao 2º trimestre de 2022", diz a empresa.
De qualquer modo, a Embraer já se antecipa e diz estimar um aumento de US$ 82 milhões nas despesas não-caixa do segundo trimestre; a cifra pode aumentar para US$ 83 milhões, a depender das interpretações contáveis envolvendo a transação com o SPAC que viabilizou a abertura de capital da Eve nos EUA.
Por aqui, a notícia também fez preço, embora de maneira menos intensa que a vista lá fora: as ações EMBR3 fecharam em queda de 6,93%, a R$ 11,95.
Depois de um ‘quase divórcio’ na Azzas 2154 (AZZA3), mudanças no conselho levantam bandeira branca
Na manhã desta segunda-feira (30), a companhia anunciou mudanças no conselho de administração; entenda a situação e veja como ficou o quadro
Guararapes (GUAR3): CFO Miguel Cafruni fala da dor e delícia de ter a cadeia completa, e da virada de chave na gestão da dona da Riachuelo
No cargo há pouco mais de um ano, executivo aponta desafio de buscar mais receita e margem e reduzir o endividamento da companhia
Trump afirma já ter um novo dono para o TikTok, mas venda ainda não saiu do papel; entenda o que falta
Com novo prazo, a ByteDance precisa chegar a um acordo até 17 de setembro para evitar um banimento nos EUA
IMC conclui parceria milionária com KFC no Brasil e ajusta estrutura operacional
A operação, que vinha rondando os mercados desde março, cria uma joint venture entre a empresa e uma afiliada da Kentucky Foods Chile
Tecnisa (TCSA3) mira venda de sete terrenos à Cyrela (CYRE3) por R$ 450 milhões; confira o que falta para a operação sair do papel
Além dos terrenos, a operação envolve a venda de CEPACs — títulos que permitem construir acima do limite urbano
Dividendos e JCP: Lojas Renner (LREN3) vai distribuir mais de R$ 200 milhões aos acionistas; confira os detalhes
A varejista de roupas pagará o valor bruto de R$ 0,203061 por ação ordinária, e o dinheiro deve cair na conta dos acionistas em 15 de julho deste ano
Dança das cadeiras: Engie Brasil faz mudanças na diretoria e cria nova área de energias renováveis
Alterações visam alinhamento ao modelo operacional global do grupo
Fale agora ou cale-se para sempre: Minerva (BEEF3) entra com recurso no Cade contra fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
A companhia alega ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica que o aval ao “casamento” desconsidera impactos relevantes à concorrência
Argo e Replan se juntam para criar terceira maior administradora de shoppings do Brasil; conheça
Com 30 shoppings distribuídos pelo país e cerca de R$ 10 bilhões em vendas por ano, conheça a nova gigante do setor
Compra do Banco Master pelo BRB: Galípolo diz que Banco Central precisa de mais informações para avaliar
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda aval da autoridade monetária
Cashback ou BTC: afinal, qual é o modelo de negócios do Méliuz? Falamos com o head da Estratégia Bitcoin da empresa
A empresa diz que o foco em cashback continua valendo como forma de gerar receita; desde o ano passado, porém, a maior parte de seu caixa vem sendo alocado em criptomoedas
Hermanos no contra-ataque: Mercado Livre (MELI34) reage à ofensiva de Amazon e Shopee no Brasil, aponta Itaú
O cenário do e-commerce brasileiro parece uma disputa de mundial, com “seleções” da Argentina, EUA e Cingapura lutando pela “taça” — e todas de olho na entrada da China na competição
Ações da Casas Bahia (BHIA3) voltam a cair hoje após Mapa Capital assinar acordo com bancos para assumir dívida de R$ 1,6 bilhão da varejista
Em meio ao processo de conversão de títulos de dívidas, os papéis da varejista vêm apanhando na bolsa brasileira
Prio (PRIO3) é eleita a favorita do setor pelo Itaú BBA mesmo com queda no preço do petróleo; entenda as razões para a escolha
O banco reafirmou a recomendação de compra para as ações PRIO3 e estabeleceu um novo preço-alvo para o papel na esteira da aquisição da totalidade do campo de Peregrino
Subsidiária da Raízen (RAIZ4) emite US$ 750 milhões em dívida no exterior como parte de estratégia para aliviar Cosan (CSAN3)
A Raízen Fuels Finance, fará a oferta de US$ 750 milhões em notes com vencimento em 2032 e cupom de 6,25%.
Cogna (COGN3) capta US$ 100 milhões com Banco Mundial em busca de transformação digital
Os recursos irão financiar a transformação digital das atividades de graduação e da pós-graduação de uma vertical da companhia
Serena (SRNA3): decisão da AGE abre outro capítulo no fechamento de capital da empresa
A saída da elétrica da bolsa tem sido marcada por turbulências desde a proposta da Actis e do GIC, que ofereceram R$ 11,74 por ação da companhia
Por que as ações da Localiza e Movida despencaram na B3 — spoiler: tem a ver com o governo
Medida do governo pode impactar negativamente as locadoras de veículos, especialmente no valor dos seminovos
Crédito consignado privado ganha espaço no mercado sob liderança do Banco do Brasil (BBAS3), diz BofA
O banco americano considera que, além dos bons resultados ainda iniciais, a modalidade é uma tendência em ascensão
Mais etanol na gasolina: 4 empresas saem na frente, mas só uma é a grande vencedora, segundo o Santander
O cenário é visto como misto para as distribuidoras, mas as produtoras de biocombustíveis podem tirar algum proveito dessa nova regra