A receita de um banco para os times de futebol brasileiros voltarem a disputar grandes títulos com os europeus
Criação de uma liga no molde das europeias e a adesão de mais clubes à Sociedade Anônima de Futebol (SAF) são cruciais, de acordo com analistas do BTG Pactual

O futebol brasileiro reinou por décadas como o melhor do mundo. Aqui e lá fora, Brasil era sinônimo de bom futebol. A Amarelinha era temida e respeitada. Seleções e clubes estrangeiros de todos os cantos do globo se gabavam quando conseguiam jogar “de igual para igual” contra qualquer representante brasileiro dentro das quatro linhas, mesmo que não fosse verdade.
Nas últimas poucas décadas, porém, o mundo do futebol virou de cabeça para baixo. Hoje, somos nós que comemoramos quando algum time brasileiro consegue não tomar uma surra de algum adversário europeu.
Talvez o marco maior da majestade perdida tenha sido a humilhante derrota por 7 x 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014 em pleno Brasil. Mas esse processo vem de antes, muito antes.
Já se vão dez anos desde que o Corinthians trouxe o título do Mundial de Clubes para o Brasil pela última vez — e vinte desde que a seleção brasileira conquistou sua última Copa do Mundo. E isso envolve a forma como o futebol brasileiro organiza e se financia.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Para o BTG, é possível recuperar a majestade perdida
Diante da dificuldade humana de lidar com o longo prazo, o ufanismo triunfante da mística da Amarelinha cedeu lugar a um viralatismo atávico.
Na visão de analistas do banco BTG Pactual, entretanto, o futebol brasileiro pode recuperar a majestade perdida - desde que mudanças estruturais ainda embrionárias sejam efetivamente implementadas e aproveitadas.
Leia Também
Para tanto, eles enxergam como cruciais a criação de uma liga no molde das europeias e a adesão de mais clubes à Sociedade Anônima de Futebol, mais conhecida como SAF. Aqui você pode ler algumas das matérias especiais do Seu Dinheiro sobre as SAFs.
“Para acompanhar as demandas dos investidores, a indústria do futebol brasileiro ainda precisa melhorar seu potencial de geração de receita, sustentabilidade financeira e competitividade”, argumentam Carlos Sequeira e Eduardo Rosman no relatório “Futebol Brasileiro - Importância das ligas na Europa e no Brasil”.
Na visão dos autores, um passo crucial nesse processo é a criação de uma nova liga brasileira de futebol que tenha como referência o modelo adotado pelas atuais potências futebolísticas europeias.
Primeiro as SAFs
Antes de se falar em liga, os analistas do BTG consideram fundamental uma maior adesão dos clubes à SAF, o que consiste em deixar para trás o modelo sem fins lucrativos predominante e passar a privilegiar uma lógica de mercado.
Para eles, a possibilidade de os clubes receberem investimentos e aprimorarem a gestão para aumentar a rentabilidade em algum momento resultará na melhora do desempenho em campo.
Cruzeiro, Botafogo e Vasco da Gama já alteraram seus regulamentos internos e firmaram parcerias com investidores no âmbito da legislação da SAF, que entrou em vigor em agosto do ano passado. Outro grande clube interessado no modelo é o Atlético-MG, atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil.
Para Sequeira e Rosman, isso é só o começo. “Acreditamos que nos próximos meses devemos ver cada vez mais transações no setor, com os clubes adotando o modelo de SAF e reestruturando suas equipes de gestão”, afirmam eles.
- Leia também: Ronaldo Fenômeno ficou maluco? Saiba como funciona a SAF, que permitiu ao craque pagar R$ 400 milhões pelo Cruzeiro
Desigualdade de renda no futebol
Distribuição de renda é um tema recorrente nas discussões sociopolíticas e econômicas, mas pouco presente no futebol. Pois a má distribuição da renda entre os clubes é o que está deixando o futebol brasileiro para trás, segundo o relatório do BTG.
Em países como Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e França, a cota de cada clube muda de acordo com o desempenho na liga a cada ano. Além disso, a discrepância na remuneração é muito menor do que a observada no futebol brasileiro.
Enquanto no Brasil, os clubes mais populares e com mais visibilidade na mídia ganham muito mais que os times de menor torcida e menos exposição, nas ligas europeias essa desigualdade é muito menor.
Pelas contas do BTG, se na liga inglesa o clube com a maior receita de transmissão ganha 1,6 vez mais que o de menor receita, o time com a maior receita no Campeonato Brasileiro arrecada 6,4 vezes mais que o de menor arrecadação.
