A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública de interesse internacional por causa da disseminação da chamada varíola dos macacos.
O anúncio foi feito pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, durante entrevista coletiva concedida em Genebra, onde fica a sede da OMS.
“Temos um surto que se espalhou rápido pelo mundo, através de novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário Internacional”, explicou o diretor-geral da OMS.
Não há consenso na OMS sobre a varíola dos macacos
Não houve consenso entre os membros do Comitê de Emergência da OMS. Mesmo assim, Adhanom decidiu ir adiante com a declaração.
Trata-se da quinta vez em dez anos que a OMS emergência internacional de saúde. Entretanto, esta é a primeira vez em que isso ocorre sem um consenso
Segundo Adhanom, a rápida disseminação do vírus pelo mundo aumenta o risco de disseminação internacional.
Outra preocupação expressada por Tedros Adhanom diz respeito ao potencial do vírus de interferir em viagens de um país para outro, como ocorreu com a covid-19.
No entanto, a OMS considera o risco baixo no momento.
O que é a varíola dos macacos
A varíola dos macacos é causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele.
O contato pode se dar por meio de:
- abraços;
- beijos;
- relações sexuais; ou
- secreções respiratórias.
A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo infectado.
Casos da doença
Há um mês, havia 3.040 casos confirmados de varíola dos macacos em 47 diferentes países.
Atualmente, há mais de 16 mil casos relatados em 75 países, com cinco mortes, disse Adhanom.
O Brasil soma atualmente 607 casos, segundo dados do Ministério da Saúde. Com isso, o Brasil figura entre os dez países com maior incidência da doença.
A maior parte dos casos (592) foi registrada em Estados da região Sudeste, sendo 438 em São Paulo.
*Com informações da Agência Brasil e da CNN.