Tchau, CNN+! Warner Bros Discovery acaba com plataforma de streaming de notícias para bater de frente com a Netflix
O serviço de streaming será encerrado em 30 de abril, com menos de um mês desde sua estreia; término da plataforma vai impactar os mais de 600 funcionários da CNN+

Dizem que há uma diferença entre alegria e felicidade. A alegria seria uma situação momentânea de contentamento, enquanto a felicidade se trataria de um estado de espírito constante. Porém, a CNN pode comprovar que nem mesmo a felicidade dura para sempre.
No caso da empresa, o sentimento de euforia durou menos de um mês. Ao final de março, a companhia lançou o CNN+, sua plataforma de streaming de notícias, considerada um dos desenvolvimentos mais significativos da história da CNN quando foi inaugurada.
O serviço de streaming possui horas de programação diária ao vivo e shows semanais, incluindo de grandes talentos de outras redes, como Kasie Hunt, da NBC, e Chris Wallace, da Fox News, que integraram a equipe da CNN+.
Porém, na última quinta-feira (21), a administração da Warner Bros Discovery (fusão da WarnerMedia, antiga controladora da CNN, com a Discovery) decidiu acabar com o sistema de streaming, e anunciou que o serviço será encerrado em 30 de abril.
Por que a Warner Bros Discovery acabou com a CNN+?
A disputa pelo coração dos telespectadores e a conquista do maior número de assinantes está cada vez mais acirrada entre as plataformas de streaming. É justamente esse o fundamento da decisão da Warner Bros Discovery para encerrar a CNN+.
Apesar da concorrente Netflix estar passando por poucas e boas nos últimos dias, reportando queda na sua base de assinantes pela primeira vez em uma década e vendo suas ações despencarem em Nova York, a Warner Bros Discovery não está nem perto de desacelerar a briga.
Leia Também
A existência de um programa de streaming só para a veiculação de notícias ia diretamente contra o objetivo do CEO da Warner Bros Discovery, David Zaslav, de abrigar todas as marcas da empresa sob um serviço de streaming.
“Em um mercado de streaming complexo, os consumidores querem simplicidade e um serviço completo, que ofereça uma experiência melhor e mais valor do que as ofertas independentes”, disse o chefe de streaming da Discovery, JB Perrette.
A controladora quer unificar todos os serviços em um só: HBO Max, Discovery+ e outra programação da WarnerMedia. Assim, a companhia oferecerá uma plataforma de streaming completa, incluindo notícias e esportes ao vivo.
Ou seja, se a empresa quer aumentar sua base de assinantes para o pacote completo, não faria sentido dividir recursos à CNN+, mas sim incluir a programação da plataforma de streaming de notícias no pacote maior.
Com o encerramento oficial da CNN+, parte da programação da plataforma poderá eventualmente continuar através do novo serviço unificado. O restante será incluído na principal rede de televisão da CNN.
O que vai acontecer com os funcionários da CNN?
Se, por um lado, o anúncio pode parecer positivo para os clientes da Warner Bros Discovery por oferecer simplicidade e a assinatura de um só serviço ao invés de vários, por outro, para os funcionários da CNN, a decisão não poderia ser mais negativa.
O novo CEO da CNN, Chris Licht, informou aos funcionários sobre a “novidade” afirmando que era uma "situação única de merda".
Atualmente, a companhia possui mais de 600 funcionários trabalhando em programas do serviço de streaming. Com o término da plataforma, centenas de funcionários da CNN+ podem perder seus empregos.
"Não é culpa sua que tenham puxado o tapete debaixo de você", disse Licht.
Pelos próximos três meses, todos os trabalhadores continuarão sendo pagos e receberão benefícios para “explorar oportunidades na CNN, CNN Digital e em outros lugares da família Warner Bros Discovery", afirmou o CEO.
Caso não entrem para outras partes da empresa, os funcionários receberão um mínimo de seis meses de rescisão.
Um apresentador da CNN+ que apresentaria um programa semanal na plataforma hoje descreve o futuro de seu programa como incerto.
Segundo o agente do funcionário, a empresa deixou claro que está comprometida em encontrar funções para os anfitriões do serviço de streaming.
O CEO da CNN afirmou que o lançamento da CNN+ foi “incrivelmente bem-sucedido". Desse modo, o motivo de seu término súbito seria a “incompatibilidade da plataforma com os planos da empresa recém-fundida”.
Briga de lideranças
O chefe de streaming da Discovery, JB Perrette, porém, acredita que a culpa do que está acontecendo com os funcionários não está na decisão da Warner Bros Discovery de encerrar a CNN+.
Para Perrette, parte da situação era evitável, se as antigas lideranças da CNN e da WarnerMedia não insistissem em continuar com o lançamento da plataforma de streaming de notícias.
Apesar de saberem que a fusão entre a WarnerMedia e a Discovery logo seria concluída, Jeff Zucker (ex-presidente da CNN) e Jason Kilar (ex-CEO da WarnerMedia), decidiram manter a estreia da CNN+ e investiram centenas de milhões de dólares no aplicativo.
A escolha ia diretamente contra as estratégias da Discovery, mas os executivos da companhia não podiam se pronunciar legalmente antes que o processo de fusão fosse fechado.
Agora, o vice-presidente executivo que cuida da CNN+ e de todos os negócios digitais da CNN, Andrew Morse, que trabalhou em estreita colaboração com Kilar e Zucker, também deixará a companhia.