E se a liga inglesa é a mais igualitária neste aspecto, a italiana é a mais desigual entre as analisadas na Europa (4,7 vezes).
Coincidência ou não, enquanto os clubes ingleses tornaram-se figurinhas carimbadas nas competições europeias, grandes potências do futebol italiano andam longe dos dias de glória, contando muito mais com uma “mística” cada vez mais em desuso por quem pretende ser levado a sério num campo de futebol.
Liga brasileira de futebol
Ainda que uma possível ampliação das SAFs atraia investidores locais e estrangeiros e tenha potencial para mudar o cenário futebolístico local, essa inovação jurídica será inócua se não vier acompanhada de uma outra transformação, avaliam os analistas do BTG Pactual: a criação de uma liga brasileira de futebol.
Segundo eles, a criação de uma liga aumentaria a geração de receita, a sustentabilidade financeira e a competitividade das equipes.
“O lançamento de uma nova liga de futebol, seguindo os modelos existentes adotados na Europa, pode aumentar o ‘bolo’ de receitas e reduzir a disparidade entre os clubes da liga”, resumem os autores do estudo.
Para além das receitas, há outras questões complexas, como o estabelecimento de um novo calendário de competições e de regras de fair play financeiro.
“A próxima rodada de negociação de direitos de transmissão acontecerá em breve e poderá ser o pilar das negociações sobre a fundação da nova liga”, afirmam.
Lembra da ‘Taça das Bolinhas’?
A discussão não é recente. O nó górdio a ser desatado é a busca por um modelo que beneficie os clubes, fazendo com que todos ganhem mais, sem melindrar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
No hoje longínquo ano de 1987, quando quase ninguém no mundo falava do assunto, o chamado Clube dos 13 anunciou a criação de uma liga.
O Brasileirão daquele ano foi chamado de Copa União. Pelo menos para quem jogou a competição.
O movimento ocorreu em meio a uma queda de braço entre os clubes e a CBF. Resultado: até hoje a posse definitiva da chamada “Taça das Bolinhas” - o primeiro troféu da história do Campeonato Brasileiro - é disputada na justiça entre Flamengo e São Paulo.
Como a liga beneficiaria os clubes
Hoje, cada equipe precisa negociar sozinha com canais de TV, plataformas de streaming e outros veículos de mídia para gerar receitas de transmissão. “Isso resulta em menor receita total para o torneio e pior distribuição de renda entre as equipes”, afirmam os analistas do BTG.
Segundo eles, “a criação de uma liga de futebol unificada permitiria às equipes negociar os direitos de transmissão em um pacote - assim como, naming rights, patrocínios, propagandas nos estádios, licenciamento de produtos etc -, aumentando seu poder de barganha e, consequentemente, aumentando a distribuição de receita para cada equipe”.
Eles argumentam que o modelo de liga desencadearia um ciclo virtuoso no qual maiores receitas de transmissão aumentariam a competitividade. Com o aumento da competitividade, os clubes teriam maior poder de barganha para garantir melhores acordos, aumentando suas receitas.
“Esse movimento pode criar oportunidades de investimento para grandes empresas e até fundos de private equity, como os que já atuam no mercado europeu de futebol”, defendem.
Atualmente, dirigentes de diversos clubes atuam nos bastidores em favor de uma liga. A CBF diz que não vai se opor, mas desde que a liga não interfira em seu calendário de competições - nem no da Conmebol nem no da Fifa.
