Diante de um cenário de altas nas cotações do petróleo, mesmo com o aumento de produção pela Opep, o novo presidente da Petrobras (PETR4), José Mauro Coelho, não descartou a possibilidade de reajustar novamente o preço dos combustíveis.
"Não podemos nos desviar da prática de preços de mercado", disse Coelho. E acrescentou que “em algum momento, os reajustes devem ser feitos para manter a saúde da companhia”.
Vale mencionar que o preço dos combustíveis no Brasil são reajustados conforme o mercado internacional, seguindo a política de paridade (PPI), desde 2016.
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Em videoconferência sobre o resultado na petroleira no primeiro trimestre, Coelho afirmou que os acionistas e os brasileiros podem voltar a confiar na companhia para ter retorno dos seus investimentos. A Petrobras apresentou um lucro recorde de R$ 44,5 bilhões entre os meses de janeiro e março deste ano e vai distribuir cerca de R$ 48 bilhões em dividendos.
Ele explicou que, quanto mais forte é o resultado da empresa, mais impostos são recolhidos para a União, o que beneficia a sociedade. "A arrecadação de R$ 70 bilhões em impostos no primeiro trimestre promove mais empregos, permite que Estados e municípios façam investimentos", disse.
E o preço da gasolina, como fica?
A Petrobras está a 57 dias sem mexer nos preços da gasolina e do diesel. Contudo, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a criticar os preços dos combustíveis durante o seu pronunciamento semanal nas redes sociais, na última quinta-feira (05).
Ele também pediu para a estatal não fazer reajustes, pois, segundo ele, poderiam “quebrar o Brasil”.
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Expectativas da Petrobras
Segundo o presidente da estatal, o foco da empresa continua na exploração do pré-sal. A expectativa é que das 15 plataformas que devem ser construídas nos próximos cinco anos, 13 serão para o pré-sal.
Além disso, a Petrobras espera aumentar a produção em 500 mil barris de petróleo por dia (bpd) nos próximos cinco anos, de acordo com o Plano Estratégico da companhia 2022-2026.
*Com informações de Estadão Conteúdo