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Ricardo Gozzi
SEU DINHEIRO NA COPA

O risco Neymar: para além da Copa, quanto pode custar o tornozelo machucado do craque?

Sem seguro individual para a maioria de seus jogadores, Paris Saint-Germain pode ter um prejuízo e tanto se Neymar ficar muito tempo fora

Ricardo Gozzi
28 de novembro de 2022
6:04 - atualizado às 10:39
Neymar em lágrimas
Neymar saiu machucado na estreia contra a Sérvia. Imagem: Montagem: Beatriz Azevedo

O Brasil enfrenta a seleção da Suíça a partir das 13h desta segunda-feira no Estádio 974, diferentão até no nome, pela segunda rodada da primeira fase da Copa do Mundo do Catar. E o técnico Tite terá desfalques de peso. O atacante Neymar e o lateral Danilo foram vetados pelo departamento técnico da seleção brasileira.

Na estreia, contra a Sérvia, os dois deixaram o campo com graves lesões no tornozelo. Feitos os exames, os médicos da seleção determinaram que Neymar e Danilo estão sem condições de ir a campo hoje. Eles provavelmente também não estarão disponíveis para o último jogo da primeira fase, contra Camarões.

Problemas para Tite

Embora Neymar seja considerado o craque da seleção, Tite tem excelentes jogadores à disposição no elenco para suprir a ausência do atacante.

O mesmo não se pode dizer de Danilo. O lateral-direito sofreu lesão muito parecida com a de Neymar no jogo contra a Sérvia e também estará fora dos próximos jogos.

O problema é que o substituto direto de Danilo seria o único atleta cuja convocação provocou polêmica - e até indignação: Daniel Alves. A solução encontrada por Tite foi improvisar o zagueiro Éder Militão na lateral.

Voltando a Neymar

A contusão de Neymar tem outros contornos. O mais óbvio deles é o futuro do Brasil na Copa. Em relação a isso, é possível assegurar que a seleção brasileira já não é mais tão 'Neymardependente' como em outras Copas.

Em 2014, por exemplo, Neymar foi quebrado nas quartas-de-final contra a Colômbia. Na semifinal, todo brasileiro sabe exatamente onde estava e o que fazia enquanto a Alemanha aplicava um humilhante 7 x 1 sobre o Brasil em pleno Mineirão.

A situação é bem diferente agora. Mesmo com a atuação apagada de Neymar e sua posterior contusão, o Brasil teve uma excelente atuação coletiva diante da Sérvia e venceu com autoridade.

Caso consiga manter o desempenho nos próximos jogos da primeira fase, o Brasil deve avançar sem dificuldade e chegar às oitavas-de-final fazendo jus ao favoritismo atribuído por especialistas, torcedores e até mesmo apostadores.

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Mas existem outros aspectos envolvendo a contusão. E eles extrapolam a Copa e vão muito além do campo.

Um deles é a questão financeira. Se a lesão for mais grave do que aparenta e Neymar ficar sem condições de jogo por um tempo prolongado, qual seria o custo disso para o Paris Saint-Germain, clube com o qual o atleta tem contrato?

Quando ainda estava no Barcelona, o argentino Lionel Messi virou notícia não apenas por suas atuações deslumbrantes, mas também pelos valores envolvidos no seguro pago pelo clube catalão pelas pernas do atleta.

A cobertura total da apólice de Messi alcançava impressionantes US$ 889,4 milhões em caso de “perda total”

As pernas de Neymar estão no seguro?

Ao longo dos últimos anos, as altas somas envolvidas nas transações de atletas levaram os principais clubes da Europa a contratarem seguro para seus elencos.

A intenção é atenuar perdas financeiras decorrentes de contusões, punições, invalidez permanente e até mesmo óbito dos atletas contratados.

A prática ainda é incipiente no Brasil. Na maioria dos casos, limita-se a uma apólice paga pela CBF cujo prêmio total não pode ultrapassar R$ 1,2 milhão por atleta profissional associado a ela.

Em 2017, quando o Paris Saint-Germain desembolsou 75 milhões de euros para tirar Neymar do Barcelona, o clube francês sondou o mercado com a intenção de fazer um seguro exclusivo para Neymar.

Entretanto, os altos valores envolvidos inibiram até mesmo o sólido fundo de investimento catari que opera o PSG.

Segundo relatos da imprensa francesa, a fama de baladeiro e as duras faltas das quais Neymar costuma ser vítima jogaram as cotações das seguradoras para algo em torno de 300 milhões de euros apenas pelo seguro individual do jogador.

A solução encontrada pelo PSG foi contratar um seguro para todo o seu elenco, que, além de Neymar, conta atualmente com astros como o francês Kylian Mbappé e o argentino Lionel Messi.

De acordo com a Atlas Magazine, publicação mensal especializada no mercado de seguros e que circula na Europa, na Ásia e na África, a apólice contratada pelo PSG junto ao Lloyd’s cobre até 1 bilhão de euros em despesas com ausências prolongadas por contusão no elenco do clube.

Pelas práticas mais comuns no mercado de seguros da Europa, nos casos cobertos pela apólice, o prêmio varia de 0,5% a 1,5% do valor da multa rescisória do atleta.

No que se refere a Neymar, a multa rescisória é estimada em 222 milhões de euros. Com isso, se o seguro precisar ser acionado, cobrirá um valor entre 1,11 milhão e 3,33 milhões de euros.

Não cobre nem um salário integral do jogador. Neymar ganha pouco de 4 milhões de euros por mês no PSG.

*Atualizada às 8h14 para informar que Éder Militão substituirá Danilo.

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