Do laboratório ao bar: como funciona o ‘nariz eletrônico’ que promete detectar metanol em bebidas alcoólicas
Com precisão de 98% e análise em até 60 segundos, tecnologia desenvolvida na UFPE promete ajudar a combater as adulterações em bebidas alcoólicas
Precisa reformar sua casa? Veja se você tem direito a empréstimo do programa do governo Reforma Casa Brasil
Quem tem renda acima de R$ 9,6 mil terá linha de crédito específica, de R$ 10 bilhões e disponibilizada pela Caixa, para fazer adequações de acessibilidade e reformas estruturais em suas casas; veja detalhes
CNH sem autoescola: quanto vai custar para tirar a habilitação se a nova proposta vingar
Com a proposta da CNH sem autoescola, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país
Até tu, Lotofácil? Loterias da Caixa encalham e atenções se voltam para prêmio enorme na Mega-Sena
É incomum, mas até a Lotofácil iniciou a semana encalhada; Quina, Lotomania, Dupla Sena e Super Sete também acumularam na segunda-feira (20)
Bolsa Família paga hoje (21) beneficiários com NIS final 2
Os pagamentos de outubro do Bolsa Família continuam nesta terça-feira (21), com o depósito destinado aos beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) final 2. O cronograma segue até o dia 31 de outubro, sempre de acordo com o último dígito do NIS, conforme o calendário da Caixa Econômica Federal. Os primeiros pagamentos começaram na […]
Outra marca de azeite cai na mira da Anvisa. Veja todas as marcas proibidas pelo governo — e descubra como evitar os produtos irregulares
A decisão proíbe a fabricação, venda, distribuição, importação, divulgação e consumo de todos os lotes de azeite desta marca. Veja qual é
O jogo das terras raras: tensões entre China e EUA voltam a agitar o comércio global
Restrição de exportações, corrida por licenças e alta nas ações do setor expõem a nova frente da disputa estratégica entre as duas maiores economias do mundo
Em meio a roubo de joias históricas do Museu do Louvre, a peça principal ficou para trás; veja o que foi levado
Criminosos invadiram o Museu do Louvre e levaram oito joias da coroa francesa, em um dos maiores roubos da história; o diamante Régent, avaliado em US$ 60 milhões, ficou para trás
Petrobras (PETR4) dá alívio para o bolso dos motoristas e anuncia redução de 4,9% no preço da gasolina
Segundo estimativas de mercado, a estatal tinha margem para reduzir entre 5% e 10% o preço da gasolina
Trump cobra que China volte a comprar soja norte-americana, exigência para negociações sobre tarifas
O republicano exige que a China retome importações de soja e diz manter boas relações com o país; China admite desaceleração econômica
Precisa reformar a casa? Governo lança hoje programa que oferecerá R$ 40 bilhões em crédito; veja quem pode participar
O Reforma Casa Brasil prevê créditos com juros reduzidos e prazos de pagamento de até 60 meses, e inclui faixa para quem tem renda entre R$ 3.200,01 e R$ 9,6 mil
Loterias da Caixa voltam à cena hoje com prêmio de mais de R$ 10 milhões na Quina
Quina começa a semana acumulada há três concursos. De todos as loterias com sorteios programados para a noite desta segunda-feira (20), somente uma promete prêmio inferior a R$ 1 milhão.
É inflação para todo lado: agenda da semana tem IPCA-15 e CPI nos EUA; temporada de balanços ganha força no Brasil e no exterior
Em meio à segunda semana de shutdown nos EUA, a agenda econômica reserva também importantes termômetros para o mercado de trabalho norte-americano e para a economia global; saiba o que esperar dos próximos dias
Do Sudão do Sul à Guiana: os países que vão crescer até 26% em 2025 — e não necessariamente por bons motivos
FMI prevê que Sudão do Sul, Líbia e Guiana liderem o crescimento mundial em 2025 — mas altas expressivas refletem mais crises e efeitos de recuperação do que prosperidade real.
Licença-maternidade: o que mudou para as mães com a nova lei sancionada pelo presidente Lula
Nova lei da licença-maternidade muda a contagem do benefício em casos de internação da mãe ou do bebê, garantindo o direito ao afastamento completo de 120 dias
Ray Dalio treina clone de IA para compartilhar sua filosofia de investimentos – uma semana depois de alertar para bolha
O bilionário e fundador da Bridgewater quer usar inteligência artificial para replicar seu modo de pensar e responder a perguntas de investidores
Essa praia brasileira é considerada uma das piores do mundo, mas classificação é justa?
Entre as 100 praias com mais reclamações do mundo, esse cartão postal brasileiro tem críticas sobre lotação e lixo — mas continua encantando turistas do Brasil e do exterior
Ministério da Fazenda cria secretaria para desenvolver o Mercado de Carbono no Brasil
Nova secretaria vai definir os critérios e implementar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE)
Temporada do Terror 2025: Rede convoca os fantasmas do cinema para um Halloween de arrepiar
De “O Bebê de Rosemary” a “A Noiva-Cadáver”, a rede exibe 11 clássicos e novos títulos do gênero com ingressos a preço único (e simbólico) de R$ 13
Com apartamento de 49 m² por menos de R$ 110 mil em São Paulo e mais de 170 imóveis, Itaú promove leilão no próximo dia 24
Leilão do Itaú Unibanco em parceria com a Zuk oferece 175 imóveis em todo o país, com lances a partir de R$ 20 mil e opções em São Paulo e Rio de Janeiro que podem sair por menos de R$ 110 mil