"À medida que a empresa entra em um período emocionante de mudanças, fica claro que a visão que a nova liderança tem para o futuro é diferente daquela que tivemos. Tudo bem. Isso tudo faz parte da mudança", disse Morse.
*Com informações de CNN e CNBC
Depois de um ‘quase divórcio’ na Azzas 2154 (AZZA3), mudanças no conselho levantam bandeira branca
Na manhã desta segunda-feira (30), a companhia anunciou mudanças no conselho de administração; entenda a situação e veja como ficou o quadro
Guararapes (GUAR3): CFO Miguel Cafruni fala da dor e delícia de ter a cadeia completa, e da virada de chave na gestão da dona da Riachuelo
No cargo há pouco mais de um ano, executivo aponta desafio de buscar mais receita e margem e reduzir o endividamento da companhia
Trump afirma já ter um novo dono para o TikTok, mas venda ainda não saiu do papel; entenda o que falta
Com novo prazo, a ByteDance precisa chegar a um acordo até 17 de setembro para evitar um banimento nos EUA
IMC conclui parceria milionária com KFC no Brasil e ajusta estrutura operacional
A operação, que vinha rondando os mercados desde março, cria uma joint venture entre a empresa e uma afiliada da Kentucky Foods Chile
Tecnisa (TCSA3) mira venda de sete terrenos à Cyrela (CYRE3) por R$ 450 milhões; confira o que falta para a operação sair do papel
Além dos terrenos, a operação envolve a venda de CEPACs — títulos que permitem construir acima do limite urbano
Dividendos e JCP: Lojas Renner (LREN3) vai distribuir mais de R$ 200 milhões aos acionistas; confira os detalhes
A varejista de roupas pagará o valor bruto de R$ 0,203061 por ação ordinária, e o dinheiro deve cair na conta dos acionistas em 15 de julho deste ano
Dança das cadeiras: Engie Brasil faz mudanças na diretoria e cria nova área de energias renováveis
Alterações visam alinhamento ao modelo operacional global do grupo
Fale agora ou cale-se para sempre: Minerva (BEEF3) entra com recurso no Cade contra fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
A companhia alega ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica que o aval ao “casamento” desconsidera impactos relevantes à concorrência
Argo e Replan se juntam para criar terceira maior administradora de shoppings do Brasil; conheça
Com 30 shoppings distribuídos pelo país e cerca de R$ 10 bilhões em vendas por ano, conheça a nova gigante do setor
Compra do Banco Master pelo BRB: Galípolo diz que Banco Central precisa de mais informações para avaliar
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda aval da autoridade monetária
Cashback ou BTC: afinal, qual é o modelo de negócios do Méliuz? Falamos com o head da Estratégia Bitcoin da empresa
A empresa diz que o foco em cashback continua valendo como forma de gerar receita; desde o ano passado, porém, a maior parte de seu caixa vem sendo alocado em criptomoedas
Hermanos no contra-ataque: Mercado Livre (MELI34) reage à ofensiva de Amazon e Shopee no Brasil, aponta Itaú
O cenário do e-commerce brasileiro parece uma disputa de mundial, com “seleções” da Argentina, EUA e Cingapura lutando pela “taça” — e todas de olho na entrada da China na competição
Ações da Casas Bahia (BHIA3) voltam a cair hoje após Mapa Capital assinar acordo com bancos para assumir dívida de R$ 1,6 bilhão da varejista
Em meio ao processo de conversão de títulos de dívidas, os papéis da varejista vêm apanhando na bolsa brasileira
Prio (PRIO3) é eleita a favorita do setor pelo Itaú BBA mesmo com queda no preço do petróleo; entenda as razões para a escolha
O banco reafirmou a recomendação de compra para as ações PRIO3 e estabeleceu um novo preço-alvo para o papel na esteira da aquisição da totalidade do campo de Peregrino
Subsidiária da Raízen (RAIZ4) emite US$ 750 milhões em dívida no exterior como parte de estratégia para aliviar Cosan (CSAN3)
A Raízen Fuels Finance, fará a oferta de US$ 750 milhões em notes com vencimento em 2032 e cupom de 6,25%.
Cogna (COGN3) capta US$ 100 milhões com Banco Mundial em busca de transformação digital
Os recursos irão financiar a transformação digital das atividades de graduação e da pós-graduação de uma vertical da companhia
Serena (SRNA3): decisão da AGE abre outro capítulo no fechamento de capital da empresa
A saída da elétrica da bolsa tem sido marcada por turbulências desde a proposta da Actis e do GIC, que ofereceram R$ 11,74 por ação da companhia
Por que as ações da Localiza e Movida despencaram na B3 — spoiler: tem a ver com o governo
Medida do governo pode impactar negativamente as locadoras de veículos, especialmente no valor dos seminovos
Crédito consignado privado ganha espaço no mercado sob liderança do Banco do Brasil (BBAS3), diz BofA
O banco americano considera que, além dos bons resultados ainda iniciais, a modalidade é uma tendência em ascensão
Mais etanol na gasolina: 4 empresas saem na frente, mas só uma é a grande vencedora, segundo o Santander
O cenário é visto como misto para as distribuidoras, mas as produtoras de biocombustíveis podem tirar algum proveito dessa nova regra